Exportar registro bibliográfico

Evolução geológica do rift continental do sudeste do Brasil (2004)

  • Authors:
  • Autor USP: RICCOMINI, CLAUDIO - IGC
  • Unidade: IGC
  • Assunto: CENOZOICO
  • Language: Português
  • Abstract: O Rift Continental do Sudeste do Brasil (RCSB), de idade paleógena, é uma depressão alongada e deprimida com pouco mais de 900 km de comprimento, desenvolvida entre as cidades de Tijucas do Sul, no estado do Paraná, e a área submersa defronte Macaé, no Estado do Rio de Janeiro. O rift segue a linha de costa atual, da qual dista em média 70 km, alcançando o Oceano Atlântico em seu segmento ocidental e na sua terminação nordeste. Ele foi instalado no domínio da Faixa Ribeira, de idade neoproterozóica, que inclui núcleos mais antigos. Numerosos corpos de rochas alcalinas eocretáceas a paleogênicas ocorrem ao longo das bordas do rift. Zonas de cisalhamento neoproterozóicas de direção NE a E-W, reativadas como falhas normais no Paleógeno e transcorrentes no Neógeno, ensejaram a instalação e deformação das bacias que compõem o RCSB. O RCSB pode ser subdividido em três segmentos. O segmento ocidental engloba a Bacia de Curitiba, as formações Alexandra e Pariqüera-Açu, e os grábens de Guaraqueçaba, Cananéia e Sete Barras. O segmento central acolhe as bacias de São Paulo, Taubaté, Resende e Volta Redonda, assim como os depósitos das regiões de Bonfim (localizada a sudeste da Bacia de Taubaté) e Cafundó (entre as bacias de Resende e Volta Redonda). O segmento oriental compreende as bacias do Macacu, Itaboraí e o Gráben de Barra de São João. Os depósitos de travertino da Bacia de Itaboraí, de idade paleocena-eocena, representam o registro sedimentar mais antigo,coetâneo à instalação do rift. Eles encontram-se intercalados e recobertos por depósitos de idade eocena constituídos essencialmente por diamictitos, conglomerados polimíticos e lamitos maciços (contendo calcretes) de sistemas de leques aluviais. Os leques aluviais estão presentes em todas as bacias. Nas porções internas das bacias predominam planícies aluviais de rios entrelaçados, contendo depósitos de arenitos com estratificações cruzadas intercalados aos lamitos maciços. Lavas ankaramíticas ocorrem intercaladas aos lamitos no Gráben de Casa de Pedra (Bacia de Volta Redonda) e entre os travertinos e conglomerados na Bacia de Itaboraí. Depósitos lacustres de idade oligocena, gerados em um sistema playa-lake bem desenvolvido na parte central da Bacia de Taubaté, compreendem argilitos, folhelhos ricos em matéria orgânica (localmente oleígenos), dolomitos e arenitos, estes íltimos nas bordas do paleolago. A deposição do sistema playa-lake na Bacia de Taubaté foi cíclica, provavelmente influenciada por ciclos anuais, de paleo El Niño (ENSO), de atividade solar e de Milankovitch (precessão, obliqüidade e excentricidade). A parte superior da seqüência sin-rift é formada principalmente por arenitos, argilitos e subordinadamente conglomerados relacionados à deposição em sistemas fluviais meandrantes. Durante o Neógeno, o segmento central do RCSB esteve sob a ação de um regime transcorrente, com distensão NW-SE e compressão NE-SW localizada. Altosestruturais relacionados à transtração causaram a segmentação da depressão original do rift. Bacias de afastamento (pull-apart) relacionadas à trantração ou ao relaxamento final dos esforços compressivos instalaram-se no alto estrutural que separa as bacias de São Paulo e Taubaté, acompanhadas da deposição de arenitos com estratificação cruzada e conglomerados de sistema fluvial entrelaçado. Este evento foi seguido pela deposição de conglomerados, arenitos, siltitos e argilitos de sistema fluvial meandrante na Bacia de Taubaté. Evidências de movimentações neotectônicas podem ser observadas em várias localidades ao longo do RCSB. Evidências de movimentações neotectônicas podem ser observadas em várias localidades ao longo do RCSB. Elas estão relacionadas a um evento compressivo de direção NW-SE, do Pleistoceno tardio a Holoceno, seguido sucessivamente, por extensão holocena de direção E-W a NW-SE e, finalmente, compressão E-W
  • Imprenta:
  • Source:

  • Download do texto completo

    Tipo Nome Link
    Privado1416626.pdf
    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      RICCOMINI, Claudio e SANT'ANNA, Lucy Gomes e FERRARI, André Luiz. Evolução geológica do rift continental do sudeste do Brasil. Geologia do continente sul-americano: : evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. Tradução . São Paulo: Beca, 2004. . Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/7d6e633a-4797-423e-b02d-5cdd0a1d7650/1416626.pdf. Acesso em: 21 maio 2024.
    • APA

      Riccomini, C., Sant'Anna, L. G., & Ferrari, A. L. (2004). Evolução geológica do rift continental do sudeste do Brasil. In Geologia do continente sul-americano: : evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São Paulo: Beca. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/7d6e633a-4797-423e-b02d-5cdd0a1d7650/1416626.pdf
    • NLM

      Riccomini C, Sant'Anna LG, Ferrari AL. Evolução geológica do rift continental do sudeste do Brasil [Internet]. In: Geologia do continente sul-americano: : evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São Paulo: Beca; 2004. [citado 2024 maio 21 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/7d6e633a-4797-423e-b02d-5cdd0a1d7650/1416626.pdf
    • Vancouver

      Riccomini C, Sant'Anna LG, Ferrari AL. Evolução geológica do rift continental do sudeste do Brasil [Internet]. In: Geologia do continente sul-americano: : evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São Paulo: Beca; 2004. [citado 2024 maio 21 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/7d6e633a-4797-423e-b02d-5cdd0a1d7650/1416626.pdf


Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024