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A participação de um serviço público na atenção e implementação de ações à saúde do viajante no Brasil (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: CHAVES, TâNIA DO SOCORRO SOUZA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MIP
  • Subjects: ASSISTÊNCIA À SAÚDE; VIAGENS; DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS (PREVENÇÃO E CONTROLE); MALÁRIA (PREVENÇÃO E CONTROLE); BRASIL
  • Keywords: Brasil/epidemiologia; Brazil/epidemiology; Communicable diseases emerging/prevention and control; Doenças endêmicas; Doenças transmissíveis emergentes/prevenção e controle; Endemics diseases; Health of the traveler; Malária/prevenção e controle; Malaria/prevention and control; Mandatory vaccination; Medicina de viagem; Políticas públicas de saúde; prevenção de doenças; prevention of diseases; Public health; Public health policies; Saúde do viajante; Saúde pública; Sentinel event surveillance; Travel medicine; Vacinação obrigatória; Vigilância de evento sentinela
  • Language: Português
  • Abstract: A medicina de viagem (MV) surgiu em resposta ao crescente deslocamento populacional, com o objetivo de prevenir os agravos à saúde relacionados às viagens. No Brasil teve inicio no final da década de 90, momento em que reformas socioeconômicas levaram a melhorias das condições de vida dos brasileiros. O Núcleo de Medicina do Viajante (NMV), do Instituto de Infectologia Emilio Ribas (IIER), foi o primeiro serviço de atenção à saúde do viajante criado na cidade de São Paulo, em maio de 2000. O presente estudo visa: descrever a população de viajantes que procuraram orientação pré-viagem no Núcleo de Medicina do Viajante (NMV) do Instituto de Infectologia Emilio Ribas (IIER) no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010; descrever as medidas de prevenção recomendadas em relação às doenças infecciosas; descrever as atividades de ensino realizadas e a participação do serviço na discussão de diretrizes em políticas públicas em medicina de viagem. No período estudado, 2744 viajantes procuraram orientação pré-viagem no NMV do IIER. Foram realizados 2836 atendimentos de orientação pré-viagem, 92 viajantes procuraram o serviço mais de uma vez. A faixa etária entre 18 e 34 anos (54,2%), o sexo feminino (51,1%) e grau de educação superior (75,5%) foram as principais características demográficas desses viajantes. Os destinos mais procurados foram: África (24,5%), Europa (21,2%), Ásia (16,6%) e Brasil (19,2%). O turismo (35,7%) e o trabalho (35,7%) foram os motivos de viagem maisreferidos. O tempo de permanência menor ou igual a 30 dias foi referido pelos viajantes em que o objetivo de viagem foi o turismo, enquanto os viajantes que referiram o trabalho ou estudo apresentaram maior tempo de permanência (p < 0,001). O meio de transporte mais referido foi o aéreo (62,8%). Os viajantes relataram durante a consulta pré-viagem dificuldade de acesso ao serviço. As fontes de informação mais referidas foram: informação a partir de amigos, indicação por profissional da saúde e mídia eletrônica. As medidas de prevenção recomendadas variaram conforme o destino. O tratamento autoadministrado para diarreia foi mais recomendado aos viajantes com destino à Ásia. As vacinas de febre amarela, poliomielite e antimeningocócica A e C foram mais recomendadas aos viajantes com destino à África, assim como a quimioprofilaxia para malária, que foi recomendada para 26,4% dos viajantes para esse destino. A quimioprofilaxia (QPX) para malária foi recomendada em 10,3% de todas as orientações. Houve diferença com significância estatística na recomendação segundo a finalidade (p < 0,30), o destino (p < 0,001) e a duração da viagem (p < 0,001). Das 422 orientações realizadas aos viajantes com destino ao Brasil, a QPX foi recomendada somente para 30 (7,1%). Dos 2744 viajantes atendidos, 664 (24,2%) relataram pelo menos uma morbidade prévia; 66 (2,4%) eram menores de 10 anos de idade; e 157 (5,7%) tinham 60 anos ou mais. Em relação às atividades de ensino, no período do estudo, 83médicos residentes estagiaram no NMV e foram orientadas onze monografias de conclusão de residência médica. O NMV participou de 12 reuniões para discussão de diretrizes sobre a saúde do viajante e de iniciativas como a Carta de São Paulo (documento em defesa da saúde do viajante elaborado por acadêmicos e profissionais de saúde participantes do SUS). Da criação da Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem e da criação do Comitê Estadual de Saúde do Viajante, pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Essas atividades foram passos decisivos para corroborar a implementação de políticas públicas em saúde do viajante no Brasil
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  • Data da defesa: 08.08.2014
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    • ABNT

      CHAVES, Tânia do Socorro Souza. A participação de um serviço público na atenção e implementação de ações à saúde do viajante no Brasil. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-29102014-124515/. Acesso em: 21 maio 2024.
    • APA

      Chaves, T. do S. S. (2014). A participação de um serviço público na atenção e implementação de ações à saúde do viajante no Brasil (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-29102014-124515/
    • NLM

      Chaves T do SS. A participação de um serviço público na atenção e implementação de ações à saúde do viajante no Brasil [Internet]. 2014 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-29102014-124515/
    • Vancouver

      Chaves T do SS. A participação de um serviço público na atenção e implementação de ações à saúde do viajante no Brasil [Internet]. 2014 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-29102014-124515/


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