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Relação metabolismo-massa corpórea no curso do desenvolvimento da rã paradoxal Pseudis paradoxus (Amphibia, Pseudidae) (2000)

  • Authors:
  • Autor USP: KURIBARA, CLAUDIA MIDORI - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIF
  • Subjects: METABOLISMO; AMPHIBIA
  • Language: Português
  • Abstract: Comparações interespecíficas envolvendo diversos grupos de vertebrados demonstraram que a taxa metabólica de indivíduos adultos varia em função da massa corpórea segundo um coeficiente b=0,75. No entanto, a alometria do metabolismo no curso daontogênese parece seguir um padrão distinto, composto por múltiplas fases, em que o coeficiente b varia de acordo com a ênfase dada aos processos de crescimento e diferenciação. Em anfíbios os dados são ainda controversos. No presente trabalhorealizamos o estudo da alometria do desenvolvimento larval, além de verificarmos os efeitos da massa corpórea, bem como do desenvolvimento, sobre a taxa metabólica nos diferentes estágios larvais de P. paradoxus. Os animais crescem intensamenteapós a eclosão e atingem proporções gigantescas nos estágios 40 e 42 do desenvolvimento larval, passando posteriormente por uma acentuada redução de tamanho em direção aos animais jovens (estágio 46). A cauda representa cerca de ¾ do comprimentototal das larvas e o seu crescimento é acompanhado pelo aumento proporcional do conteúdo de proteínas totais, DNA e água no músculo caudal, sugerindo que o tecido cresce por uma combinação dos processos de hiperplasia e hipertrofia. Entre osestágios 42 e 43 há uma redução do consumo de 'O IND.2' aquático e um grande aumento do consumo aéreo. O consumo de oxigênio aquático, aéreo e total variam de acordo com a massa corpórea segundo expoentes b'APROXIMADAMENTE IGUAL A'1, tantoemestágios precoces do desenvolvimento (estágios anteriores ao 43) quanto nos mais tardios (estágio 43 em diante). Os resultados nos permitem sugerir que a síntese e degradação de proteínas e outros constituintes corpóreos seriam intensificadas nodesenvolvimento de P. paradoxus devido às altas taxas de crescimento e gigantismo larval, determinando uma estreita proporcionalidade entre a taxa metabólica e a massa corpórea tanto na fase de crescimento quanto na de redução de ) tamanho, quando processos de reorganização e formação de novos tecidos estão acentuados. Adicionalmente, as mudanças do sítio de trocas gasosas, da forma do corpo, do padrão de locomoção, entre outras, ocasionam um aumento doconsumo de oxigênio por unidade de massa nos estágios finais da metamorfose larval. Estudos relacionados à influência do tamanho corpóreo sobre as capacidades aeróbias e anaeróbias, em peixes e mamíferos, demonstraram que a atividade máxima deenzimas oxidativas tende a variar inversamente em função da massa corpórea segundo o expoente -0,25, enquanto a atividade máxima de enzimas glicolíticas tende a variar diretamente com a massa corpórea. No presente estudo foram analisadas asatividades de enzimas oxidativas (CS e HOAD) e glicolíticas (PK e LDH) no tecido muscular esquelético, no tecido muscular cardíaco, no fígado e no trato gastrintestinal, durante os estágios de desenvolvimento larval de P. paradoxus. Nestaespécie, a ocorrência de gigantismo larval, bem como oreduzido tamanho dos animais no estágio juvenil, propiciaram ainda o estudo dos efeitos das alterações de massa corpórea sobre a atividade enzimática. A análise dos resultados indicou que opotencial anaeróbico do músculo esquelético varia com a massa corpórea segundo b=0,160 nos estágios precoces, enquanto nos estágios tardios ele é independente da massa corpórea, refletindo um aumento da atividade da LDH no final da metamorfoselarval bem como nos animais jovens, concomitante com a redução da massa corpórea. No músculo cardíaco, a capacidade aeróbia total aumenta com o incremento de massa corpórea nos estágios precoces (b>1,0) e nos tardios ela varia diretamente com amassa corpórea (b'APROXIMADAMENTE IGUAL A'1). O potencial de oxidação de lípides, nos animais dos estágios precoces, aumenta com a massa corpórea segundo b=0,25, enquanto nos estágios tardios a influência da massa é ainda maior (b>1,0) em ) função da alta atividade da HOAD associada ao período de jejum, bem como à imensa redução desta atividade nos jovens de reduzida massa corpórea, quando a alimentação é retomada. A capacidade aeróbia do trato gastrintestinal naslarvas de estágios precoces é independente da massa corpórea, enquanto nos estágios tardios ela varia inversamente com a massa corpórea (b=-0,365), quando a atrofia do tecido e a reorganização estão associadas à redução da atividade das enzimasoxidativas. De um modo geral, a atividade das enzimas analisadas foi significativamente influenciadapela massa corpórea, sendo que nos estágios tardios, além da massa corpórea, a atividade das enzimas foi fortemente influenciada pelos processosde morfogênese e pelas mudanças de habitat e de modo de vida
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.02.2000

  • How to cite
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    • ABNT

      KURIBARA, Cláudia Midori. Relação metabolismo-massa corpórea no curso do desenvolvimento da rã paradoxal Pseudis paradoxus (Amphibia, Pseudidae). 2000. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. . Acesso em: 12 jun. 2024.
    • APA

      Kuribara, C. M. (2000). Relação metabolismo-massa corpórea no curso do desenvolvimento da rã paradoxal Pseudis paradoxus (Amphibia, Pseudidae) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Kuribara CM. Relação metabolismo-massa corpórea no curso do desenvolvimento da rã paradoxal Pseudis paradoxus (Amphibia, Pseudidae). 2000 ;[citado 2024 jun. 12 ]
    • Vancouver

      Kuribara CM. Relação metabolismo-massa corpórea no curso do desenvolvimento da rã paradoxal Pseudis paradoxus (Amphibia, Pseudidae). 2000 ;[citado 2024 jun. 12 ]

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