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Efeito da perfusão ex vivo nao pulsátil com pressões crescentes em veias safenas magnas humanas: avaliação morfológica, imunohistoquimica e bioquímica (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: DALIO, MARCELO BELLINI - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCA
  • Subjects: ENDOTÉLIO VASCULAR; REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA; ÓXIDO NÍTRICO
  • Language: Português
  • Abstract: Contexto: A falência precoce dos enxertos com veia safena magna humana é um problema clínico relevante. Estima-se que de 15 a 25% dos enxertos periféricos e 10 a 30% dos enxertos coronários ocluem com 5 anos da implantação no sistema arterial. A exposição da veia safena magna às forças mecânicas causa alterações morfológicas e funcionais que podem ser o gatilho para o processo de falência precoce dos enxertos. Estudo recente neste laboratório, mostrou que a distensão in vitro de veias safenas humanas distais com pressões de 300 mmHg provocou alterações morfológicas e diminuição da expressão imuno-histoquimica da óxido nítrico sintase, sem causar alterações na dosagem de nitrito/nitrato. A motivação do presente estudo foi dar continuidade à esta linha de pesquisa, com a realização da distensão com fluxo (perfusão ex vivo) em veias safenas magnas humanas. Objetivos: O objetivo deste estudo foi verificar se segmentos de veia safena magna humana quando submetidos à perfusão ex vivo não pulsátil com pressões crescentes, por período de três horas, apresentam alterações morfológicas; alterações na expressão imuno-histoquimica das isoformas da óxido nítrico sintase; alterações na dosagem tecidual de nitrito/nitrato e; alterações nos produtos do estresse oxidativo. Materiais e métodos: Segmentos intactos de veia safena magna foram obtidas de 30 pacientes submetidos à cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio. Os segmentos foram submetidos à perfusão ex vivo não pulsátil em um sistema experimental. A perfusão foi realizada com solução de Krebs oxigenada por três horas, com fluxo de 100 ml/min e pressões de 50, 100, 200 e 300 mmHg, definindo quatro grupos (nós). Seis segmentos foram utilizados como controle, sem realização da perfusão (pressão 0 mmHg). Apos a perfusão, os segmentos venosos foram submetidos à: 1) análise morfológica daparede venosa com microscopia óptica e eletrônica de transmissão, com quantificação das alterações, cálculo da área do lúmen e da porcentagem do perimetro luminal coberta por endotélio; 2) análise da expressão imuno-histoquimica das isoformas da óxido nítrico sintase; 3) análise imuno-histoquimica do CD34; 4) dosagem tecidual de nitrito/nitrato; 5) análise dos produtos do estresse oxidativo, por meio da expressão imunohistoquimica da nitrotirosina e da dosagem dos níveis teciduais de malondialdeido. Resultados: 1) A microscopia óptica mostrou áreas de desnudamento endotelial, formação de processos endoteliais salientes e presença de fendas na luz, que foram mais frequentes nos grupos perfundidos com 200 e 300 mmHg. A área do lúmen foi significativamente maior no grupo perfundido com 300 mmHg. A porcentagem do perimetro luminal coberta por endotélio diminuiu conforme se aumentou as pressões de perfusão, sendo a diferença significativa comparando os grupos com pressões de perfusão de 0, 50 e 100 com os de 200 e 300 mmHg. A microscopia eletrônica de transmissão não mostrou alterações nos grupos perfundidos com 0, 50 e 100 mmHg. Nos grupos perfundidos com 200 e 300 mmHg, o endotélio apresentou projeções, pleiomorfismo celular e vacúolos citoplasmáticos. Na túnica média das veias destes grupos, foi observado formato irregular da membrana celular, heterocromatina e nucléolo amplo e vacúolos citoplasmáticos. 2) Observou-se expressão imuno-histoquimica das três isoformas da óxido nitrico sintase em todas as tónicas das veias, não havendo diferença significativa entre os grupos. 3) A expressão do CD34 foi observada também nas três tónicas com predominio na intima, sem diferença entre os grupos. 4) Os nivele teciduais de nitrito/nitrato não aprontaram diferença significativa entre as diferentes pressões de perfusão. 5) Não houve expressão imuno-histoquimicade nitrotirosina e a dosagem tecidual de malondialdeido não apresentou diferenças entre os grupos. Conclusão: A perfusão ex vivo com fluxo não pulsátil por três horas causou alterações morfológicas na veia safena humana, que não foram acompanhadas de alterações imuno-histoquimicas e bioquímicas. Mesmo com lesão mecânica nas tónicas intima e média, a veia safena manteve a capacidade de expressar a óxido nitrico sintase e liderar óxido nitrico
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.05.2010

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    • ABNT

      DALIO, Marcelo Bellini. Efeito da perfusão ex vivo nao pulsátil com pressões crescentes em veias safenas magnas humanas: avaliação morfológica, imunohistoquimica e bioquímica. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 21 maio 2024.
    • APA

      Dalio, M. B. (2010). Efeito da perfusão ex vivo nao pulsátil com pressões crescentes em veias safenas magnas humanas: avaliação morfológica, imunohistoquimica e bioquímica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Dalio MB. Efeito da perfusão ex vivo nao pulsátil com pressões crescentes em veias safenas magnas humanas: avaliação morfológica, imunohistoquimica e bioquímica. 2010 ;[citado 2024 maio 21 ]
    • Vancouver

      Dalio MB. Efeito da perfusão ex vivo nao pulsátil com pressões crescentes em veias safenas magnas humanas: avaliação morfológica, imunohistoquimica e bioquímica. 2010 ;[citado 2024 maio 21 ]


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