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Caracterização dos componentes extracelulares produzidos em cultura de células de Rubus fruticosus (amora-preta) durante a resposta de hipersensibilidade (2009)

  • Authors:
  • Autor USP: MELLO, ROBERTA DE - FCFRP
  • Unidade: FCFRP
  • Sigla do Departamento: S/D
  • Subjects: AMORA; CONTROLE QUÍMICO; PROTEÇÃO DE PLANTAS; HERBICIDAS; PESTICIDAS
  • Language: Português
  • Abstract: A interação planta-patógeno desencadeia uma série de sinais que ainda não estão completamente elucidados. Uma das respostas é a reação de hipersensibilidade (RH), onde ocorre a morte celular programada no sítio da infecção, impedindo a proliferação do patógeno. Acredita que a morte celular é provocada pelo aumento do ERO, principalmente peróxido de hidrogênio (H2O2) e com o acúmulo de ácido salicílico (AS) que inibe a catalase, enzima responsável pela transformação de 'H IND. 2''O IND. 2' em 'H IND. 2'O e 'O IND. 2'. Além disso, ocorre o aumento da síntese e liberação dos compostos fenólicos e alteração da parede celular dos vegetais, com o aumento das atividades de diversas enzimas, capazes de degradar a parede celular da planta e do microrganismo invasor, liberando fragmentos que podem atuar como moléculas sinalizadoras, tornando as plantas mais resistentes. Nesse trabalho as células de Rubus fruticosus (amora-preta) foram tratadas, separadamente, com três diferentes moléculas elicitoras, ou seja, moléculas capazes de ativar o mecanismo de defesa das plantas, o ácido salicílico (AS), o metil jasmonato (MeJA) e ramnoglucuronogalactana (F-I), na concentração de 1 'mü'mol/L durante 1h, para o estudo dos componentes extracelulares liberados e das modificações dos monossacarídeos da parede celular durante resposta de hipersensibilidade. A concentração de proteínas totais extracelulares foi aumentada com os indutores F-I e MeJA. A atividade enzimática de'beta'-'delta'-xilosidase não se alterou na presença de F-I, AS e MeJA. Entretanto, o MeJA tem a capacidade de aumentar as atividades das enzimas 'beta'-'delta'-galactosidase, 'beta'-'delta'-glucosidase, quitinase e laminarinase e inibir as atividades das enzimas galacturonase e 'alfa'-'lambda'-fucosidase na concentração e tempo usado. O AS e F-I provocaram um aumento nas atividades de galacturonase e quitinase e inibiram a laminarinase. A aplicação exógena de F-I e AS induziram a liberação de compostos fenólicos para meio extracelular, que provavelmente, foi decorrente da tentativa das células de se protegerem de microrganismos invasores, com um decréscimo desses compostos no meio intracelular. O MeJA não foi capaz de alterar a síntese de compostos fenólicos totais intracelulares e extracelulares e de açúcares extracelulares, em tais condições. Também F-I e AS não alteraram o teor de açúcar redutor extracelular. O MeJA foi mais efetivo na produção de ERO durante 30 minutos de incubação na concentração de 1 'mü'mol/L .F-I foi também ativador na liberação de ERO, no entanto, o AS provocou inibição. Os principais monossacarídeos neutros que constitui a parede celular de suspensão de células de Rubus fruticosus são as glucose (55-61%), arabinose (22-29%) e manose (13,8-15%). Ocorrendo em menor concentrações os monossacarídeos de fucose (0,65-1,2%), galactose (0,5-0,8%), xilose (0,5-0,8%) e ramnose (aproximadamente 0,5%). Os monossacarídeosramnose, fucose, xilose e galactose de parede celular tiveram um decréscimo na presença do AS e um aumento na presença de MeJA. Entretanto, o AS e o MeJA não alteraram o percentual de arabinose, manose e glucose. O F-I foi capaz de aumentar o percentual dos monossacarídeos ramnose e fucose e diminuir de glucose. Os resultados obtidos demonstram que a via de ativação dos mecanismos de defesa da célula vegetal, induzida pelo MeJA, difere das vias ativadas pelo AS e F-I, pois o F-I e o AS induziram a liberação de compostos fenólicos e o MeJA provocou aumento nas atividades enzimáticas, principalmente que atuam na parede celular da própria planta. O AS e o F-I foram mais efetivos no aumento das atividades enzimática relacionadas à defesa da planta, as quais agem nas paredes de diversos fitopatógenos, sendo que as enzimas que podem atuar na parede celular da própria planta foram inibidas ou não sofreram alteração
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.10.2009
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      MELLO, Roberta de. Caracterização dos componentes extracelulares produzidos em cultura de células de Rubus fruticosus (amora-preta) durante a resposta de hipersensibilidade. 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-05012010-174516/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Mello, R. de. (2009). Caracterização dos componentes extracelulares produzidos em cultura de células de Rubus fruticosus (amora-preta) durante a resposta de hipersensibilidade (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-05012010-174516/
    • NLM

      Mello R de. Caracterização dos componentes extracelulares produzidos em cultura de células de Rubus fruticosus (amora-preta) durante a resposta de hipersensibilidade [Internet]. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-05012010-174516/
    • Vancouver

      Mello R de. Caracterização dos componentes extracelulares produzidos em cultura de células de Rubus fruticosus (amora-preta) durante a resposta de hipersensibilidade [Internet]. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-05012010-174516/

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