Mulheres motoristas de caminhão: realidades, estereótipos e desafios (2016)
- Authors:
- Autor USP: SILVA, LUNA GONÇALVES DA - FSP
- Unidade: FSP
- Sigla do Departamento: HSA
- DOI: 10.11606/T.6.2016.tde-18042016-135549
- Subjects: GÊNEROS (GRUPOS SOCIAIS); SAÚDE; TRABALHO; SAÚDE OCUPACIONAL; TRANSPORTES; SAÚDE DA MULHER; PRECONCEITO; MULHERES
- Keywords: Motoristas de Caminhão
- Language: Português
- Abstract: Introdução A presença de mulheres no transporte rodoviário de cargas tem sido cada vez mais crescente e as repercussões do trabalho na vida das motoristas de caminhão ainda são desconhecidas pela comunidade científica. Objetivo - Caracterizar e analisar o trabalho de mulheres motoristas de caminhão e suas repercussões sobre sua saúde, a partir do relato de homens e mulheres motoristas de caminhão. Metodologia - O estudo com abordagem qualitativa utilizou a técnica do grupo focal, entrevistas individuais e observação não participante. Os grupos focais foram realizados em uma empresa transportadora localizada no estado de São Paulo e as entrevistas individuais em evento realizado na cidade de Itupeva/SP. Em oito encontros, grupos de motoristas de caminhão, discutiram a temática trabalho e saúde conduzida por meio de questões semiabertas. As mesmas questões foram utilizadas para as entrevistas individuais. Os relatos foram gravados, sendo o conteúdo das gravações transcrito e analisado por meio da metodologia Análise de Conteúdo de Bardin. A partir dos dados obtidos, construíram-se as seguintes categorias: A trajetória profissional de motoristas de caminhão; As mulheres no Transporte Rodoviário de Cargas; O trabalho; Um momento inesquecível na profissão e A saúde das mulheres motoristas na estrada.Resultados Tornar-se motorista de caminhão, para a maioria das mulheres, ocorreu por acaso, ou devido à uma necessidade financeira, ou a falta de perspectiva de emprego. Para as mulheres no Transporte Rodoviário de Cargas, o cotidiano de trabalho das profissionais está atravessado por aspectos como: a força física; dúvidas e preconceitos quanto à sua orientação sexual; o desafio em conciliar a vida dentro e fora do caminhão; conflitos na vida conjugal decorrentes da vida profissional; a discriminação sexual e a necessidade do reconhecimento no trabalho, bem como a falta de infraestrutura dedicada às trabalhadoras nas empresas e postos de parada nas rodovias brasileiras. O momento inesquecível nesta profissão, considerado por homens e mulheres, foi a primeira viagem. Os impactos do trabalho sobre a saúde das trabalhadoras recaíram sobre dores lombares e na coluna; problemas relacionados ao sono; necessidade de recorrer ao uso de drogas como anfetaminas e cocaína para manterem-se acordadas durante o trabalho; estresse; infecção urinária e uso ininterrupto de anticoncepcionais. Conclusões - A inserção das mulheres no transporte rodoviário de cargas desafia empresas e a infraestrutura existente nas rodovias do país a acompanharem as transformações sociais no mundo do trabalho, incluindo as demandas de um novo perfil de trabalhadoras.
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- Data da defesa: 04.04.2016
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
SILVA, Luna Gonçalves da. Mulheres motoristas de caminhão: realidades, estereótipos e desafios. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-18042016-135549. Acesso em: 14 maio 2024. -
APA
Silva, L. G. da. (2016). Mulheres motoristas de caminhão: realidades, estereótipos e desafios (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-18042016-135549 -
NLM
Silva LG da. Mulheres motoristas de caminhão: realidades, estereótipos e desafios [Internet]. 2016 ;[citado 2024 maio 14 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-18042016-135549 -
Vancouver
Silva LG da. Mulheres motoristas de caminhão: realidades, estereótipos e desafios [Internet]. 2016 ;[citado 2024 maio 14 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2016.tde-18042016-135549
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2016.tde-18042016-135549 (Fonte: oaDOI API)
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