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IInfluência do Pegivirus humano (HPgV) na medula óssea: impacto clínico e tropismo viral (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: DIAS, JULIANA ZANATTA DE CARVALHO - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCM
  • Subjects: VÍRUS GB C; FLAVIVIRIDAE; MEDULA ÓSSEA; CÉLULAS-TRONCO; TROPISMO; DOENÇA ENXERTO-HOSPEDEIRO
  • Keywords: Bone marrow; GB virus C; Graft vs host disease; Hematopoietic stem cell transplantation; Human Pegivirus; Pegivirus humano; Transplante de células-tronco hematopoiéticas; Viral tropism
  • Language: Português
  • Abstract: O HPgV (Pegivirus Humano), conhecido anteriormente por GBV-C, causa infecção assintomática, persistente e com alta carga viral. Sendo o vírus de RNA sem patologia associada mais prevalente no mundo até os dias de hoje, os estudos in vitro ainda não foram capazes de mimetizar a replicação in vivo, permanecendo pouco esclarecidos vários aspectos de sua biologia. Estudos em macacos mostraram que os órgãos responsáveis pela maior replicação viral são o baço e a medula óssea, no entanto as células específicas permissíveis à infecção ainda não foram determinadas. Na década de 90, o HPgV ganhou notoriedade por diminuir os efeitos patológicos do HIV e aumentar a sobrevida de pacientes coinfectados HIV/HPgV, através da diminuição da ativação do sistema imune. Devido a essa característica, diversos estudos tentaram associar a presença de viremia a doenças hematológicas e um deles mostrou que a viremia de HPgV parece estar associada com o desenvolvimento de linfoma não- Hodgkin, porém muitas variáveis de confusão parecem influenciar esse resultado. Em conjunto, os dados mostram que o HPgV pode ter influência sobre a maturação e liberação de células progenitoras da medula óssea e, portanto, tornou-se primordial avaliar o impacto da viremia em pacientes com doenças hematológicas e definir o tropismo viral. Para tanto, o presente trabalho analisou a dinâmica de exposição à viremia de HPgV em pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (HSCT), em cadáveres autopsiados pelo Sistema de Verificação de Óbitos da Capital de São Paulo (SVOC-SP) e empacientes submetidos à cirurgia de artroplastia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do HCSP. A carga viral de HPgV foi mensurada por qRT-PCR em Tempo Real levando em consideração valores adquiridos com um curva padrão desenvolvida para este trabalho. Para os pacientes HSCT, o efeito da presença de viremia antes e após o procedimento foi avaliada quanto aos principais desfechos do transplante: doença enxerto-hospedeiro aguda (aGVHD), recaída da doença hematológica primária e mortalidade. Para amostras SVOC e IOT, células específicas dos tecidos (cérebro, fígado, baço, linfonodo, medula óssea e sangue) foram avaliadas quanto à quantidade de RNA viral de polaridade positiva e negativa, a fim de quantificar a replicação e definir o tropismo do vírus. Os resultados mostraram que a prevalência de HPgV encontrada nos pacientes HSCT foi maior do que em estudos similares: 42% para as amostra pré- HSCT e 31% para as amostras pós-HSCT; porém, para as amostras SVOC, a prevalência foi menor do que o esperado: 1,2%. A presença de alta carga viral de HPgV em pacientes HSCT foi associada com aumento da taxa de incidência de aGVHD (95% CI 1,05-5,37, p=0,038). Dada a alta prevalência de HPgV na população brasileira, é essencial confirmar esse achado em outras coortes, de modo a determinar se o monitoramento do HPgV pode beneficiar o cuidado a esses pacientes. Nas amostras SVOC e IOT, a medula óssea apresentou maiornúmero de populações celulares com replicação viral, com destaque para as células B progenitoras e para as células dendríticas. Porém, devido às condições da coleta e do processamento das amostras, o tipo celular permissível à infecção não pôde ser identificado com clareza, portanto fazendo-se necessária a coleta de um número maior de amostras SVOC
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.02.2019
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      DIAS, Juliana Zanatta de Carvalho. IInfluência do Pegivirus humano (HPgV) na medula óssea: impacto clínico e tropismo viral. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-16042019-113655/. Acesso em: 06 maio 2024.
    • APA

      Dias, J. Z. de C. (2019). IInfluência do Pegivirus humano (HPgV) na medula óssea: impacto clínico e tropismo viral (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-16042019-113655/
    • NLM

      Dias JZ de C. IInfluência do Pegivirus humano (HPgV) na medula óssea: impacto clínico e tropismo viral [Internet]. 2019 ;[citado 2024 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-16042019-113655/
    • Vancouver

      Dias JZ de C. IInfluência do Pegivirus humano (HPgV) na medula óssea: impacto clínico e tropismo viral [Internet]. 2019 ;[citado 2024 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-16042019-113655/

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