Estudo histomorfométrico e do metabolismo ósseo em crianças e adolescentes com doença hepática colestática crônica (2008)
- Authors:
- Autor USP: TAVEIRA, ADRIANA TAVORA DE ALBUQUERQUE - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RPP
- Subjects: CRIANÇAS; HEPATOPATIAS; DENSIDADE ÓSSEA; METABOLISMO MINERAL
- Language: Português
- Abstract: O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento da massa óssea em crianças e adolescentes com hepatopatia colestática crônica. METODOLOGIA: O estudo foi composto de um grupo com 9 crianças e adolescentes com doença hepática colestática crônica (DCC) Child-Pugh A, e um grupo controle (CTR) com 13 crianças e adolescentes, idade média, dos dois grupos, de 10,6 anos. Foram realizadas duas avaliações com intervalo de tempo em média de 36 meses, T0 e T1. Foram realizadas dosagens bioquímicas (osteocalcina, deoxypyridinolina livre, 25-OH-vitamina D, paratormônio, IGF-I), medidas de densitometria óssea (DMO) (HOLOGIC 4500 W) de coluna lombar (CL), colo femoral (CL), quadril total (QT) e corpo total (CT). A DMO foi estimada após correção para idade óssea (Z-escore/IO) e volumétrica em L2-L4 (DMOvol). No T1 foram acrescentadas as dosagens séricas e realizada a expressão imunoistoquímica no tecido ósseo de RANKL e OPG. Foi realizada biópsia óssea nos pacientes do grupo DCC, no T1. RESULTADOS: Os níveis de RANKL foram menores no grupo DCC que no grupo controle (grupo controle: 9,3 '+ OU -' 5,5 pg/ml vs. grupo DCC: 3,9 '+ OU -' 5,0 pg/ml, p=0,03). A razão OPG:RANKL foi maior no grupo DCC. Os grupos DCC e CTR apresentaram aumento do PTH de 87% (P=0,03) e 47% (p=0,008), respectivamente. Os valores de vitamina D foram maiores no grupo DCC que no grupo controle no T0. Esta diferença não foi observada no T1. O IGF-I/Z-escore foi menor nos pacientes com hepatopatia.Observou-se aumento da DMO e CMO de CL nos grupos DCC (DMO, 14,1 %, p=0,0004; CMO, 26,0 %, p=0,0001) e controle (DMO, 16,5 %, , p=0,0002; CMO, 30,3%, p=0,0003). O Z-escore da DMO e Z-escore/IO de CL foram menores no grupo DCC. As medidas de massa magra, massa gorda e % de gordura foram semelhantes entre os grupos. No grupo DCC houve correlação negativa entre o grupo DCC e a DMO em todos os sítios do estudo. Observou-se correlação entre a razão OPG:RANKL e a DPD no grupo DCC (r=0,717, p<0,05). O IGF-I correlacionou-se positivamente com a DMO no grupo DCC em ambas avaliações, ex. DMO CL (r=0,675, p<0,05) A expressão do RANKL e OPG no tecido ósseo foi semelhante entre os grupos. Em relação à histomorfometria óssea encontramos menor espessura e separação trabecular e maior número de trabéculas. Baixo volume ósseo foi visto em 2 pacientes do grupo DCC. Dois dos nossos pacientes apresentaram osteoporose. Encontramos ainda maior espessura osteóide (p<0,0001) e maior intervalo de tempo de mineralização (p<0,0001) indicativos de distúrbio de mineralização. A superfície de erosão estava maior no grupo DCC (p<0,0001), porém houve aumento da superfície osteoclástica (p<0,0001). CONCLUSÃO: As alterações histomorfométricas, mostram que os pacientes com colestase crônica apresentam distúrbio da mineralização e alteração nos parâmetros estruturais. As crianças apresentavam menor massa óssea, porém o ganho de massa óssea foi normal. A deficiência doIGF-I hepático pode ser um dos mecanismos responsáveis pela menor massa óssea. Nossos resultados mostram que crianças e adolescentes com colestase crônica (Child-Pugh A) compensada apresentam prejuízo no desenvolvimento da massa óssea
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2008
- Data da defesa: 08.09.2008
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ABNT
TAVEIRA, Adriana Távora de Albuquerque. Estudo histomorfométrico e do metabolismo ósseo em crianças e adolescentes com doença hepática colestática crônica. 2008. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008. . Acesso em: 21 maio 2024. -
APA
Taveira, A. T. de A. (2008). Estudo histomorfométrico e do metabolismo ósseo em crianças e adolescentes com doença hepática colestática crônica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Taveira AT de A. Estudo histomorfométrico e do metabolismo ósseo em crianças e adolescentes com doença hepática colestática crônica. 2008 ;[citado 2024 maio 21 ] -
Vancouver
Taveira AT de A. Estudo histomorfométrico e do metabolismo ósseo em crianças e adolescentes com doença hepática colestática crônica. 2008 ;[citado 2024 maio 21 ]
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