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A Dinâmica da circulação do oceano Atlântico Sul no último máximo glacial (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: CLAUZET, GABRIEL - IO
  • Unidade: IO
  • Sigla do Departamento: IOF
  • Subjects: OCEANOGRAFIA FÍSICA; CIRCULAÇÃO OCEÂNICA; CLIMATOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: O objetivo deste trabalho é o de compreender a região do Oceano Atlântico Sul no Último Máximo Glacial (UMG), com ênfase principalmente na dinâmica oceânica. Para isso duas gerações de modelos acoplados do National Center for Atmospheric Research (NCAR) - Community Climate System Model (CSM1 E CCAM3) foram utilizadas. O clima médio do UMG foi simulado em resposta a alterações na altura e extensão da cobertura de gelo, concentração de gases estufa, parâmetros orbitais e linhas de costa. Juntamente com as simulações para o UMG foram realizadas simulações para o presente considerando o cenário pré-industrial, para avaliar as principais diferenças e semelhanças entre as duas épocas climáticas distintas. Os resultados mostram uma atmosfera mais fria e árida no UMG em relação ao presente. Para a região do Atlântico Sul é observada uma diferença de temperatura média de '3.8 GRAUS'C sobre os continentes, '3 GRAUS'C sobre os oceanos, e um decréscimo de aproximadamente 10% na quantidade total de água na atmosfera em relação ao presente. A Temperatura da Superfície do Mar (TSM) simulada reproduziu adequadamente os valores obtidos com os dados reconstruídos no Atlântico Sul, principalmente na parte oeste da bacia. Diferenças significativas foram observadas na região leste junto a costa da África e na região tropical onde o gradiente leste-oeste de TSM não é bem representado. Associado ao resfriamento do oceano glacial é observado um aumento de salinidade queocorre com menor magnitude nas regiões tropicais e subtropicais ('DA ORDEM DE'1 psu) e com maior intensidade próximo as regiões de formação de gelo marinho nas altas latitudes (entre 3-5 psu). As alterações nos campos de temperatura e salinidade levam a uma maior estratificação e estabilidade vertical, que atua como mecanismo regulador da circulação termohalina no Oceano Atlântico. As simulações, consistentes com as reconstruções, mostram uma célula de revolvimento enfraquecida e mais rasa associada à formação da Água Profunda do Atlântico Norte (APAN) no UMG. O transporte de massa apresentou uma insatisfação para leste, associado à Corrente Circumpolar Antática (CCA), no UMG. Esta intensificação é acompanhada do aumento do fluxo para oeste na região "vazamento das Agulhas" no UMG. O aumento do fluxo da CCA se deve três fatores: a intensificação dos ventos oeste e do transporte de Ekman associado; ao deslocamento para sul do máximo da tensão de cisalhamento zonal do vento (reduzindo o efeito de bloqueio gerado pela América do Sul) e ao aumento da produção de Água Antártica de Fundo, que intensifica a célula de recirculação Antártica. O transporte meridional de massa no Atlântico Sul mostrou dois padrões distintos no UMG em relação ao presente: um aumento do transporte nos subtrópicos ('35 GRAUS'S e '25 GRAUS'S - seção sul (SS)) e uma redução nos trópicos entre '25 GRAUS'S e o equador (seção norte - SN). As alterações na circulaçãotermohalina do Oceano Atlântico, na intensidade da CCA e no posicionamento e intensidade do giro subtropical são as principais forçantes destes distintos padrões de transporte. Os modelos simulam diferentes padrões de trocas de calor entre o Atlântico e os outros oceanos para UMG. O modelo CSM1 mostra o Oceano Atlântico Sul como um sorvedor de calor no UMG (presente), recebendo maior quantidade de calor do Oceano Índico (Pacífico) e exportando uma menor quantidade para o Pacífico (Índico). Na simulação com o CCSM3, tanto para o presente quanto para o UMG, o Atlântico Sul têm apenas um papel de condutor de calor entre os oceanos. Os modos de variabilidade climática para o UMG e para o presente apresentaram padrões espaciais semelhantes para os parâmetros atmosféricos e oceânicos analisados. A variabilidade temporal desses modos mostrou um espectro próximo ao branco para as variáveis atmosféricas e próximo ao vermelho para as oceânicas. Para a atmosfera foi observada maior energia em escalas próximas a decadal e interanual enquanto que para o oceano ocorrem oscilações em escalas intra-sazonais e interanuais. Os modos de variabilidade acoplada entre campos atmosféricos e oceânicos mostram padrões semelhantes em ambas épocas. As simulações mostram tempos de resposta diferentes para o acoplamento entre oceano-atmosfera. O modelo CSM1 mostra que o oceano responde mais rápido ás forçantes atmosféricas do que modelo CCSM3
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.08.2006

  • How to cite
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    • ABNT

      CLAUZET, Gabriel. A Dinâmica da circulação do oceano Atlântico Sul no último máximo glacial. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, BSP, 2006. . Acesso em: 23 maio 2024.
    • APA

      Clauzet, G. (2006). A Dinâmica da circulação do oceano Atlântico Sul no último máximo glacial (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, BSP.
    • NLM

      Clauzet G. A Dinâmica da circulação do oceano Atlântico Sul no último máximo glacial. 2006 ;[citado 2024 maio 23 ]
    • Vancouver

      Clauzet G. A Dinâmica da circulação do oceano Atlântico Sul no último máximo glacial. 2006 ;[citado 2024 maio 23 ]


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