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Memória da mineralogia brasileira (1999)

  • Autor:
  • Autor USP: ATENCIO, DANIEL - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GMP
  • Assunto: MINERALOGIA APLICADA
  • Language: Português
  • Abstract: Antes do estabelecimento da Comissão de Novos Minerais e Nomes de Minerais (CNMNM) da Associação Mineralógica Internacional (IMA), em 1959, foram gerados mais de 80 nomes novos de minerais a partir de amostras brasileiras. Atualmente, apenas 21 destes são aceitos como nomes válidos para amostras-tipo do Brasil: arrojadita, arsenopaladinita, barbosalita, brazilianita, crisoberilo, derbylita, euclásio, faheyíta, florencita-(Ce), frondelita, gorceixita, goyazita, joseíta, lipscombita, moraesita, paládio, scorzalita, senaíta, souzalita, tavorita e tripuhyíta. Depois do estabelecimento da CNMNM-IMA, as descrições de tantalaeschynita-(Y), atheneíta, isomertieíta, bahianita, paladseíta, whiteíta-(CaFeMg), whiteíta-(MnFeMg),lantanita-(Nd), minasgeraisita-(Y), parabariomicrolita, arupita, zanazziíta, yanomamita e quintinita-2H foram publicadas após aprovação pela CNMNM-IMA e permanecem válidas. O mineral staringita também foi publicado após aprovação pela CNMNM-IMA, mas foi desacreditado oficialmente. O nome pseudo-rutilo foi introduzido sem aprovação da CNMNM-IMA para um mineral de várias ocorrências, inclusive o Brasil, mas nenhum dos espécimes investigados foi designado como espécime-tipo. Este nome foi rejeitado, mas subseqüentemente foi oficialmente revalidado e um espécime neotipo do sul da Austrália foi proposto. O nome zirkelita, introduzido para um mineral brasileiro, foi redefinido. Com base nesta redefinição, o mineralbrasileiro ézirkelita se cúbico ou zirconolita se metamítico. Os minerais chavesita e ferrazita foram desacreditados com aprovação da CNMNM-IMA. O nome iridosmina foi descartado oficialmente em favor de ósmio e o espécime-tipo de ósmio é de Bornéu. Os minerais do grupo do pirocloro, rijkeboerita e djalmaíta tiveram seus nomes mudados oficialmente para bariomicrolita e uranomicrolita, respectivamente e os espécimes-tipo permanecem do Brasil. Os nomes tantalaeschynita-(Ce), ferrohalotríquita, ) trauirita, coutinita, coutinhita, neodimita e heitorita foram introduzidos sem justificação adequada e também sem aprovação pela CNMNM-IMA. Coutinita, coutinhita e neodimita foram oficialmente desacreditados. Vários minerais foram descritos inicialmente como espécies minerais independentes, mas posteriormente foram desacreditados, devido a tratar-se de identificações errôneas (chalmersita, chavesita, harttita, staringita etc.) ou variedades de minerais existentes (eschwegeíta, paredrita, porpezita, ribeirita etc.). Alguns minerais tiveram seus nomes trocados devido a novos sistemas de nomenclatura de grupos de minerais (rijkeboerita, djalmaíta, iridosmina). Alguns nomes de minerais, como, por exemplo, guimarãesita e reitingerita, foram atribuídos a minerais duvidosos, sem justificativa adequada, e, conseqüentemente, não tem aceitação em mineralogia. O nome tantal-aeschynita-(Ce) foi erroneamente atribuído a tantal-aeschynita-(Y). Existem muitos minerais comdescrição insuficiente, que necessitam estudos adicionais para seu estabelecimento como espécies independentes (joseíta-B, kalkowskyn, oliveiraíta, orvillita, pennaíta etc.). Alguns minerais brasileiros problemáticos já estão sendo reestudados (lewisita, giannettita, paladinita etc.). Problemas de ocorrência-tipo também existem: a ocorrência-tipo da lantanita-(La) é Bastnäs, Suécia, mas o mineral desta ocorrência é lantanita-(Ce). Lantanita-(La) ocorre somente no Brasil (Curitiba, Paraná e Santa Isabel, São Paulo). Vários minerais sem nome foram também descritos, por exemplo: Mineral X de Perus, São Paulo (= furcalita), 'TI IND.3''('UO IND.2')IND.3''SI''O IND.8' de Poços de Caldas, Minas Gerais, '(AU,AG)IND.3''HG' de Sumidouro de Mariana, Minas Gerais, 'OS''AS IND.5', OsRhAsS, RuTeAs, OsRuAs, 'RE''S IND.2' e um mineral complexo de Os-Re-As-Te-Y-Rh de Fortaleza de Minas, Minas Gerais, 'AG''PD' de Serra de Carajás, Pará, dois fosfatos do ) pegmatito Sapucaia, Galiléia, Minas Gerais etc. O mineral sem nome 'RE''S IND.2' foi também mencionado em outras ocorrências mundiais. Infelizmente, grande parte dos nomes foi publicada em fontes praticamente inacessíveis (por exemplo, camposita, coutinhita, neodimita, lavrita, gonzagaíta, paulistanita etc.). Em adição, não existe informação a respeito da preservação ou não da maioria das amostras-tipo (bariomicrolita, crisoberilo, giannettita, pennaíta, gorceixita, paládioetc.)
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.09.1999
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    • ABNT

      ATENCIO, Daniel. Memória da mineralogia brasileira. 1999. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-05112013-164804/. Acesso em: 03 maio 2024.
    • APA

      Atencio, D. (1999). Memória da mineralogia brasileira (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-05112013-164804/
    • NLM

      Atencio D. Memória da mineralogia brasileira [Internet]. 1999 ;[citado 2024 maio 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-05112013-164804/
    • Vancouver

      Atencio D. Memória da mineralogia brasileira [Internet]. 1999 ;[citado 2024 maio 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-05112013-164804/


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