Exportar registro bibliográfico

Da deliciosa indolência à atividade petulante: trabalho e ócio na antropologia de Rousseau (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: AZEVEDO, THIAGO VARGAS ESCOBAR - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLF
  • Subjects: ANTROPOLOGIA; TRABALHO; COMPORTAMENTO SOCIAL
  • Keywords: Idleness; Indolence; Indolência; Laziness; Ócio; Preguiça; Second discourse; Segundo discurso
  • Language: Português
  • Abstract: Trata-se de analisar a elaboração conceitual e a função das noções de "trabalho", "indolência" e "ócio" na antropologia de Rousseau, apontando de que maneira é possível realizar a leitura da gênese da humanidade e da gênese da história a partir da gênese do trabalho. Pretende-se também examinar como o desenvolvimento das formas de trabalho permite pensarmos o labor em suas variadas categorias: Rousseau descreve e distingue qualitativamente diversas espécies de trabalho humanos sempre considerando os dados heterogêneos que compõe os sucessivos quadros do estado de natureza histórico. No primeiro estado de natureza, retratado no Segundo Discurso, os homens encontravam-se esparsos em uma natureza pródiga: vivendo em terra fértil e abundante, na qual podiam plenamente usufruir de sua indolência natural, os indivíduos equiparavam-se aos animais e suas faculdades distintas encontravam-se em potência. Neste meio ambiente generoso, que não exigia senão um mínimo esforço instintivo para sobrevivência, o trabalho era inexistente. Entretanto, este modelo, no qual a preguiça se apresenta como atributo antropológico fundamental que mantém o homem apegado ao estado de coisas em que se encontra, transforma-se no momento em que surgem os obstáculos: a natureza, tornando-se avara, passa a esconder seus frutos. Abandonando sua indolência, o homem vê e faz nascer uma primeira espécie de trabalho e constrói seus primeiros objetos técnicos; é no momento desta gênese que a liberdade e aperfectibilidade se atualizam e o homem, assim, terá acesso propriamente à sua humanidade. Examina-se, então, a partir do desenvolvimento das formas de trabalho, de que maneira o homem passa a tomar a consciência de si e do outro, dando início ao desenvolvimento da história, da razão e da sociedade. Pretende-se, portanto, demonstrar e contextualizar como a noção de trabalho, que suplanta a ociosidade paradisíaca, opera como ponto de inflexão fundamental na antropologia de Rousseau
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 12.12.2014
  • Acesso à fonte
    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      AZEVEDO, Thiago Vargas Escobar. Da deliciosa indolência à atividade petulante: trabalho e ócio na antropologia de Rousseau. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-09062015-122644/. Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Azevedo, T. V. E. (2014). Da deliciosa indolência à atividade petulante: trabalho e ócio na antropologia de Rousseau (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-09062015-122644/
    • NLM

      Azevedo TVE. Da deliciosa indolência à atividade petulante: trabalho e ócio na antropologia de Rousseau [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-09062015-122644/
    • Vancouver

      Azevedo TVE. Da deliciosa indolência à atividade petulante: trabalho e ócio na antropologia de Rousseau [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-09062015-122644/

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024