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Práticas emancipatórias na área de drogas: construção coletiva com trabalhadores da atenção primária em saúde (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: OLIVEIRA, LUÍZA CARRASCHI DE - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENS
  • Subjects: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE; EDUCAÇÃO EM SAÚDE; DROGAS DE ABUSO; ENFERMAGEM; PESQUISA QUALITATIVA; POLÍTICA DE SAÚDE; USUÁRIOS DE DROGAS; REDUÇÃO DO DANO
  • Keywords: Drug education; Drug users; Harm reduction; Nursing; Primary Health Care; Public Health Policies; Qualitative research
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução O objeto deste trabalho são as práticas da atenção primária à saúde na área de drogas. Apesar de diversas mudanças dos últimos anos e a introdução de práticas de redução de danos, persistem práticas baseadas em senso comum e relacionadas à abordagem da guerra às drogas, com trabalhadores apresentando dificuldades de abordar o tema, além de medos e preconceitos. Constata-se assim a necessidade de desenvolvimento de crítica e de implementação de práticas científicas, tanto informadas por evidências quanto pautadas em referenciais que valorizem o potencial humano nas relações sociais. Considerações teóricas O estudo baseia-se no materialismo histórico e dialético, que explica o consumo contemporâneo de drogas pela mercadorização da droga, e que propõe a educação emancipatória como mecanismo para alcançar a crítica social. Objetivos O objetivo geral é recomendar diretrizes e estratégias para a construção de práticas emancipatórias na área de drogas, a serem implementadas na atenção primária em saúde, fundamentadas em evidências científicas. Procedimentos metodológicos Pesquisa qualitativa, que utilizou a metodologia da pesquisa-ação, na vertente emancipatória. As oficinas emancipatórias foram desenvolvidas na Supervisão Técnica de Saúde Vila Prudente/Sapopemba da cidade de São Paulo. O processo contou com a participação de 17 trabalhadores da atenção primária à saúde, dentre os quais enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, dentista e assistente sociais. Cerca de metade deles atua como gestor de unidades básicas de saúde organizadas ou não pela Estratégia Saúde da Família.Resultados Treze oficinas foram realizadas, abordando os seguintes temas: origem dos problemas sociais existentes no território de atuação; questões sociais que envolvem o consumo de droga; limitações e contradições das diretrizes, políticas públicas e práticas em saúde na área de drogas; finalidade do trabalho da Estratégia Saúde da Família e das unidades de saúde tradicionais; instrumentalização dos trabalhadores para implementação de evidências, a partir da crítica da saúde coletiva. Elaborou-se a proposição de quatro projetos de implementação intersetoriais baseados em evidências científicas e nas discussões críticas de práticas da saúde pública higienistas e patologizantes. Discussão Os projetos possibilitaram identificar as necessidades em saúde que estão na base do consumo problemático de drogas como: ausência de sociabilidade, e de espaços de lazer e cultura nos territórios; limitações e contradições das diretrizes governamentais, políticas públicas e práticas em saúde; ausência de rede de suporte social no território, entre outras. Os projetos primaram por garantir a criação de espaços crítico-políticos para o fortalecimento dos envolvidos nas ações.Conclusão As oficinas emancipatórias possibilitaram aos trabalhadores se localizarem no processo de produção em saúde e se apropriarem das contradições dos processos de trabalho que se desenvolvem nos serviços em que atuam. Consequentemente, mostraram-se fortalecidos para engajar-se na elaboração de planos de trabalho de identificação de necessidades em saúde do território, bem como para construir e implementar ferramentas para responder a essas necessidades. Foi fundamental nesse processo compreender que o problema das drogas é parte da questão social e que a atuação do setor saúde envolve ferramentas que vão além das práticas clínicas e das proposições preventivistas da saúde pública, em torno de mudanças de comportamento e autonomia individual.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.08.2018
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    • ABNT

      OLIVEIRA, Luiza Carraschi de. Práticas emancipatórias na área de drogas: construção coletiva com trabalhadores da atenção primária em saúde. 2018. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-20052019-155520/. Acesso em: 28 maio 2024.
    • APA

      Oliveira, L. C. de. (2018). Práticas emancipatórias na área de drogas: construção coletiva com trabalhadores da atenção primária em saúde (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-20052019-155520/
    • NLM

      Oliveira LC de. Práticas emancipatórias na área de drogas: construção coletiva com trabalhadores da atenção primária em saúde [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-20052019-155520/
    • Vancouver

      Oliveira LC de. Práticas emancipatórias na área de drogas: construção coletiva com trabalhadores da atenção primária em saúde [Internet]. 2018 ;[citado 2024 maio 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-20052019-155520/


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