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Sistemática: estudos em Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais (2000)

  • Authors:
  • Autor USP: RAPINI, ALESSANDRO - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIB
  • Assunto: BOTÂNICA
  • Language: Português
  • Abstract: A circunscrição de táxons e a classificação dos organismos são tarefas fundamentais na sistematização da diversidade biológica. O sucesso dessas atividades depende de uma idéia unificada sobre conceito de espécie, evolução e taxonomia; paradoxalmente, no entanto, exige uma completa distinção entre táxons e unidades evolutivas. Para justificar este ponto de vista, eu discuto esses três tópicos da sistemática. Os conceitos de espécie são examinados e eu proponho uma redefinição para o Conceito Taxonômico de Espécie baseada em propriedades nomenclatórias, onde espécies são classes criadas para auxiliar o sistemata. Especiação é subsequentemente discutida, demonstrando que conceitos teóricos sobre o processo evolutivo são prejudicados quando espécies são consideradas unidades evolutivas. Especiação é uma transição entre padrões de uma população (anagênese); consequentemente, é sempre um processo simpátrido, contrastando com a maioria dos modelos de especiação, que analisam cladogêneses e consideram alopatria uma condição essencial para o processo de diferenciação. Finalmente, taxonomia é considerada, procurando mostrar que a equivalência entre unidades taxonômicas e evolutivas podem prejudicar também a prática da sistematização biológica. Princípios e regras de nomenclatura e classificação devem oferecer liberdade para acomodar opiniões taxonômicas divergentes e incorporar a evolução do conhecimento; devem, portanto, continuar desvinculados de teoriasbiológicas. Asclepiadaceae ou Asclepiadoideae (Apocynaceae)? Conceitos distintos de agrupamento taxonômico. Asclepiadaceae é uma família tradicional e facilmente reconhecida que vem sendo recentemente tratada como subfamília (Asclepiadoideae) de Apocynaceae. Essa alteração na classificação usual não está relacionada a novas hipóteses filogenáticas, mas a mudança no conceito de agrupamento taxonômico. Considerar Asclepiadaceae como família separada de Apocynaceae é ) insustentável na sistemática moderna, sendo mantida apenas em classificações anacrônicas. As relações filogenéticas entre grupos incluídos em Apocynaceae, no entanto, são incertas e não existe um consenso na delimitação de Asclepiadoideae. Alguns grupos do Velho Mundo têm posição taxonômica indefinida, mas isso não interfere no reconhecimento da subfamília no Novo Mundo, nem nos estudos filogenéticos da maioria dos grupos americanos. No Novo Mundo, todos os membros de Asclepiadoideae possuem polinários verdadeiros e estariam incluídos no que foi originalmente reconhecido como "Asclepiadeae verae", um grupo provavelmente monofilético. Asclepiadoideae, tradicionalmente conhecida como Asclepiadaceae, é uma subfamília de Apocynaceae com vários problemas taxonômicos, ao menos nos grupos do Novo Mundo. A delimitação dos gêneros está baseada principalmente na morfologia da corona e, com frequência, espécies próximas são classificadas em gêneros distintos. Durante os estudos em Asclepiadoideaena Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, foram observadas algumas inconsistências na taxonomia da subfamília. A taxonomia de Asclepiadoideae é brevemente discutida comatenção especial para a classificação e circusncrição de alguns gêneros brasileiros. São propostas sete espécies novas, todas provavelmente endêmicas de pequenas regiões da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, dois status novos, um nome novo e 11 combinações novas em Asclepiadoideae. O estudo das Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, Brasil, foi preparado como parte dos estudos florísticos em desenvolvimento pela Universidade de São Paulo nos campos rupestres. A subfamília, tradicionalmente conhecida como Asclepiadaceae, conta com 99 espécies e 20 gêneros na região. A maior parte das espécies está incluída em Ditassa R.BR. (41 spp.) e outros gêneros classificados em Metastelmatinae; Oxypetalum R.BR. (21 spp.),porém, é o ) segundo maior gênero em número de espécies. As espécies estão organizadas de acordo com suas supostas afinidades. São apresentados descrições, sinonímia, ilustrações e comentários para as espécies e gêneros aceitos neste tratamento. A diversidade de asclepiadoidea e a distribuição geográfica restrita de muitas espécies confirmam o alto índice de endemismo característico da Cadeia do Espinhaço. O levantamento indicou uma série de problemas taxonômicos que exigirão estudos populacionais mais abrangentes ou análises mais amplas de determinados grupostaxonômicos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 13.12.2000
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    How to cite
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    • ABNT

      RAPINI, Alessandro. Sistemática: estudos em Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-12122001-085018/. Acesso em: 09 jun. 2024.
    • APA

      Rapini, A. (2000). Sistemática: estudos em Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-12122001-085018/
    • NLM

      Rapini A. Sistemática: estudos em Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais [Internet]. 2000 ;[citado 2024 jun. 09 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-12122001-085018/
    • Vancouver

      Rapini A. Sistemática: estudos em Asclepiadoideae (Apocynaceae) da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais [Internet]. 2000 ;[citado 2024 jun. 09 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-12122001-085018/

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