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Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade dos flavonoides kaempferol e morina quando incubados com células HepG2: comparação estrutura-atividade, com ênfase no mecanismo apoptótico (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: TASSO, MARIA JÚLIA - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 593
  • Subjects: FLAVONÓIDES; TOXICOLOGIA (GENÉTICA); CITOTOXINAS; APOPTOSE
  • Language: Português
  • Abstract: Os flavonoides são compostos polifenólicos amplamente distribuídos no reino vegetal, que possuem conhecidas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, e cujos mecanismos de ação são influenciados por suas características estruturais. No entanto, efeitos tóxicos, tais como a interferência na bioenergética celular e mesmo citotoxicidade, já foram relatados na literatura. O kaempferol e a morina são dois flavonoides pertencentes ao subgrupo dos flavonols, que possuem estruturas bastante similares entre si, diferindo apenas pela presença de um substituinte hidroxila extra na posição 2' (anel B) na morina. Posto isto, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos da morina e do kaempferol em células imortalizadas a partir de hepatocarcinoma humano (HepG2) para buscar evidências de genotoxicidade, citotoxicidade, e possíveis mecanismos de indução de morte celular, e comparar a ação desses flavonoides a fim de estabelecer uma relação entre as estátuas e atividades exercidas por esses compostos. O kaempferol reduziu a proliferação e viabilidade celular, e demonstrou potencial para induzir morte por mecanismo apoptótico, visualizado por meio do aumento da exposição da fosfatidilserina na face externa da membrana celular, da maior incidência de fragmentação nuclear e da capacidade de ativar as caspases -3 e -9. A via apoptótica induzida por esse flavonoide demonstrou ocorrer principalmente por mecanismo dependente da mitocôndria (via intrínseca), devido à ativação da caspase 9 e à interferência no equilíbrio do potencial eletroquímico mitocondrial; o estresse oxidativo pode não estar relacionado com esse processo, uma vez que o kaempferol não desencadeou um significativo acúmulo de espécies reativas em longos tempos de exposição. Ainda, o kaempferol provocou a estagnação do ciclo celular na fase G2, apresentou pequeno extravasamento do conteúdo citosólico, observadopelo aumento da atividade da enzima LDH, e demonstrou efeitos genotóxicos em condições em que não houve redução na viabilidade celular. Nas mesmas condições testadas, a morina não afetou a proliferação e viabilidade celular, não produziu aumento na quantidade de espécies reativas, e tampouco apresentou evidências de efeitos citotóxicos e indução de apoptose, causando apenas uma diminuição no potencial de membrana mitocondrial, o que não foi suficiente para levar à morte celular. Ademais, esse flavonoide não provocou extravasamento do conteúdo citosólico no meio extracelular, não interferiu no ciclo celular, mas induziu danos genotóxicos nas maiores concentrações. O forte caráter antioxidante da morina pode ser responsável pela redução da ativação das caspases -3 e -9, e pela ausência de efeitos citotóxicos, incluindo uma possível reparação dos danos genotóxicos. Dessa forma, é possível verificar que a diferença estrutural entre os flavonoides testados foi suficiente para permitir a ocorrência de efeitos nitidamente distintos. Enquanto que o kaempferol demonstrou potencial citotóxico, levando à morte celular por apoptose, a morina não foi suficientemente efetiva nas condições testadas para causar citotoxicidade, o que pode ser atribuído ao grupo hidroxila extra contido no anel B, que lhe confere maior caráter antioxidante
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.06.2015

  • How to cite
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    • ABNT

      TASSO, Maria Júlia. Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade dos flavonoides kaempferol e morina quando incubados com células HepG2: comparação estrutura-atividade, com ênfase no mecanismo apoptótico. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 09 jun. 2024.
    • APA

      Tasso, M. J. (2015). Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade dos flavonoides kaempferol e morina quando incubados com células HepG2: comparação estrutura-atividade, com ênfase no mecanismo apoptótico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Tasso MJ. Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade dos flavonoides kaempferol e morina quando incubados com células HepG2: comparação estrutura-atividade, com ênfase no mecanismo apoptótico. 2015 ;[citado 2024 jun. 09 ]
    • Vancouver

      Tasso MJ. Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade dos flavonoides kaempferol e morina quando incubados com células HepG2: comparação estrutura-atividade, com ênfase no mecanismo apoptótico. 2015 ;[citado 2024 jun. 09 ]

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