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Classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos segundo o risco de malignidade (2004)

  • Authors:
  • Autor USP: TOMIMORI, EDUARDO KIYOSHI - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MDR
  • Subjects: BIÓPSIA POR AGULHA (MÉTODOS); NEOPLASIAS DA TIREOIDE
  • Language: Português
  • Abstract: A ultra-sonografia da tireóide, por ser um método simples, não invasivo e apresentar boa correlação com os aspectos macroscópicos dos nódulos tireóideos é um procedimento cada vez mais empregado na avaliação inicial da lesão nodular da tireóide. Nenhum sinal ultra-sonográfico é patognomônico para nódulo maligno mas a associação de algumas características como ausência de halo, presença de microcalcificações, hipoecogenicidade e contornos irregulares, aumenta o risco de malignidade de uma lesão. Dessa forma, o ultra-som pode identificar as lesões nodulares com maior potencial de malignidade, permitindo selecionar nódulos para biópsias em uma tireóide multinodular. Entretanto, ao exame ultra-sonográfico, os nódulos tireóideos podem se apresentar com características diversas, resultado da combinação de vários fatores, como o seu conteúdo (sólido, misto ou líquido), ecogenicidade (isoecóico, hipoecóico ou hiperecóico), presença do halo hipoecóico periférico, presença de microcalcificações,(Continia))além de outras características relevantes como contorno regular ou irregular, número de nódulos e parênquima tireóideo adjacente. Na prática clínica é importante identificar os nódulos suspeitos para malignidade, mas também é necessário conhecer o risco de malignidade de todos os outros tipos de lesões nodulares. No presente trabalho, propomos uma classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos, de acordo com o risco de malignidade e comparamos osresultados com os exames citopatológicos e anatomopatológicos. Para isso, 2468 pacientes portadores de nódulos tireóideos foram avaliados pela ultra-sonografia da tireóide e punção aspirativa por agulha fina guiada pelo ultra-som. Destes, 275 foram encaminhados à cirurgia. Do total de 2468 pacientes, 1039 (42,1%) tiveram nódulos classificados ultra-sonograficamente como grau 1 ou 2 (benignos), 1276 (51,7%) como grau 3 (indeterminado) e 153 (6,2%)) como grau 4 (suspeito para malignidade). Quando comparamos a classificação ultra-sonográfica )com o exame citopatológico, dos 1039 nódulos classificados como grau 1 ou 2 ao ultra-som, 902 (86,81%) apresentaram citologia benigna, 96 (9,24%) citologia indeterminada, 37 (3,56%) citologia suspeita e 4 (0,39%) citologia maligna. Dos 1276 pacientes com nódulos grau 3 ao ultra-som, 743 (58,23%) apresentaram citologia benigna, 272 (21,32%) indeterminada, 176 (13,79%) suspeita e 85 (6,66%) maligna. Dos 153 pacientes com nódulos grau 4 ao ultra-som, 38 (24,84%) tiveram citologia benigna, 7 (4,57%) indeterminada, 20 (13,07%) suspeita e 88 (57,52%) maligna. Dos 275 pacientes operados, 2 (100%) pacientes com nódulo grau 1 (benigno) ao ultra-som, apresentaram exames anatomopatológicos benignos. De 56 com nódulos grau 2 ao ultra-som, 54 (96,43%) eram benignos e 2 (3,57%) malignos. De 146 pacientes com nódulos grau 3 ao ultra-som, 73 (50,0%) eram benignos e 73 (50,0%) malignos. De 71 pacientes com nódulos grau 4 ao ultra-som, 67 (94,37%) erammalignos e 4 (5,63%) benignos. )A sensibilidade do método foi de 98,6%, especificidade de 42,1%, valor preditivo positivo de 64,5%, valor preditivo negativo de 96,6%, acurácia de 71,3% e odds ratio de 50,9. Portanto, a classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos apresentou correlação positiva com os exames citopatológico e anatomopatológico. Concluímos que os nódulos classificados ultra-sonograficamente como benignos podem ser observados clinicamente e os nódulos indeterminados ou suspeitos para malignidade devem ser submetidos à punção aspirativa por agulha fina guiada pelo ultra-som. Os resultados deste trabalho reforçam a relevância do papel do ultra-som na avaliação inicial das lesões nodulares da tireóide e confirmam a utilidade da classificação ultra-sonográfica proposta
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 23.11.2004

  • How to cite
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    • ABNT

      TOMIMORI, Eduardo Kiyoshi. Classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos segundo o risco de malignidade. 2004. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 19 maio 2024.
    • APA

      Tomimori, E. K. (2004). Classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos segundo o risco de malignidade (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Tomimori EK. Classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos segundo o risco de malignidade. 2004 ;[citado 2024 maio 19 ]
    • Vancouver

      Tomimori EK. Classificação ultra-sonográfica dos nódulos tireóideos segundo o risco de malignidade. 2004 ;[citado 2024 maio 19 ]

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