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Percepção de faces humans e animas por recém-nascidos: uma investigação acerca da existência de um mecanismo espécie-específico (2009)

  • Authors:
  • Autor USP: FARIA, ANA CAROLINA DE OLIVEIRA - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PSE
  • Subjects: RECÉM-NASCIDO; BEBÊS; PERCEPÇÃO DA FACE; PERCEPÇÃO VISUAL; PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
  • Language: Português
  • Abstract: Desde a segunda metade do século XX, pesquisadores vêm relatando que um dos estímulos mais olhados pelos bebês é a face humana. Vários estudos sugerem que essa preferência já pode ser encontrada nos recém-nascidos, indicando a possibilidade de algum mecanismo inato de direcionamento do olhar dos recém-nascidos para os co-específicos, ou seja, para outros indivíduos pertencentes à mesma espécie. Porém, as teorias construídas para explicar esse fenômeno propuseram modelos que não se aplicam exclusivamente ao ser humano. Morton e Johnson (1991) propõem um padrão de três pontos (olhos e boca) como o elemento atrativo das faces; outros autores defendem que suas propriedades físicas (como contraste, amplitude e fase) são o fator atrativo para os bebês (Kleiner & Banks, 1987); para Simion et aI. (2001), a existência de mais elementos na parte superior da face (olhos) do que na inferior (boca) é suficiente para atrair o olhar dos bebês. Nas três teorias, a atenção dos bebês humanos não seria direcionada apenas para a face de seu co-específico, mas também poderia se voltar para faces de outros animais. Objetivo: investigar se a face humana seria a mais atraente para os recém-nascidos (apontando uma identificação precoce de co específicos) em relação a faces de outros animais que igualmente possuem a configuração de três pontos (contemplando os pressupostos das três teorias). Método: Sujeitos: 10 bebês recém-nascidos (média de 3h27min após nascimento) a termo e semcomplicações. Material: fotografias de faces, tanto co-específica (humana) como de outras espécies (cachorro, coruja e chimpanzé), todas contendo a configuração de três pontos. Procedimento: as faces foram apresentadas em pares em ordem aleatória. Através de uma câmera inserida entre os estímulos, registrou-se o tempo de fixação do olhar dos bebês para as faces. Cada par foi apresentado por 30 segundos. Resultados: não foi demonstrado enviesamento dos bebês para os lados de apresentação dos pares, tampouco não houve tempo de fixação significativamente maior para nenhuma das faces. Discussão: como a face humana não obteve preferência sobre as outras faces animais, sugere-se que a percepção de faces em recém-nascidos pode ser possuir um escopo mais amplo, não se restringindo apenas a faces co-específicas. Conclusão: a resposta dos bebês para todas as faces apresentadas pode sugerir um mecanismo de receptividade inicial a qualquer possível cuidador, proporcionando um valor adaptativo ao recém-nascido
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.09.2009

  • How to cite
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    • ABNT

      FARIA, Ana Carolina de Oliveira. Percepção de faces humans e animas por recém-nascidos: uma investigação acerca da existência de um mecanismo espécie-específico. 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. . Acesso em: 09 jun. 2024.
    • APA

      Faria, A. C. de O. (2009). Percepção de faces humans e animas por recém-nascidos: uma investigação acerca da existência de um mecanismo espécie-específico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Faria AC de O. Percepção de faces humans e animas por recém-nascidos: uma investigação acerca da existência de um mecanismo espécie-específico. 2009 ;[citado 2024 jun. 09 ]
    • Vancouver

      Faria AC de O. Percepção de faces humans e animas por recém-nascidos: uma investigação acerca da existência de um mecanismo espécie-específico. 2009 ;[citado 2024 jun. 09 ]

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