Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur provocada em ratas expostas à fumaça do tabaco (2016)
- Authors:
- Autor USP: SANTIAGO, HILDEMBERG AGOSTINHO ROCHA DE - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RAL
- Subjects: FUMAÇA; FUMO; RATOS; CALO ÓSSEO; DENSIDADE ÓSSEA
- Language: Português
- Abstract: Introdução: cerca de 10% das mortes relacionadas ao tabaco são de não fumantes, mas que são expostos à fumaça e apresentam repercussões negativas em múltiplos órgãos e sistemas. No esqueleto, a fumaça do tabaco compromete a qualidade e o metabolismo ósseo, com predisposição para o desenvolvimento de osteoporose e atraso na consolidação de fraturas. A nicotina, agente tóxico mais conhecido da fumaça do tabaco, interfere no desenvolvimento do microambiente ideal para o mecanismo de reparação óssea. Objetivos: analisar os efeitos da exposição à fumaça do tabaco na consolidação de fraturas diafisárias do fêmur de ratas, com níveis de nicotina compatíveis com aqueles do fumante passivo, bem como no consumo de ração e no ganho de massa corporal desses animais. Material e Métodos: ratas Wistar adultas jovens distribuídas em seis grupos: CON14 - sem exposição pré-fratura e seguido por 14 dias pós-fratura sem exposição; CON28 - sem exposição pré-fratura e seguido por 28 dias pós-fratura sem exposição; FPpré14 - exposição pré-fratura e seguido por 14 dias pós-fratura sem exposição; FPpré28 - exposição pré-fratura e seguido por 28 dias pós-fratura sem exposição; FPtotal14 - exposição pré-fratura e seguido por 14 dias pós-fratura com exposição e FPtotal28 - exposição pré-fratura e seguido por 28 dias pós-fratura com exposição. O grau de exposição à fumaça do tabaco foi avaliado por meio de cromatografia gasosa com a dosagem de cotinina no plasma sanguíneo. Nos animais foi mensurada a massa corpórea e o consumo de ração semanal. Os métodos de avaliação da qualidade do calo ósseo formado consistiram na determinação da densidade mineral, conteúdo mineral, resistência mecânica e microarquitetura. Resultados: todos os grupos expostos à fumaça do tabaco apresentaram menor consumo de ração e menor ganho de massa corporal ao longo do experimementoEstes animais foram classificados como fumantes passivos, com níveis de cotinina entre 4,81 e 12,93 ng/mL. Os grupos expostos à fumaça do tabaco apresentaram calos ósseos com maior área (+22,6% a +51,22%) (p<0,0001) e volume total (+56,6% a +81%) (p<0,0001). Entretanto, a diminuição da qualidade óssea desses calos foi confirmada pela redução expressiva da densidade mineral óssea (-23,5 a -51,9%) (p<0,0001); do conteúdo mineral ósseo (-30,3 a -65,6%) (p<0,0001); da porcentagem de tecido ósseo formado (-49% a -82,3%) (p<0.0001); da resistência mecânica (-47,6% a -83%) (p<0,0001) e da rigidez (-74,04% a -94,86%) (p<0.0001). Conclusão: a exposição à fumaça do tabaco diminuiu a ingestão de ração e o ganho de massa corporal, além de tornar o calo formado menos denso e menos resistente. Os efeitos deletérios foram maiores quando a exposição à fumaça ocorreu antes e após a fratura, no entanto, mesmo quando a exposição foi interrompida após a fratura ainda houve diminuição da qualidade do calo formado
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2016
- Data da defesa: 22.01.2016
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ABNT
SANTIAGO, Hildemberg Agostinho Rocha de. Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur provocada em ratas expostas à fumaça do tabaco. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2016. . Acesso em: 30 abr. 2024. -
APA
Santiago, H. A. R. de. (2016). Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur provocada em ratas expostas à fumaça do tabaco (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Santiago HAR de. Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur provocada em ratas expostas à fumaça do tabaco. 2016 ;[citado 2024 abr. 30 ] -
Vancouver
Santiago HAR de. Consolidação óssea após fratura diafisária do fêmur provocada em ratas expostas à fumaça do tabaco. 2016 ;[citado 2024 abr. 30 ]
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