Estudo da participação da angiotensina II nas alterações cardiovasculares induzidas pela abstinência ao etanol (2017)
- Authors:
- Autor USP: GONZAGA, NATÁLIA DE ALMEIDA - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RFA
- Subjects: FARMACOLOGIA; ETANOL; ANGIOTENSINA II; HIPERTENSÃO; ESTRESSE OXIDATIVO
- Language: Português
- Abstract: A abstinência ao etanol é um quadro desenvolvido após a interrupção parcial ou total do consumo crônico de etanol e caracterizado por sudorese, tremores, ansiedade, agitação, convulsões, alucinações, delirium tremens e aumento da pressão arterial. A abstinência ao etanol também induz ativação do sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA), com consequente aumento dos níveis circulantes de angiotensina II (ANG II). A ANG II é o principal peptídeo ativo do SRAA e que alua via receptores AT1. Além de suas ações fisiológicas, a ANG II induz a formação de espécies reativas de oxigênio (ERO), sendo esse processo mediado pela enzima NAD(P)H oxidase. A interação das ERO com o óxido nítrico (NO) pode levar à geração de peroxinitrito e consequente redução da biodisponibilidade do NO, caracterizando assim, o papel da ANG II na fisiopatologia de alterações cardiovasculares. Portanto a hipótese do presente estudo foi a de que a abstinência ao etanol induza o aumento da ANG II e consequente aumento da produção de ERO no sistema cardiovascular via NAD(P)H oxidase, sendo que esse processo levaria a alterações na pressão arterial e reatividade vascular, assim como redução da biodisponibilidade do NO e da capacidade antioxidante. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a participação da ANG II nos efeitos cardiovasculares induzidos pela abstinência ao etanol por meio do bloqueio do receptor AT1 pelo losartan. Ratos Wistar foram tratados com etanol por três semanas e a abstinência foi induzida pela retirada do etanol por 48 horas. Observamos que a abstinência ao etanol induziu aumento da pressão arterial sistólica e que o tratamento com losartan preveniu essa resposta. A abstinência ao etanol induziu hiporeatividade vascular à fenilefrina em anéis sem endotélio e o tratamento com losartan preveniu essa resposta. A abstinência ao etanolinduziu aumento no estresse oxidativo vascular e sistêmico, caracterizados pelo desequilíbrio na formação de ânions superóxido (O2-) e peróxido de hidrogênio (H2O2), diminuição de NO, aumento da peroxidação lipídica e alteração na atividade antioxidante. Essas respostas foram prevenidas pelo losartan, indicando a participação dos receptores AT1. Além disso, observamos que a abstinência ao etanol não alterou a expressão proteica das isoformas das Nox, NOS, COX e da catalase; entretanto, o tratamento farmacológico com losartan reduziu a expressão proteica da Nox 2. Em conjunto, estes resultados evidenciam a participação da ANG II, via receptores AT1, no aumento da pressão arterial sistólica e no estresse oxidativo vascular induzidos pela abstinência ao etanol
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2017
- Data da defesa: 07.07.2017
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ABNT
GONZAGA, Natália de Almeida. Estudo da participação da angiotensina II nas alterações cardiovasculares induzidas pela abstinência ao etanol. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017. . Acesso em: 21 maio 2024. -
APA
Gonzaga, N. de A. (2017). Estudo da participação da angiotensina II nas alterações cardiovasculares induzidas pela abstinência ao etanol (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Gonzaga N de A. Estudo da participação da angiotensina II nas alterações cardiovasculares induzidas pela abstinência ao etanol. 2017 ;[citado 2024 maio 21 ] -
Vancouver
Gonzaga N de A. Estudo da participação da angiotensina II nas alterações cardiovasculares induzidas pela abstinência ao etanol. 2017 ;[citado 2024 maio 21 ] - Efeito da abstinência ao etanol sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona e a vasculatura
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