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Comparação de traços psicopáticos entre jovens infratores e não-infratores (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: CASTELLANA, GUSTAVO BONINI - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MPS
  • Subjects: DELINQUÊNCIA JUVENIL (PSICOLOGIA); TRANSTORNO DE PERSONALIDADE MÚLTIPLA; ADOLESCENTES; ADOLESCENTES
  • Keywords: Adolescent; Adolescente; Antisocial personality disorder; Conduct disorder/psychology; Delinquencia juvenil/psicologia; Electrophysiology; Eletrofisiologia; Personality disorders/diagnosis Juvenile delinquency/psychology; Transtorno da conduta/psicologia; Transtorno da personalidade antissocial; Transtorno da personalidade/diagnóstico
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A prática de atos infracionais e comportamento antissocial entre jovens podem estar associados a traços psicopáticos constitucionais (primários) ou ambientais (secundários) presentes no desenvolvimento desses indivíduos. O comportamento antissocial também está associado com a resposta autonômica diminuída diante de estímulos com saliência emocional. O objetivo deste trabalho foi analisar as diferenças de traços psicopáticos primários e secundários entre jovens infratores e jovens da comunidade com nível socioeconômico semelhante. Foi também objetivo a comparação dos padrões de resposta autonômica frente a estímulos visuais agradáveis, neutros e desagradáveis entre os grupos. Métodos: A escala Psychopathy Checklist-Revised (PCL-R) foi utilizada para identificar se jovens infratores do sexo masculino, que cumpriam medida socioeducativa de internação nas unidades da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) em São Paulo, apresentavam diferenças na sua pontuação total, e especificamente no fator 1 ou fator 2 da escala, quando comparados com outros jovens da comunidade, em condições socioeconômicas semelhantes. Para isso foram excluídos da amostra os jovens que apresentavam critérios para Transtornos mentais ou Retardo mental de acordo com a Mini-International Neuropsychiatric Interview (MINI) e escala Wechsler de inteligência para adultos (WAIS- III), respectivamente. Foram também excluídos da comparação aqueles que apresentaram pontuaçãocondizente com o critério de psicopatia no Brasil (igual ou maior que 23 pontos na escala PCL-R). A resposta autonômica foi avaliada por meio das medidas de latência, amplitude e labilidade da atividade elétrica da pele (AEP) diante de imagens agradáveis, neutras e desagradáveis do International Affective Picture System (IAPS). Resultados: 39 infratores e 31 jovens do grupo controle foram comparados em relação aos traços psicopáticos. Os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p < 0,01) na pontuação média do PCL-R, sendo 13.4 a pontuação média entre infratores e 2.1 entre não-infratores. Foram encontradas também diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quando analisadas separadamente as médias de pontuação no fator 1 (p < 0,01) e fator 2 (p < 0,01) da PCL-R. Apesar dos grupos terem apresentado diferença estatisticamente significativa (p < 0,01) nos níveis educacionais, a ANCOVA realizada para comparar os resultados da média de pontuação na PCL-R entre os grupos, controlando para nível educacional, mostrou que a diferença nos resultados da PCL-R permaneceu estatisticamente significativa (p < 0,01). Na comparação da resposta autonômica foi possível a inclusão de 33 infratores com os mesmos 31 do grupo controle. Foram também encontradas diferenças estatisticamente significativas (p < 0,01) na amplitude da AEP, sendo que o grupo de infratores apresentou maior ativação autonômica para estímulos agradáveis, porém menor ativação autonômicapara estímulos desagradáveis. Conclusões: nesta amostra, tanto a presença de traços psicopáticos primários - associados a características constitucionais - quanto de traços psicopáticos secundários - associados a características ambientais, foram maiores entre infratores. No entanto a proporção de cada um destes fatores foi a mesma entre os grupos, com predominância dos traços secundários em ambos os grupos. Portanto não se pode atribuir a delinquência juvenil nesta amostra a nenhum fator especificamente - constitucional ou ambiental-, ainda que os fatores ambientais tenham contribuído de forma mais significativa para os traços psicopáticos na amostra como um todo. Os padrões de ativação autonômica entre infratores indicam que as respostas emocionais destes jovens diante dos estímulos agradáveis e desagradáveis do ambiente são diferentes dos outros jovens da comunidade, apontando características singulares da reação emocional de jovens infratores. Os resultados sugerem a necessidade de intervenções amplas, não restritas a aspectos socioeconômicos, na abordagem da delinquência juvenil
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.07.2014
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      CASTELLANA, Gustavo Bonini. Comparação de traços psicopáticos entre jovens infratores e não-infratores. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-27082014-104205/. Acesso em: 20 maio 2024.
    • APA

      Castellana, G. B. (2014). Comparação de traços psicopáticos entre jovens infratores e não-infratores (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-27082014-104205/
    • NLM

      Castellana GB. Comparação de traços psicopáticos entre jovens infratores e não-infratores [Internet]. 2014 ;[citado 2024 maio 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-27082014-104205/
    • Vancouver

      Castellana GB. Comparação de traços psicopáticos entre jovens infratores e não-infratores [Internet]. 2014 ;[citado 2024 maio 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-27082014-104205/

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