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Geologia da região do Itatiaia (Sudeste do Brasil): morfologia e tectônica (1963)

  • Authors:
  • Autor USP: PENALVA, FAUSTINO - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Subjects: GEOLOGIA; GEOTECTÔNICA
  • Language: Português
  • Abstract: No presente trabalho apresentamos o resultado das pesquisas geológicas efetuadas na província alcalina do Itatiaia. Decorridos 25 anos após o trabalho de LAMEGO (23) houve considerável avanço no conhecimento dos maciços alcalinos; a melhoria nas condições de acesso ao corpo intrusivo possibilitou-nos a coleta de novas informações sobre aquela região. Dada a grande extensão da área, o relevo acentuado e a floresta densa, o nosso trabalho constou da elaboração de um mapa geológico na escala 1:50.000 e coleta de dados estruturais e morfológicos de natureza geral, sem a possibilidade de nos aprofundarmos nos detalhes. Do ponto de vista da geologia regional, foram tiradas algumas conclusões interessantes: a) As rochas alcalinas não ocorrem além das imediações da cidade de Passa Quatro, contrariamente ao que se imaginava. b) Não foi confirmada a existência de rochas alcalinas na serra da Bocaina, mencionadas por DERBY (11). c) As rochas alcalinas, dadas por LAMEGO (23) como um corpo único, na realidade formam 2 corpos distintos: maciço de Passa Quatro e maciço do Itatiaia, conforme indicação de AB'SABER e BERNARDES (1). d) A área de 1450 k'm POT.2' assinalada por LAMEGO (23) para as intrusivas, ficou reduzida a menos da quarta parte, ou seja, 330 k'm POT.2'. Na fase preliminar dos trabalhos de campo, fizemos algumas observações macroscópicas das rochas mais representativas da província alcalina: gnaisses do embasamento, rochas intrusivas dos corpos alcalinos (Itatiaia, Passa Quatro e Morro Redondo) e sedimentos clássicos senozóicos da Bacia de Resende do Rio Paraíba. O maciço do Itatiaia foi o objeto principal das nossa pesquisas, e a ele dedicamos a maior parte da intrusão, foram anotados importantes elementos morfológicos e climáticos, bem como aquele ligados aos fenômenos do processo intrusivo: diques, xenólitos, etc. Dentre os tipos litológicos) mapeados, a brecha magmática de conduto mereceu de nossa parteobservações mais pormenorizadas. São 10 k'm POT.2' de rochas alcalinas de granulação fina, apresentando concentrações locais de fragmentos de rochas alcalinas trituradas. Parece-nos que está ligada à fase final da consolidação do maciço e ao provável abatimento do topo da intrusão. As grandes estruturas do relevo, principalmente na zona do planalto, refletem a influência de falhamentos e de intenso diaclasamento. Cristas, estruturas arqueadas e vales tectônicos condicionam as formas do relevo e o comportamento da drenagem. No estudo da tectônica regional do sudeste brasileiro, procuramos discutir as idéias de CLOOS e ARGAND, que postulam um determinismo estrutural do escudo pré-cambriano sobre as feições mais modernas. Os levantamentos epirogenéticos são dados como causadores de derrames basálticos e da evolução do magma alcalino. Mesmo os falhamentos cretáceo-terciários, que deram origem ao vale do Paraíba e afetarm as rochas alcalinas, talvez estejam solidários com as linhas de fraqueza do pré-cambriano. A intrusão magmática do Itatiaia, considerada como jura-cretácea, certamente ganhou o seu espaço através do deslocamento do seu teto através de falhas verticais do escudo cristalino. No seu resfriamento diferenciou-se uma fração rica em sílica, dando origem ao quartzo-sienito que hoje ocupa a parte central do corpo do maciço. A área rebaixada do planalto e a grande estrutura anelar foram por nós interpretadas como consequência de uma fase de colapso, ligada talvez à intrusão da brecha magmática; porém, não foi assinalada a ocorrência dos diques anelares que habitualmente se associam aos fenômenos de abatimento. Falhamentos pós-intrusivos ressaltaram morfologicamente as rochas alcalinas, afetando a área doplanalto e o flanco sul da intrusão, propiciando a formação de espesso depósito de tálus dentro do Vale do Paraíba. O problema das formas do relevo doplanalto, para muitos tomadas como eidências de fenômenos glaciais de altitude durante o Pleistoceno, foi por nós discutidos nos seus pontos essenciais. Os fatores climáticos foram considerados de importância secundária, pois os elementos tectônicos são os responsáveis pelos aspectos principais da morfologia
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  • Data da defesa: 00.00.1963
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    • ABNT

      PENALVA, Faustino. Geologia da região do Itatiaia (Sudeste do Brasil): morfologia e tectônica. 1963. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1963. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44997/tde-06072016-165800/. Acesso em: 30 abr. 2024.
    • APA

      Penalva, F. (1963). Geologia da região do Itatiaia (Sudeste do Brasil): morfologia e tectônica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44997/tde-06072016-165800/
    • NLM

      Penalva F. Geologia da região do Itatiaia (Sudeste do Brasil): morfologia e tectônica [Internet]. 1963 ;[citado 2024 abr. 30 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44997/tde-06072016-165800/
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      Penalva F. Geologia da região do Itatiaia (Sudeste do Brasil): morfologia e tectônica [Internet]. 1963 ;[citado 2024 abr. 30 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44997/tde-06072016-165800/


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