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Regeneração dos nervos da córnea anterior pós excimer laser e reparação tecidual pós injúria endotelial (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: CONTI, CARLA SANTOS MEDEIROS - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MOF
  • Subjects: EPITÉLIO; CICATRIZAÇÃO; CIRURGIA REFRATIVA; REGENERAÇÃO (FENÔMENOS BIOLÓGICOS); ANTINEOPLÁSICOS; CÓRNEA; ENDOTÉLIO
  • Keywords: Ceratectomia fotorrefrativa; Corneal opacity; Descemet membrane; Endothelium corneal; Lâmina limitante posterior; Mitomicina C; Mitomycin; Nerve regeneration; Opacidade da córnea; Photorefractive keratectomy; Wound healing
  • Language: Português
  • Abstract: Objetivo: Determinar o processo cicatricial e regenerativo da córnea em suas diferentes camadas diante do dano cirúrgico, através da Ceratectomia Fotorrefrativa (PRK) nos terços anteriores ou injúria do complexo Descemetendotélio no terço posterior. Métodos: Córneas de coelhos foram utilizadas a fim de identificar os nervos presentes, evidenciados através da técnica de imuno-histoquímica (IHQ) da acetilcolinesterase (AchE) e expressos numericamente após quantificação automatizada pelo software Image-Pro. Os seguintes grupos foram incluídos nessa análise: remoção do epitélio com e sem Mitomicina (MMC) 0.02%, -9.0D PRK com e sem MMC. O dano e a regeneração dos nervos foram avaliados através da análise dos grupos após 1 dia, 1, 2, 3 e 6 meses. A morfologia e a distribuição dos nervos foram realizadas através do estudo da tubulina Beta-III, um marcador de microtúbulos presentes em neurônios. Na córnea posterior, a fim de identificar a ocorrência de apoptose após a injúria mecânica do endotélio através de uma cânula romba, cortes desse tecido foram avaliados por meio de técnicas de IHQ através do método de fragmentação do DNA por dUTP e deoxinucleotidil terminal transferase (TUNEL) e microscopia de transmissão eletrônica (TEM) após 1 e 4 horas. A ocorrência de fibrose subsequente à lesão da córnea posterior foi avaliada nos grupos submetidos à Descemetorréxis ou à injúria mecânica do endotélio isolado após 1 mês. O estudo imunohistoquímico para actina de músculo liso (alfa-SMA) permitiu identificar a presença de miofibroblastos e a identificação morfológica da membrana de Descemetdemonstrada através do Nidogênio-1 (Nid-1), tornando possível, portanto, a discriminação do papel das camadas posteriores no processo cicatricial da córnea. Olhos contralaterais foram incluídos como um grupo controle em todas as análises. Resultados: Na face anterior da córnea, uma menor área do complexo nervoso foi observada um dia após o PRK associado ao uso da MMC (p=0.0009) quandocomparado ao PRK sem o uso da medicação, que não se manteve após um mês (p=0.9). O PRK sem MMC demonstrou uma crescente capacidade regenerativa de seus nervos, que apresentaram valores comparáveis aos pré-operatórios após o terceiro mês. No entanto, tais fibras nervosas apresentaram uma morfologia aberrada mantida até a análise do mês seis. Na face posterior da córnea, apesar da presença de células TUNEL+ após 1 e 4 horas subsequentes ao dano mecânico do endotélio isolado, não houve a expressão de alfa-SMA no estroma posterior após um mês. A integridade estrutural da membrana de Descemet nesse grupo foi confirmada através do Nidogênio-1 (Nid-1), diferentemente do observado após o dano ao complexo Descemet-endotélio, em que houve ampla expressão de alfa-SMA identificando a presença de miofibroblastos e o consequente desenvolvimento de cicatrizes responsáveis pela perda de transparência na córnea. Conclusão: O uso do excimer laser na superfície anterior causou prejuízo à inervação da córnea. Todavia, a capacidade regenerativa dasfibras nervosas foi demonstrada ao longo dos meses, apesar da persistência de uma anômala arquitetura e redistribuição dos nervos mesmo após o sexto mês. A MMC revelou uma discreta e precoce propriedade neurotóxica quando combinada ao uso do excimer laser, que não implica perda da segurança a médio/longo prazo do uso dessa droga na concentração e tempos utilizados nesse estudo. No terço posterior da córnea, a membrana de Descemet exibiu um importante papel modulador no processo de desenvolvimento de cicatrizes ou fibrose no estroma profundo. Uma vez lesada, torna constante o influxo de citocinas inflamatórias necessárias para a diferenciação e persistência do miofibroblasto. Tal processo mostrou-se análogo ao papel da membrana basal do epitélio como reguladora do processo de fibrose da córnea anterior
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.04.2019
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      CONTI, Carla Santos Medeiros. Regeneração dos nervos da córnea anterior pós excimer laser e reparação tecidual pós injúria endotelial. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-02072019-152249/. Acesso em: 28 abr. 2024.
    • APA

      Conti, C. S. M. (2019). Regeneração dos nervos da córnea anterior pós excimer laser e reparação tecidual pós injúria endotelial (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-02072019-152249/
    • NLM

      Conti CSM. Regeneração dos nervos da córnea anterior pós excimer laser e reparação tecidual pós injúria endotelial [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-02072019-152249/
    • Vancouver

      Conti CSM. Regeneração dos nervos da córnea anterior pós excimer laser e reparação tecidual pós injúria endotelial [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-02072019-152249/

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