Doutrina seiscentista da arte histórica: discurso e pintura das guerras holandesas (1624-1654) (2005)
- Authors:
- Autor USP: SINKEVISQUE, EDUARDO - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLC
- Subjects: GÊNEROS LITERÁRIOS; ANÁLISE DO DISCURSO; ESTÉTICA (ARTE); PINTURA; GUERRA; INVASÕES HOLANDESAS
- Language: Português
- Abstract: A tese, cujos corpora são dois, - um discursivo e outro pictórico - , divide-se em duas partes. Na primeira, após constituir um estado da questão, em que se propõe estudar a história seiscentista como gênero prescrito pela Arte, apresenta-se e descreve-se a preceptiva historiográfica de Agostino Mascardi (1636), propondo uma definição do gênero, em conformidade às práticas letradas cortesãs, eclesiásticas e militares ibérico-italianas. Nesse sentido, define e explica categorias de análise como: amplificação, anais, comentário, décadas, descrição, diário, digressão, ecfrase, efemérides, encômio, engenho, exemplo, gênero, história, historiografia, juízo, narração, paráfrase, verdade, verossimilhança, vidas, ut pictura historia e ut pictura poesis. Na segunda parte, essas categorias são explicitadas em formas discursivas e pictóricas dos corpora, com a análise retórica da invenção, disposição e elocução da historiografia das invasões holandesas no Estado do Brasil (1624-1654) e das representações pictóricas batavas no (e do) Estado do Brasil (1637-1644). A hipótese central é a de que os discursos e telas - ou gravuras - das invasões holandesas podem ser demonstrados por meio de homologias formais e funcionais de doutrinas teológicas diferentes, mas de base retórica comum. Confrontam-se discursos e imagens, verificando-se em que medida há semelhanças e diferenças técnicas, éticas e morais entre os modos de escrever e os de pintar a história no século XVII em mundosbeligerantes, o católico contra-reformista e o reformado calvinista. Essas semelhanças e diferenças relacionam-se com o gênero demonstrativo-deliberativo de variante encomiástica, cujas funções didáticas ou didascálicas são ensinar, deleitar, afetar e mover o leitor/ouvinte/espectador. Após essas duas partes, a tese tem um epílogo, opondo as prescrições seiscentistas do gênero estudado às leituras feitas no século XIX e XX ) sobre a matéria das guerras holandesas, para relativizar hipóteses que inventam um anacrônico Brasil Holandês.
- Imprenta:
- Data da defesa: 29.06.2005
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ABNT
SINKEVISQUE, Eduardo. Doutrina seiscentista da arte histórica: discurso e pintura das guerras holandesas (1624-1654). 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 21 maio 2024. -
APA
Sinkevisque, E. (2005). Doutrina seiscentista da arte histórica: discurso e pintura das guerras holandesas (1624-1654) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Sinkevisque E. Doutrina seiscentista da arte histórica: discurso e pintura das guerras holandesas (1624-1654). 2005 ;[citado 2024 maio 21 ] -
Vancouver
Sinkevisque E. Doutrina seiscentista da arte histórica: discurso e pintura das guerras holandesas (1624-1654). 2005 ;[citado 2024 maio 21 ]
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