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A expressão de um fragmento de miosina va interfere na formação de metástases em modelo murino (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: PAIVA, ANA PAULA BARRETO DE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: APOPTOSE; MIOSINA; MELANOMA
  • Language: Português
  • Abstract: A apoptose pode ser definida como um evento de morte celular programada latente nas células e que tem como objetivo descartar populações celulares não desejadas e/ou que funcionem de forma aberrante. Quando a via intrínseca de apoptose é ativada, o citocromo c e outras proteínas envolvidas nos processos de morte são liberadas do espaço intermembranas da mitocôndria, levando à ativação de caspases e subsequente apoptose. A interação entre membros anti e pró-apoptóticos da família de proteínas Bcl-2 é o que controla a abertura dos canais mitocondriais. A proteína pró-apoptótica Bmf está ligada a cadeia leve de dineína 2 (DLC2) que, por sua vez, está associada ao citoesqueleto de actina por meio do motor molecular de miosina Va. Quando liberada desse complexo, Bmf inativa uma proteína anti-apoptótica na membrana externa da mitocôndria. Em recente trabalho publicado por nosso grupo, mostrou-se que um fragmento da cauda medial da miosina Va (MVaf), que possui o domínio de ligação à DLC2, foi capaz de induzir apoptose em células de melanoma e promover a liberação de citocromo c e Smac do espaço intermembranas da mitocôndria, possivelmente por interferir na dissociação do complexo MVa/DLC2/Bmf. O trabalho também mostrou que tumores sólidos de melanoma expressando o MVaf fusionado a EGFP crescem menos e mais lentamente que tumores expressando apenas EGFP. Assim, a partir desses dados, resolvemos investigar no presente trabalho como a ação do MVaf dificulta o crescimento tumoral e analisar se sua ação também poderia interferir na formação de metástases em modelo animal. Utilizando linhagens celulares de melanoma murino expressando EGFP e EGFP-MVaf, com expressão controlada pelo sistema Tet-ON, induzimos tumores subcutaneos para a retirada periódica dos mesmos e quantificação de proteína associada à apoptose e sinalizadores imunológicos a partir dos lisados tumorais.Com as mesmas células, realizamos ensaios de ciclo celular, para avaliar os efeitos do MVaf na ciclagem das células, e testamos um inibidor de MEK, para averiguar uma possível atuação do MVaf como coadjuvante à droga. Também utilizamos um modelo de colonização metastática para avaliar o potencial de ação do MVaf no processo de formação de metástases. Por firn, diante do vazamento de expressão percebido no sistema Tet-ON, construímos um novo clone em vetor lentiviral para expressão do MVaf e melhor avaliação de sua ação. Observamos que, embora os tumores expressando o MVaf se desenvolvam menos e mais lentamente que os tumores controle, não há aumento da expressão da proteína Parp (envolvida na cascata apoptótica) nos lisados tumorais de EGFP-MVaf, quando comparados aos lisados tumorais de EGFP. Isso sugere que a apoptose nessas células deve acontecer nos momentos iniciais da indução do tumor ou durante o processo de disseminação (quando as células estao na corrente sanguínea), dado o envolvimento desse complexo em anoikis, e que o tumor deve crescer menos e mais lentamente devido à morte de células logo após a injeção, antes da formação do tumor sólido. Também há indícios de uma possível resposta imune diferenciado, dada a maior quantidade de II -6, TNF e INF ‘gama’ nos lisados de tumores expressando MVaf. Não foi encontrada diferença significativa na ciclagem das células expressando EGFP e EGFP-MVaf, mesmo após o tratamento com o iinibidor de MEK. No que diz respeito à formação de metástases, observamos uma diferença acentuada entre os grupos, onde os animais EGFP-MVaf apresentaram menor número e tamanho de lesões metastáticas pulmonares que os animais do grupo EGFP, embora as células expressando o fragmento de miosina Va não tenham a expressão de metaloproteases aumentada. Esses resultados reforçam os achados sobre a interferência do MVaf na viaapoptótica, além de suportar a idéia de que o mesmo possa ser estudado para uma possível utilização terapêutica
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.10.2013

  • How to cite
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    • ABNT

      PAIVA, Ana Paula Barreto de. A expressão de um fragmento de miosina va interfere na formação de metástases em modelo murino. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 29 maio 2024.
    • APA

      Paiva, A. P. B. de. (2013). A expressão de um fragmento de miosina va interfere na formação de metástases em modelo murino (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Paiva APB de. A expressão de um fragmento de miosina va interfere na formação de metástases em modelo murino. 2013 ;[citado 2024 maio 29 ]
    • Vancouver

      Paiva APB de. A expressão de um fragmento de miosina va interfere na formação de metástases em modelo murino. 2013 ;[citado 2024 maio 29 ]

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