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Estratégias de promoção da sáude de mulheres negras:: interseccionalidade e bem viver (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: PRESTES, CLéLIA ROSANE DOS SANTOS - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PST
  • Subjects: PSICOLOGIA SOCIAL; MULHERES; RACISMO; PROMOÇÃO DA SAÚDE; FEMINISMO; NEGROS
  • Keywords: Black feminism; Feminismo negro
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Nosso objetivo foi descrever estratégias de promoção da saúde de mulheres negras, voltadas à potencialização de resiliência, agência, emancipação, autonomia ou empoderamento, e avaliar especificidades e complementaridades entre as reconhecidas no campo científico e as reconhecidas no campo do movimento negro e de mulheres negras. O texto tem início com uma apresentação, onde informamos meu percurso como pesquisadora, psicóloga e mulher negra, a maturação do tema e problema de pesquisa e o conteúdo de cada um dos capítulos. Na introdução, desenvolvemos uma reflexão teórica sobre (1) relações raciais e de gênero pelo prisma da psicologia, (2) promoção de saúde pela abordagem psicossocial e (3) saúde pela perspectiva de mulheres negras. No percurso metodológico, incluímos os procedimentos de descrição e avaliação, de acordo com os objetivos. A interseccionalidade justificou e orientou o resgate de diferentes fontes de conhecimento. Para a descrição, adotamos duas técnicas, que seguiram o mesmo roteiro semiestruturado. Para a coleta das experiências reconhecidas no campo científico, fizemos uma revisão sistemática de escopo. Foram incluídos 14 artigos publicados em revistas científicas, após análise e seleção dos 829 disponíveis nos bancos de dados adotados (ASSIA, BVS, ERIC, LILACS, MEDLINE, Psynet, Sociological Abstracts e Web of Science). Para a coleta de experiências reconhecidas no campo do movimento negro e de mulheres negras, realizamos entrevistas com 6 informanteschave,selecionadxs por suas experiências na realização de estratégias reconhecidas nesse campo. São integrantes desses movimentos, membros de práticas tradicionais de comunidades negras ou psicólogxs. Para o procedimento de avaliação dos resultados descritos, utilizamos a técnica de análise de conteúdo, organizada em categorias que discutem (1) os referenciais (epistemológicos, teóricos, técnicos, políticos) e os modos de fazer, (2) os pontos altos das estratégias e (3) o lugar das mulheres negras nas mesmas. A discussão foi orientada por uma abordagem psicossocial da saúde em diálogo com uma perspectiva feminista negra. Nas considerações finais, defendemos a tese de que a promoção da saúde de mulheres negras, pela perspectiva dos direitos humanos e do feminismo negro, demanda o uso da interseccionalidade como método de análise e de ação, orientada no sentido do bem viver. Ao pensarmos a interseccionalidade com foco para a saúde e o bem viver, a ferramenta analítica que, geralmente, é utilizada para a análise de eixos de opressão, foi adotada como referencial também para analisar eixos de potência. A interseccionalidade, como ferramenta de análise, permitiu-nos dispor da complexa concepção de que a saúde de mulheres negras tem relação direta com uma multidimensionalidade de forças, a partir de sua raça, gênero, classe, território, orientação sexual, geração, capacidades físicas e mentais, entre outros. Ainda como categoria analítica, a interseccionalidade e a noção de bem vivercontribuíram para sofisticarmos a compreensão da saúde, concebendo-a como o equilíbrio harmonioso entre demandas e recursos, na encruzilhada entre aspectos pessoais (orgânicos, psíquicos, energéticos, interpessoais, entre outros), coletivos, sociais, ecológicos e espirituais, no sentido de uma saúde integral. Como método de intervenção, a interseccionalidade orienta para uma estratégia de promoção da saúde formada por uma encruzilhada onde se conectam diferentes fontes de conhecimento (como o campo científico, o campo do movimento negro e de mulheres negras, entre outros), com especial consideração pelas experiências pessoais e coletivas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 03.08.2018
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      PRESTES, Clélia Rosane dos Santos. Estratégias de promoção da sáude de mulheres negras:: interseccionalidade e bem viver. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14112018-184832/. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Prestes, C. R. dos S. (2018). Estratégias de promoção da sáude de mulheres negras:: interseccionalidade e bem viver (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14112018-184832/
    • NLM

      Prestes CR dos S. Estratégias de promoção da sáude de mulheres negras:: interseccionalidade e bem viver [Internet]. 2018 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14112018-184832/
    • Vancouver

      Prestes CR dos S. Estratégias de promoção da sáude de mulheres negras:: interseccionalidade e bem viver [Internet]. 2018 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14112018-184832/


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