Contribuições ao estudo da resposta imune tegumentar em infecções fúngicas (2018)
- Autor:
- Autor USP: PAGLIARI, CARLA - IMT
- Unidade: IMT
- Subjects: PARACOCCIDIOIDOMICOSE; CROMOBLASTOMICOSE; IMUNOPATOLOGIA; IMUNOHISTOQUÍMICA; MUCOSA ORAL; PELE
- Language: Português
- Abstract: No presente trabalho foram apresentados e discutidos 18 artigos publicados entre 2002 e 2017 sobre os temas Paracoccidioidomicose, Cromoblastomicose e Doença de Jorge Lobo, a fim de caracterizar alguns fatores importantes na resposta imune do hospedeiro e elementos envolvidos em sua patogenia. Nossos resultados demonstram que os dendrócitos dérmicos Fator XIIIa+ participam da resposta imune tegumentar na paracoccidioidomicose como células apresentadoras de antígenos e/ou célula-alvo para a infecção fúngica. As células de Langerhans na Paracoccidioidomicose e Doença de Jorge Lobo têm alterações tróficas e estão diminuídas em número, que resultariam de ação lesiva do fungo. Células CD207+ nos epitélios das lesões e na derme/lâmina própria dos tegumentos podem ser interpretadas como células de Langerhans no processo de migração ou uma nova população de células dendríticas dos tegumentos. As células dendríticas plasmocitoides participam da resposta tecidual da Paracoccidioidomicose e Cromoblastomicose, entretanto são ausentes nas lesões da Doença de Jorge Lobo. O perfil de citocinas na Paracoccidioidomicose é concordante com a melhor/pior organização da resposta tecidual. Na Cromoblastomicose o perfil de citocinas tem relação com o tipo de lesão clínica observada: lesões em placa atrófica e perfil Th1; lesões verrucosas e perfil Th2. Na doença de Jorge Lobo o perfil de citocinas reflete a natureza espectral das lesões: lesões nodulares e perfil Th1; lesões infiltrativas e perfil Th2. Há participação de células com expressão de IL17 na Paracoccidioidomicose, inclusive em localização perivascular, o que poderia ser fator ativador do endotélio. A elevada expressão de IL17 na cromoblastomicose e Doença de Jorge Lobo poderia representar uma tentativa do sistema imune em eliminar a infecção fúngica.Linfócitos TCD8+ possuem função citotóxica nas três infecções, podendo representar um importante mecanismo no controle da infecção. Linfócitos T reguladores Foxp3+ parecem participar de mecanismos moduladores na Paracoccidioidomicose e se correlacionam às diferentes respostas granulomatosas, sendo maior nos granulomas compactos. Na Cromoblastomicose e na Doença de Jorge Lobo, os mecanismos reguladores mediados por linfócitos T Foxp3+ estão diminuídos, podendo significar um desequilíbrio na resposta imune, com exacerbação da resposta inflamatória evidenciada. Os mastócitos, avaliados na Paracoccidioidomicose, participam da resposta imune local nas lesões com granulomas pouco organizados. Os queratinócitos são parasitados pelo Paracoccidioides sp, o que pode representar um possível processo de evasão do fungo dos mecanismos imunes locais. Na Doença de Jorge Lobo, há disfunção microvascular que reflete na progressão clínica da doença.
- Imprenta:
- Data da defesa: 27.03.2018
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ABNT
PAGLIARI, Carla. Contribuições ao estudo da resposta imune tegumentar em infecções fúngicas. 2018. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. . Acesso em: 18 abr. 2024. -
APA
Pagliari, C. (2018). Contribuições ao estudo da resposta imune tegumentar em infecções fúngicas (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Pagliari C. Contribuições ao estudo da resposta imune tegumentar em infecções fúngicas. 2018 ;[citado 2024 abr. 18 ] -
Vancouver
Pagliari C. Contribuições ao estudo da resposta imune tegumentar em infecções fúngicas. 2018 ;[citado 2024 abr. 18 ] - Lessons from dermatology about inflammatory responses in Covid-19
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