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Pesquisa de anticorpos antinucleossomo e anticromatina em pacientes com lupús eritematoso cutâneo e sistêmico, nas suas formas ativa e inativa (2007)

  • Authors:
  • Autor USP: SOUZA, AIESKA DE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: LÚPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO; LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO; AUTOANTICORPOS
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: O lúpus eritematoso (LE) é uma doença multissistêmica, caracterizada pela produção de auto-anticorpos contra vários constituintes celulares, com amplo espectro de manifestações clínicas, sendo a apoptose é um dos fatores ligados a sua etiologia. O processo de apoptose ocasiona a produção de auto-anticorpos, entre eles o anticorpo anticromatina. A presença de anticorpos anticromatina foi detectada em pacientes portadores de LES, especialmente doença ativa. Observou-se presença de apoptose nas lesões cutâneas de LE, porém desconhece-se até o momento se essas células apoptóticas epidérmicas seriam capazes de promover a produção de anticorpos anticromatina em pacientes com LE exclusivamente cutâneo. Objetivo: Determinar a presença de anticorpos antinucleossomo e anticromatina no soro de pacientes com LE Cutâneo e LE Sistêmico e correlacionar os títulos destes anticorpos com a atividade da doença. Materiais e Métodos: Foram analisados 154 pacientes, sendo 54 com LE cutâneo e 100 pacientes com LES, subdivididos em dois grupos de acordo com a atividade da doença determinada pelo SLEDAI (systemic lupus erythematosus ,disease activity index): Grupo LES inativo (SLEDAI<2) formado por 34 pacientes e o grupo LES ativo (SLEDAI>5) com 66 pacientes. A determinação dos anticorpos antinucleossomo (IgG) foi quantitativa e realizada através do método de imunoensaio enzimático em fase sólida (Bluewell Nucleosome IgG ELISA, D-TEK, Mons, Bélgica), considerandou-se positivovalores acima de 25 unidades/rnL. A determinação dos anticorpos anticromatina foi semi-quantitativa e também utilizou-se ensaio imuno enzimático de fase sólida (ELISA, QUANTA Life Chromatin, INOVA, Ca, EUA), sendo positivo os valores acima 20 unidades/rnL. Resultados: Apenas um paciente, dos 54 pacientes com LEC, apresentou positividade para ambos anticorpos. Todos os demais 53 pacientes com LEC apresentaram resultados negativos. Os pacientes com LES ativo apresentaram elevada positividade para anticorpos anticromatina (56/66 -84,8%) vs. LES inativo (9/34-26,4%). Houve elevada incidência no LES ativo de anticorpos antinucleossomo (49/66-74,2%) quando comparado ao grupo LES inativo (4/34-11,7%). Os títulos de anticorpos anticromatina e antinucleossomo diferiram significativamente (p<0,001) para os três grupos estudados: mediana de títulos de anticromatina: LEC: 3 unidades/mL, LES Inativo: 8,9 unidades/mL, LES Ativo: 103,9 unidades/mL; antinucleossomo: LEC: 15 U/mL, LES Inativo: 17 U/mL, LES Ativo: 53,2 U/mL. A presença de anticorpos anticromatina está correlacionada com a atividade da doença no grupo LES ativo vs. LES inativo (r=0,4937, p<0.0001). O mesmo é observado para os anticorpos antinucleossomo (r=0,5621, p<0.0001). (Correlação Spearman). A sensibilidade do exame anticromatina para detecção de LES ativo quando comparado a pacientes com LEC foi de 84,85%, especificidade de 98,15%, o valor preditivo negativo:84,13%, e o valor preditivo positivo: 98,25% (p<0,0001). O exame antinucleossomo teve sensibilidade de 75,76%, especificidade de 98,15%, o valor preditivo negativo: 76,81 %, e o valor preditivo positivo: 98,04% (p<0,0001). No subgrupo de pacientes com LES e exame anti-DNAds negativo, tanto o exame antinucleossomo como anticromatina foram correlacionados com a atividade da doença, (r=0,4754, r=0,4281, respectivamente). No presente estudo, não se observou isoladamente correlação entre nefrite com os auto-anticorpos antinucleossomo e anticromatina. A associação ocorreu em pacientes com doença ativa e dano renal também presente. Conclusão: No presente estudo, os anticorpos anticromatina e antinucleossomo correlacionaram-se positivamente à presença de LES, especialmente com a atividade da doença, sendo praticamente ausentes no LEC. No subgrupo de pacientes com LES anti-DNAds negativo os exames anticromatina e antinucleossomo correlacionaram-se positivamente à presença de LES, especialmente com a atividade da doença, sendo praticamente ausentes no LEC. No subgrupo de pacientes com LES anti-DNAds negativo os exames anticromatina e antinucleossomo correlacionaram-se positivamente com a atividade da doença, podendo este ser utilizado como um exame adicional para caracterizar a atividade da doença.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.08.2007

  • How to cite
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    • ABNT

      SOUZA, Aieska de. Pesquisa de anticorpos antinucleossomo e anticromatina em pacientes com lupús eritematoso cutâneo e sistêmico, nas suas formas ativa e inativa. 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007. . Acesso em: 01 jun. 2024.
    • APA

      Souza, A. de. (2007). Pesquisa de anticorpos antinucleossomo e anticromatina em pacientes com lupús eritematoso cutâneo e sistêmico, nas suas formas ativa e inativa (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Souza A de. Pesquisa de anticorpos antinucleossomo e anticromatina em pacientes com lupús eritematoso cutâneo e sistêmico, nas suas formas ativa e inativa. 2007 ;[citado 2024 jun. 01 ]
    • Vancouver

      Souza A de. Pesquisa de anticorpos antinucleossomo e anticromatina em pacientes com lupús eritematoso cutâneo e sistêmico, nas suas formas ativa e inativa. 2007 ;[citado 2024 jun. 01 ]

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