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Biomarcadores de injúria renal aguda: diagnóstico e aplicabilidade no período perioperatório de transplante de fígado (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: LIMA, CAMILA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCG
  • Subjects: RIM; BIOMARCADORES; BIOQUÍMICA MICROBIANA; MICROSCOPIA; TRANSPLANTE DE FÍGADO
  • Keywords: Acute kidney injury; Biomarkers; Lipocalin; Liver transplantation; Urinary biochemistry; Urinary microcopy
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é uma complicação comum em pacientes submetidos a transplante hepático, sendo associada a altas taxas de morbidade e mortalidade. O desenvolvimento de IRA após transplante hepático é influenciado por vários fatores do período perioperatório. As limitações para o uso da creatinina sérica (Scr) impulsionaram pesquisas para descoberta de biomarcadores mais sensíveis, específicos e precoces no diagnóstico da IRA, como a Lipocalina Associada à Gelatinases de Neutrófilos (NGAL). Objetivo: Avaliar se o padrão de elevação de NGAL urinário (UNGAL) e plasmático (PNGAL), no perioperatório do transplante hepático, pode predizer diagnóstico e gravidade da IRA; necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) na primeira semana; e mortalidade até 60 dias pós-cirurgia. Metodologia: Foram coletadas amostras de urina e sangue no perioperatório de transplante hepático dos pacientes elegíveis que concordaram em participar do estudo e assinaram o TCLE. Nesses pacientes, foram avaliados: microscopia, bioquímica urinária, PNGAL, UNGAL e Scr antes da anestesia, após a reperfusão portal, 6, 18, 24 e 48 horas após a cirurgia. a diagnóstico de IRA foi baseado no critério da creatinina pelo KDIGa. a NGAL foi medido utilizando NGAL Test TM PETIA (Bioporto). a critério de injúria pelo NGAL foi baseado no ponto de corte determinado pela melhor sensibilidade versus especificidade (ponto J Younden's Index) na curva de característica de operação de receptor convencional (RaC). Foram analisados tempo para diagnóstico por NGAL e creatinina e gravidade da IRA entre os grupos IRA por biomarcador e Scr. Foram avaliados desfechos: tempo de internação, necessidade de diálise e mortalidade durante a internação hospitalar. Resultados: Foram incluídos 100 pacientes > 18 anos submetidos a transplante hepático de junho de 2013 a junho de 2015.A média de idade foi de 58 anos (+/-12,25), 64 pacientes masculinos, 14 não caucasianos. Cinquenta e nove desenvolveram IRA moderada a severa (estádio 2 e 3) nos primeiros 7 dias após o transplante e 38 pacientes necessitaram de TRS durante a internação. A taxa de mortalidade foi de 26% no primeiro ano. a grupo com IRA foi significativamente mais jovem (53 versus 57 anos), com maior MELD funcional (16 versus 14,p=0,01) e gravidade pelo SaFA (14 versus 12, p=0,0001). Necessidades de uso de droga vasoativa, ventilação mecânica, tempo de internação na UTI e hospital foram significativamente maiores no grupo IRA. a PNGAL, após 18 horas do transplante, foi capaz de predizer o diagnóstico de IRA pela creatinina com área sob a curva (AUC) de 0,74 (IC95% 0,60 -0,88), sensibilidade 87%, especificidade 71 % e valor preditivo positivo (VPP) 79%. a UNGAL teve padrão de elevação mais precoce do que o PNGAL no diagnóstico da IRA, com seu melhor desempenho, 6 horas após o transplante, apresentando AUC de 0,76 (IC 95% 0,67 -0,86), sensibilidade 68%, especificidade 76% e VPP 80%. Na avaliação do tempo para diagnóstico da IRA, o PNGAL e UNGAL, apresentaram uma elevação respectivamente, 28 e 23 horas antesda creatinina sérica. Na avaliação do padrão de elevação para outros desfechos (gravidade da IRA, necessidade de TRS e mortalidade), o UNGAL foi significativamente maior nos períodos intra e pré-operatório e teve o melhor desempenho 6 horas após a cirurgia, com AUC para TRS e mortalidade, respectivamente, de: 0,85 (0,77 -0,93) e 0,87 (IC 95%0,73 -0,99). O PNGAL apresentou elevação do padrão um pouco mais tarde, com melhor desempenho 18 horas após a cirurgia, com AUC de 0,84 (IC95% 0,67-0,94) para TRS e 0,81 (IC95% 0,74-0,93) para não sobreviventes. Conclusão: A análise do padrão de elevação do PNGAL e do UNGAL no perioperatório do transplante hepático permitiu o diagnóstico precoce da IRA, em média 1 dia antes do diagnóstico pela creatinina. O UNGAL demonstrou ser biomarcador mais precoce e bom preditor para: desenvolvimento de IRA, gravidade IRA, necessidade de TRS e mortalidade. Estudos futuros devem avaliar se o uso clínico destes biomarcadores poderia melhorar os desfechos destes pacientes
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.07.2017
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    • ABNT

      LIMA, Camila. Biomarcadores de injúria renal aguda: diagnóstico e aplicabilidade no período perioperatório de transplante de fígado. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-27092017-122907/. Acesso em: 30 abr. 2024.
    • APA

      Lima, C. (2017). Biomarcadores de injúria renal aguda: diagnóstico e aplicabilidade no período perioperatório de transplante de fígado (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-27092017-122907/
    • NLM

      Lima C. Biomarcadores de injúria renal aguda: diagnóstico e aplicabilidade no período perioperatório de transplante de fígado [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 30 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-27092017-122907/
    • Vancouver

      Lima C. Biomarcadores de injúria renal aguda: diagnóstico e aplicabilidade no período perioperatório de transplante de fígado [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 30 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-27092017-122907/


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