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Marcadores de estresse oxidativo em pacientes inférteis não obesas com Síndrome dos ovários policísticos e inférteis por fator tubário e/ou masculino e resultados de reprodução assistida (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: RODRIGUES, JHENIFER KLIEMCHEN - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGO
  • Subjects: ESTRESSE OXIDATIVO; INFERTILIDADE FEMININA; FERTILIZAÇÃO "IN VITRO"; REPRODUÇÃO (RESULTADOS)
  • Language: Português
  • Abstract: Objetivos: As espécies reativas de oxigênio (ROS) são produtos intermediários da metabolização celular e em concentrações fisiológicos tem importância na modulação de processos fisiológicos do trato reprodutivo feminino. Todavia, o estresse oxidativo (EO) pode estar envolvido nas alterações da foliculogênese e na suposta piora da qualidade oocitária em pacientes com SOP. Os dados disponíveis acerca da associação entre EO, infertilidade e efeitos deletérios e/ou benéficos sobre a qualidade oocitária, fertilização, qualidade embrionária e o sucesso em Reprodução assistida (RA) são inconsistentes e conflitantes. É possível que os distintos fenótipos de pacientes com SOP apresentem diferenças relacionadas à qualidade oocitária e resultados dos procedimentos de RA, contribuindo para as controvérsias encontradas na literatura. Neste sentido, nosso objetivo primário foi comparar os níveis de cinco marcadores de EO entre pacientes inférteis não obesas com SOP e inférteis por fator tubário e/ou masculino (Controle) no soro, durante a fase folicular precoce do ciclo que antecedeu a estimulação ovariana, após bloqueio hipofisário, e ao longo da estimulação com gonadotrofinas e no fluido folicular. Como objetivo secundário comparamos os resultados de RA entre os grupos. Metodologia: Estudo prospectivo, no qual foram consecutivamente incluídas setenta de duas pacientes inférteis (66 ciclos de 57 pacientes com infertilidade por fator tubário e/ou masculino e 16 ciclos de15 pacientes com SOP) submetidas à estimulação ovariana controlada para a realização de injeção intracitoplasmática do espermatozóide (ICSI). Foi realizada coleta de sangue periférico na fase folicular precoce do ciclo menstrual prévio à estimulação avariaria (D1), após bloqueio hipofisário com agonista do GnRH (D2)e ao longo da estimulação com gonadotrofinas (no dia da ) administração da gonadotrofina coriônica humana-hCG - D3 e no dia da captação oocitária - D4), e de fluido folicular (FF). Foram analisados os níveis de malondialdeído (MDA), hidroperóxidos (FOX), produtos de oxidação protéica (AOPP), glutationa e vitamina E, pela leitura da absorbância em espectofotômetro e por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Foram avaliados a resposta à estimulação ovariana e os resultados de ICSI nos dois grupos. Resultados: Os níveis séricos de MDA foram significativamente maiores na fase folicular precoce do ciclo que antecedeu a estimulação avariaria nas pacientes do grupo SOP em relação ao controle (SOP - 27,9 ± 8,9 \03BCmol/g pt; Controle -22,6 ± 9,0 \03BCmol/g pt). No grupo controle observou-se aumento significativo dos níveis séricos de MDA após bloqueio hipofisário com gonadotrofinas (D2), quando comparados aos níveis em D1, e em D2 quando comparados com os níveis no dia da captação oocitária (D4). Os níveis de AOPP foram mais elevados em D2, D3 e D4 em relação a D1, enquanto os níveis de FOX foram significativamente menores em D2, D3 e D4 em relação a D1.No grupo SOP não se observou diferença significativa entre os níveis séricos destes marcadores de estresse oxidativo após bloqueio hipofisário com agonista do GnRH e durante a estimulação ovariana, quando comparados aos obtidos no ciclo não estimulado. Os níveis de MDA foram mais elevados no grupo SOP em comparação ao grupo Controle em D3 e D4. Não identificamos diferença significativa nos níveis foliculares dos cinco marcadores de estresse oxidativo e nos resultados de RA entre os grupos analisados. Conclusões: Evidenciamos níveis significativamente maiores de MDA no soro de pacientes inférteis não obesas com SOP comparadas a mulheres com infertilidade por fatores tubário e/ou masculino, em ciclos não estimulados, sugerindo a ) presença de estresse oxidativo sistêmico. Observamos maiores níveis séricos de MDA nas pacientes com SOP comparadas às controles também durante a estimulação avariaria com gonadotrofinas. Todavia, neste grupo, não houve variação significativa dos valores séricos dos cinco marcadores de estresse oxidativo após bloqueio hipofisário e durante a estimulação ovariana. No grupo infértil por causa tubária e/ou masculina, evidenciamos aumento significativo da peroxidação lipídica e dano oxidativo às proteínas, assim como redução dos níveis de hidroperóxidos, após bloqueio hipofisário com gonadotrofinas e durante a estimulação ovariana, sugerindo associação positiva entre estimulação ovariana e estresse oxidativo. Não observamos diferença entreos grupos em relação aos marcadores de estresse oxidativo no fluido folicular e resultados de RA, sugerindo que neste grupo específico de pacientes com SOP, não haja estresse oxidativo ovariano e piora da qualidade oocitária. As interpretações acerca da influência do estresse oxidativo sobre os resultados de RA, assim como suas potenciais implicações reprodutivas precisam ser mais bem avaliadas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.02.2010

  • How to cite
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    • ABNT

      RODRIGUES, Jhenifer Kliemchen. Marcadores de estresse oxidativo em pacientes inférteis não obesas com Síndrome dos ovários policísticos e inférteis por fator tubário e/ou masculino e resultados de reprodução assistida. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Rodrigues, J. K. (2010). Marcadores de estresse oxidativo em pacientes inférteis não obesas com Síndrome dos ovários policísticos e inférteis por fator tubário e/ou masculino e resultados de reprodução assistida (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Rodrigues JK. Marcadores de estresse oxidativo em pacientes inférteis não obesas com Síndrome dos ovários policísticos e inférteis por fator tubário e/ou masculino e resultados de reprodução assistida. 2010 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Rodrigues JK. Marcadores de estresse oxidativo em pacientes inférteis não obesas com Síndrome dos ovários policísticos e inférteis por fator tubário e/ou masculino e resultados de reprodução assistida. 2010 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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