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Trânsito orofaringeano e esofageano de pacientes com acidente vascular encefálico (2004)

  • Authors:
  • Autor USP: LUCAS, ANA CRISTINA VIANA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: GASTROENTEROLOGIA; CLÍNICA GERAL
  • Language: Português
  • Abstract: Os pacientes vítimas do primeiro acidente vascular encefálico têm entre seis e dez tipos de incapacidades, dentre as quais figura a disfagia (44,7%). A disfagia orofaríngea é um distúrbio da deglutição que resulta em dificuldades na preparação, organização, ejeção e transporte do bolo alimentar através da orofaringe. O fonoaudiólogo é, reconhecidamente, o profissional que avalia, diagnostica e trata das disfagias orofaríngeas. Vários métodos são utilizados como auxílio no diagnóstico das disfagias, entre eles pode-se citar a cintilografia, que tem se mostrado um método quantitativo para o estudo da deglutição de significante relevância. O objetivo deste estudo foi avaliar a deglutição de pacientes com acidente vascular encefálico por meio de exame clínico e cintilográfico e comparar com dados obtidos de um grupo controle. Além disso, comparou-se a localização da lesão neurológica dos pacientes e o número de lesões com os resultados da avaliação cintilográfica. Foram estudados 26 pacientes, idade média de 62 anos, com o primeiro acidente vascular encefálico, ocorrido há, no máximo, dois meses, sem outras doenças neurológicas diagnosticadas, com ou sem queixas de disfagia. O grupo controle foi composto por quinze voluntários saudáveis, com idade média de 58 anos. O grupo de pacientes e o grupo controle foram submetidos a avaliação clínica fonoaudiológica e avaliação cintilográfica da deglutição, sendo que em ambos os exames, os pacientes ingeriram 5 ml de bolo líquido(água) e 5 ml de bolo pastoso. A partir deste exame, obtiveram-se dados sobre o trânsito, a depuração e o resíduo na boca, faringe e esôfago, sendo este último dividido em esôfago proximal, médio e distal. Comparando-se o grupo de pacientes ao grupo controle, observou-se que os pacientes apresentaram maior quantidade de resíduo oral, trânsito faríngeo mais rápido na deglutição de pastoso e trânsito no esôfago proximal mais rápido na deglutição ... de líquido. Entre o grupo carotídeo e vértebro-basilar, durante a deglutição de liquido, a depuração e o trânsito no esôfago médio foram mais rápidos no grupo carotídeo e o tempo de chegada no esôfago proximal foi menor no grupo vértebro-basilar. Comparando-se os pacientes com lesão única e múltiplas lesões, houve maior resíduo faríngeo nos pacientes com lesões múltiplas na deglutição de líquido, maior trânsito oral nestes pacientes com deglutição de pastoso e maior resíduo no esôfago médio nos pacientes com lesão única na deglutição de pastoso. Foi possível concluir que a maioria dos pacientes apresentou recuperação motora e clínica geral satisfatória e, portanto, as avaliações clínica e cintilográfica da deglutição não demonstraram alterações significantes. A localização e o número de lesões não determinaram condições melhores ou piores quanto a deglutição, porém há variação entre os grupos com AVE carotídeo e vértebro-basilar e grupo de pacientes com lesão única e lesões múltiplas. Ométodo cintilográfico deve ser mais utilizado e estudado como um método complementar para avaliação da deglutição por detectar mudanças no trânsito, depuração e resíduo em várias estruturas importantes neste processo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.12.2004

  • How to cite
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    • ABNT

      LUCAS, Ana Cristina Viana. Trânsito orofaringeano e esofageano de pacientes com acidente vascular encefálico. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2004. . Acesso em: 28 abr. 2024.
    • APA

      Lucas, A. C. V. (2004). Trânsito orofaringeano e esofageano de pacientes com acidente vascular encefálico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Lucas ACV. Trânsito orofaringeano e esofageano de pacientes com acidente vascular encefálico. 2004 ;[citado 2024 abr. 28 ]
    • Vancouver

      Lucas ACV. Trânsito orofaringeano e esofageano de pacientes com acidente vascular encefálico. 2004 ;[citado 2024 abr. 28 ]


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