Estilos de vida em hipertensos sob acompanhamento ambulatorial em um hospital de ensino na cidade de São Paulo (2008)
- Authors:
- Autor USP: PIERIN, ANGELA MARIA GERALDO - EE
- Unidade: EE
- Subjects: HIPERTENSÃO (PREVENÇÃO E CONTROLE); FATORES DE RISCO; MODO DE VIDA
- Language: Português
- Abstract: 1. Objetivos: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no Brasil e o conjunto das doenças que provoca o maior gasto em assistência à saúde e nesse contexto a hipertensão arterial é reconhecida como principal fator de risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares. Vários são os fatores de risco que contribuem para a hipertensão arterial e dentre eles destaca-se a obesidade, ingestão de bebida alcoólica, atividade física e tabagismo. O presente estudo teve como objetivo caracterizar hábitos de vida como tabagismo, etilismo, atividade física, índice de massa corporal e circunferência abdominal. 2. Material e Métodos: Trata-se de estudo realizado em uma Liga de Hipertensão Arterial de um hospital de ensino governamental da cidade de São Paulo, SP. Foram estudados 511 hipertensos. Os dados foram coletados através de entrevista com os pacientes, utilizando um formulário próprio. A medida da pressão arterial foi verificada com aparelho automático validado, observando-se as normas preconizadas nas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Foram considerados significantes os valores de p<0,05. 3. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (68%), brancos (56%), casados (67%), baixa escolaridade (58% com 10 grau), exerciam atividades do lar (43%), renda de até 5 salários mínimos (56%) e idade de 53,0 ±11,0 anos. O Índice de Massa Corporal encontrou-se no limite superior da faixa de sobrepeso (29,04±4,35 kg/m2); em relação àmedida da cintura (97,7±12,2 cm) 33% dos homens tinham cintura maior que 102 cm e 74% das mulheres maior que 88 cm, que são os limites máximos tolerados; e a pressão arterial acima dos limite que caracterizam a hipertensão (151,3±20,5 / 91,8±15,5 mmHg). Em relação aos estilos e hábitos de vida pouco menos da metade (44%) referiu ser tabagista ou ex-tabagista, e quase a totalidade que referiu ser tabagista utiliza cigarro com filtro (98,5%) e a maior parte fuma até 5 cigarros por dia (42,6%). Em relação ao etilismo a maioria dos hipertensos referiu nunca ter ingerido bebida alcoólica (76%). Dos que bebem ou já o fizeram, 16,0% referiram tomar vinho, 72% aguardente e 84% ter o hábito e beber cerveja. Verificou-se que 59% dos hipertensos entrevistados não praticavam atividade física regular, 23% praticavam e 18% pararam de praticar. Em cerca da metade (49%), a freqüência de realização das atividades físicas foi de 1-2 vezes por semana. Quanto ao conhecimento dos hipertensos, quase a totalidade referiu que o tratamento da hipertensão inclui parar de fumar (85,5%), reduzir peso (89,2%), praticar exercícios (89,0%), e reduzir bebida alcoólica (92,6%). Verificou-se que 22% dos hipertensos estavam com a pressão arterial controlada (<140/90 mmHg) e aqueles que tinham conhecimento de que o tratamento inclui a redução de peso estavam mais controlados (24% vs 9%, p<0,05). 4. Conclusão: Apesar da maioria não referir hábito atual ou anterior de tabagismoe etilismo, foi expressivo o contingente de pessoas que não praticava exercícios físicos. Estimular esta prática é de extrema importância para ajudar no controle da pressão.arterial. Verificou-se ainda, o efeito benéfico do conhecimento no controle da doença
- Imprenta:
- Publisher: USP
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2008
- Conference titles: Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP)
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ABNT
SERAFIM, Talita de Souza e JESUS, Elaine dos Santos. Estilos de vida em hipertensos sob acompanhamento ambulatorial em um hospital de ensino na cidade de São Paulo. 2008, Anais.. Ribeirão Preto: USP, 2008. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/b078b682-d1b4-4d6f-9367-95f91e68dd46/PIERIN%2C%20A%20M%20G%20doc%2031.pdf. Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Serafim, T. de S., & Jesus, E. dos S. (2008). Estilos de vida em hipertensos sob acompanhamento ambulatorial em um hospital de ensino na cidade de São Paulo. In . Ribeirão Preto: USP. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/b078b682-d1b4-4d6f-9367-95f91e68dd46/PIERIN%2C%20A%20M%20G%20doc%2031.pdf -
NLM
Serafim T de S, Jesus E dos S. Estilos de vida em hipertensos sob acompanhamento ambulatorial em um hospital de ensino na cidade de São Paulo [Internet]. 2008 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/b078b682-d1b4-4d6f-9367-95f91e68dd46/PIERIN%2C%20A%20M%20G%20doc%2031.pdf -
Vancouver
Serafim T de S, Jesus E dos S. Estilos de vida em hipertensos sob acompanhamento ambulatorial em um hospital de ensino na cidade de São Paulo [Internet]. 2008 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/b078b682-d1b4-4d6f-9367-95f91e68dd46/PIERIN%2C%20A%20M%20G%20doc%2031.pdf - III diretrizes para uso da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e I diretriz para uso da medida residencial da pressão arterial (MRPA)
- A influência do conhecimento sobre a doença e a atitude frente à tomada dos remédios no controle da hipertensão arterial
- Assessment of the DIXTAL DX-2710 automated oscillometric device for blood pressure measurement with the validation protocolos of the British Hypertension Society (BHS) and the Association for the Advancement of Medical Instrumentation (AAMI)
- O perfil de um grupo de pessoas hipertensas de acordo com conhecimento e gravidade da doença
- Health-related quality of life and blood pressure control in hypertensive patients with and without complications
- Adesão ao tratamento: o grande desafio da hipertensão
- Medidas domiciliares da pressão arterial
- A hipertensão do avental branco e o efeito do avental branco: medida da pressão realizada pelo paciente, enfermeira, médico e medida de rotina em atendimento ambulatorial
- Efeito hipertensão e normotensão do avental branco na liga de hipertensão do Hospital das Clínicas, FMUSP: prevalência, características clínicas e demográficas
- Adesão ao tratamento: conceitos
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