Análise temporal do piscar espontâneo em sujeitos normais e pacientes com retração palpebral por orbitopatia de Graves (2013)
- Authors:
- Autor USP: GARCIA, DENNY MARCOS - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: ROO
- Subjects: DOENÇAS PALPEBRAIS; MOVIMENTOS OCULARES; ÓRBITA; OFTALMOPATIAS
- Language: Português
- Abstract: O piscar espontaneo é essencial na proteção da superficie ocular. O presente trabalho teve como objetivo analisar a atividade do piscar espontâneo em sujeitos normais e pacientes com retração palpebral por orbitopatia de Graves. Um total de 20 sujeitos normais e 12 pacientes tiveram seus movimentos palpebrais registrados durante 1 hora enquanto assistiam a um video. O registro foi realizado através da técnica MagneVc Search Coil. Foram calculados a amplitude e a velocidade máxima de cada movimento e o intervalo de tempo entre cada piscadela. Não houve diferença na taxa de piscar espontâneo entre os grupos. O padrão da distribuição dos intervalos entre piscadelas foi estudado no período inteiro de observação e em 56 blocos sobrepostos de 5 minutos. Os blocos de 5 minutos apresentaram os padrões clássicos do piscar espontâneo descritas previamente, ao passo que no periodo de 1 hora todas as distribuições foram assimétricas positivas, mostrando que a presença desses padrões clássicos deve-se a um artefato do registro do piscar espontâneo em periodos curtos de tempo. A relação entre a amplitude e velocidade máxima (main sequence) foi quantificada por meio de 3 modelos: linear com intercepto, linear através da origem e uma função não-linear de lei de potência. A regressão linear com intercepto mostrou uma aproximação válida e estável para estimar a relação entre amplitude e velocidade máxima. No entanto, as assunções básicas do modelo de regressão linear devem ser examinadas individualmente, uma vez que a relação não foi linear para todos os sujeitos. Os pacientes tiveram a main . sequence menor que os controles, portanto um movimento palpebral mais lento que os sujeitos normais. Houve grande variabilidade interindividual da main Resumo sequence, mas intraindividualmente ela foi estável ao longo do período de 1 hora. Métodos especificas para capturar propriedadesfractais foram aplicados nas séries temporais de amplitude e de intervalos entre piscadelas. Foi verificada a presença de memória de longo alcance em ambas as séries para a maioria dos controles e pacientes, mostrando que há uma dependência temporal entre os movimentos. Esse achado reforça a tese de que o processo do piscar espontâneo é regido por um marca-passo central modulado por fatores externos. Através da análise de causalidade entre séries temporais, foi observada uma influência do intervalo entre piscadelas na amplitude do movimento. Os resultados deste estudo demonstram que a atividade do piscar espontaneo difere entre os controles e pacientes apenas na métrica dos movimentos. A retração palpebral por orbitopatia de Graves é uma doença periférica e, portanto, não sofre alteração no processo gerador do piscar espontâneo
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2013
- Data da defesa: 16.08.2013
-
ABNT
GARCIA, Denny Marcos. Análise temporal do piscar espontâneo em sujeitos normais e pacientes com retração palpebral por orbitopatia de Graves. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 06 maio 2024. -
APA
Garcia, D. M. (2013). Análise temporal do piscar espontâneo em sujeitos normais e pacientes com retração palpebral por orbitopatia de Graves (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Garcia DM. Análise temporal do piscar espontâneo em sujeitos normais e pacientes com retração palpebral por orbitopatia de Graves. 2013 ;[citado 2024 maio 06 ] -
Vancouver
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