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Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, GABRIELA SANTOS DA - ESALQ
  • Unidade: ESALQ
  • Sigla do Departamento: LCB
  • Subjects: CERRADO; MORFOLOGIA VEGETAL; MYRTALES
  • Keywords: Banco de gemas; Rebrotamento
  • Language: Português
  • Abstract: A área de Cerrado escolhida para o estudo está em regeneração na Estação Ecológica de Santa Bárbara, localizada no município de Águas de Santa Bárbara, SP. Nesta área o Pinus, que estava sob cultivo desde os anos 70, foi retirado em 2012 e, em 2014, foi realizada uma queimada. As espécies Eugenia dysenterica (Mart.) DC. e E. punicifolia (Kunth) DC. foram escolhidas devido ao elevado número de indivíduos que rebrotaram na área. O objetivo geral do projeto foi conduzir análises morfoanatômicas e químicas das estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento. Foram realizadas: a contagem das gemas subterrâneas nos primeiros 10 centímetros abaixo do nível do solo, as análises químicas das raízes e análises anatômicas na região terminal de ramos aéreos e no sistema subterrâneo. Nas duas espécies, além da gema apical dos ramos aéreos, nas três regiões nodais subsequentes, acima da gema axilar ocorre uma gema acessória. Em todas as gemas, observam-se estruturas de proteção, pois junto ao meristema apical caulinar (MAC) ocorrem coléteres e cristais. Além disso, o MAC é protegido por primórdios foliares com cavidades de óleo, muitos cristais e tricomas unicelulares não glandulares que possuem espessamento parietal em celulose e podem acumular compostos fenólicos. Nos sistemas subterrâneos, o número de gemas, localizadas preferencialmente nos primeiros cinco centímetros do solo, variou entre os três indivíduos da mesma espécie: E. dysenterica 162, 17 e 253, E. punicifolia 24, 40 e109. Esta variação deveu-se ao grau de desenvolvimento das estruturas subterrâneas as quais certamente formaram-se antes do período da retirada do Pinus. O sistema subterrâneo das espécies é formado por um eixo lenhoso cuja porção superior é caulinar e emite vários ramos aéreos enquanto a porção inferior é constituída por uma raiz axial espessada que pode atingir até um metro de profundidade em E. dysenterica. Em E. punicifolia o sistema subterrâneo ocupa uma região mais superficial do solo e, assim como o caule, as raízes axial e adventícias são distribuídas num plano mais horizontal. O tecido de revestimento nas raízes de E. punicifolia e no caule e raízes de E. dysenterica, apresenta camadas alternadas de células de paredes suberizadas e de células com espessamentos parietais em pectina; no caule de E. punicifolia há esclereides que se alternam com as células suberizadas. Em E. punicifolia o espessamento resulta de divisões anticlinais e expansão tangencial das células do parênquima floemático. Há floema interno e parênquima medular nos caules subterrâneos de ambas as espécies. Compostos fenólicos e grãos de amido estão presentes nas células parenquimáticas de regiões mais espessadas dos caules e raízes. Os teores de carboidratos totais, hemicelulose, celulose e lignina não diferem significativamente nas duas espécies. No entanto, as concentrações de flavonoides totais e de compostos fenólicos totais foram superiores nas raízes de E. punicifolia. O grau de proteção dasgemas aéreas, o elevado número de gemas e o acúmulo de compostos de reserva (amido) e de proteção (fenóis, flavonoides, lignina) nas estruturas subterrâneas podem ter favorecido o seu rebrotamento após a retirada do Pinus e a sua permanência das espécies na área
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.02.2018
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      SILVA, Gabriela Santos da. Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas. 2018. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-18052018-180522/. Acesso em: 20 maio 2024.
    • APA

      Silva, G. S. da. (2018). Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-18052018-180522/
    • NLM

      Silva GS da. Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-18052018-180522/
    • Vancouver

      Silva GS da. Estruturas relacionadas ao potencial de rebrotamento de duas espécies de Myrtaceae do Cerrado: análises morfoanatômicas e químicas [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-18052018-180522/


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