Análise cronoestratigráfica dos cordões litorâneos na planície costeira da foz do Rio Itabapoana (Espírito Santo, Brasil) (2018)
- Authors:
- Autor USP: MINELI, THAYS DESIREE - IGC
- Unidade: IGC
- DOI: 10.20502/rbg.v19i3.1346
- Subjects: HOLOCENO; CRONOESTRATIGRAFIA
- Language: Português
- Abstract: O presente artigo tem foco na reconstrução cronoestratigráfica da planície costeira de cordões litorâneos estabelecidos sobre o vale fluvial do Rio Itabapoana/ES. Planícies costeiras com padrões semelhantes são encontradas ao longo de regiões com comportamento regressivo da linha de costa. Assim, o estudo objetiva correlacionar a evolução cronoestratigráfica com outra região costeira regressiva na Bacia de Pelotas. Na construção da base de dados foram integrados métodos de Sensoriamento Remoto, de Topografia, de Geofísica e de Geocronologia, analisados em um Sistema de Informações Geográficas (SIG). Como resultado na análise da imagem de satélite RapidEye, na composição colorida R5-G3-B1, foram discriminados três padrões de variações na cobertura vegetal em relação ao solo exposto. Essa relação entre a vegetação e o solo exposto proporcionou a identificação desses três padrões distintos. A obtenção de dados contínuos de altimetria com o apoio de um sistema global de navegação por satélite (GNSS), concentrado no caminhamento perpendicular à linha de costa, permitiu a elaboração de um perfil altimétrico. Foram identificadas três principais características: 1) nos primeiros 600 m tem-se um acréscimo na elevação; 2) uma longa faixa “estável”, de pouca mudança na elevação; 3) por fim, o decréscimo da elevação nos últimos 500 m. A caracterização da arquitetura deposicional em subsuperfície, baseada em um Radar de Penetração no Solo (GPR), possibilitou a identificação de dois padrões de empilhamento. Esses padrões são apresentados em três setores representativos, o primeiro setor é composto pelos dois padrões, onde identificam-se um padrão retrogradacional na base e um padrão progradacional no topo da seção, representando, respectivamente, a fase transgressiva do sistema costeiro, seguido pela inversão com aprogradação iniciada como uma regressão normal. O segundo setor possui um padrão de empilhamento progradacional composto por três unidades deposicionais bem definidas: eólica, pós-praia e zona de estirâncio, e antepraia superior. O terceiro setor possui um padrão de empilhamento progradacional, devido à proximidade com o oceano, e consequente atenuação do sinal pela salinidade, observam-se somente duas unidades deposicionais: eólica, pós-praia e zona de estirâncio. Para a relação cronoestratigráfica, seis amostras de sedimentos da fração arenosa do primeiro metro da deposição eólica foram coletadas para a obtenção de idades a partir de Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). Os cordões litorâneos datados apresentaram idades holocênicas. As taxas de progradação a partir de 5.261 ± 396 A.P. apresentaram uma variação entre 0,73 e 0,55 m/ano até 1.940 ± 158 anos A.P. A integração dos resultados obtidos permitiu o reconhecimento de três padrões que levaram à interpretação de três fases decorrentes das variações do nível relativo do mar e do aporte sedimentar na evolução da planície, correlacionáveis com setores regressivos na Bacia de Pelotas. Essas fases representam os períodos de transgressão, regressão normal e regressão forçada. Os dados obtidos indicam que esse setor costeiro apresenta um comportamento não erosivo de longo período.
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- Título do periódico: Revista Brasileira de Geomorfologia
- ISSN: 2236-5664
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 19, n. 3, p.503-523, 2018
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc
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ABNT
NASCIMENTO, Francisco José Santos et al. Análise cronoestratigráfica dos cordões litorâneos na planície costeira da foz do Rio Itabapoana (Espírito Santo, Brasil). Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 19, n. 3, p. 503-523, 2018Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1346. Acesso em: 21 maio 2024. -
APA
Nascimento, F. J. S., Barboza, E. G., Rocha, T. B. da, Fernandez, G. B., Mineli, T. D., & Esteves, T. (2018). Análise cronoestratigráfica dos cordões litorâneos na planície costeira da foz do Rio Itabapoana (Espírito Santo, Brasil). Revista Brasileira de Geomorfologia, 19( 3), 503-523. doi:10.20502/rbg.v19i3.1346 -
NLM
Nascimento FJS, Barboza EG, Rocha TB da, Fernandez GB, Mineli TD, Esteves T. Análise cronoestratigráfica dos cordões litorâneos na planície costeira da foz do Rio Itabapoana (Espírito Santo, Brasil) [Internet]. Revista Brasileira de Geomorfologia. 2018 ; 19( 3): 503-523.[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1346 -
Vancouver
Nascimento FJS, Barboza EG, Rocha TB da, Fernandez GB, Mineli TD, Esteves T. Análise cronoestratigráfica dos cordões litorâneos na planície costeira da foz do Rio Itabapoana (Espírito Santo, Brasil) [Internet]. Revista Brasileira de Geomorfologia. 2018 ; 19( 3): 503-523.[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1346 - Variabilidade das propriedades de luminescência do quartzo e aplicação de curva dose-resposta padrão para datação de sedimentos brasileiros
- Incision and aggradation phases of the Amazon River in central-eastern Amazonia during the late Neogene and Quaternary
- Sinais de luminescência do quartzo e feldspato para datação de sedimentos da Bacia de Colônia
- Landscape evolution and unusual geomorphological-pedological-chronological relations in an alluvial plain associated with early Amerindian settlement in southeastern Brazil
- Early anthropic occupation and geomorphological changes in South America: human–environment interactions and OSL data from the Rincão I site, southeastern Brazil
- Shut down of the South American summer monsoon during the penultimate glacial
- Geocronologia por luminescência opticamente estimulada dos depósitos fluviais do médio Rio Tocantins – leste da Amazônia
- Evolução do Arquipélago de Anavilhanas no Baixo Rio Negro, Amazônia Central
- Aplicabilidade de curva dose-resposta padrão para datação OSL em quartzo de sedimentos brasileiros
- Variação da sensibilidade de luminescência e dose característica do quartzo de rochas e sedimentos
Informações sobre o DOI: 10.20502/rbg.v19i3.1346 (Fonte: oaDOI API)
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