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Avaliação da variação morfológica, anatômica e fitoquímica de Banisteriopsis caapi (Spruce ex Griseb.) C.v. Morton e Psychotria viridis Ruiz & Pav em diferentes ambientes, teor de alcaloides e citotoxicidade do chá Ayahuasca (2020)

  • Authors:
  • Autor USP: MIRANDA, ORDILENA FERREIRA DE - ESALQ
  • Unidade: ESALQ
  • Sigla do Departamento: LCB
  • Subjects: ALCALOIDES; ANATOMIA VEGETAL; CHÁ; CITOTOXINAS; FITOQUÍMICA; MORFOLOGIA VEGETAL; PLANTAS ALUCINÓGENAS; SECAGEM
  • Keywords: Ayahuasca
  • Language: Português
  • Abstract: B. caapi e P. viridis são plantas de origem amazônica e as principais espécies preconizados para preparação do chá Ayahuasca. Um chá com efeitos enteogênico e psicotrópico de uso milenar pelos povos indígenas da Amazônia, preparado pela decocção de caules de B. Caapi, que apresenta os alcaloides β-carbolínicos harmina (HRM), harmalina (HRL) e tetrahidrohramina (THH), e folhas de P. viridis que contém o alcaloide NN-dimetiltriptamina (DMT). Atualmente, Ayahuasca está em crescente expansão de uso como sacramento religioso em nível mundial, e junto com seu potencial farmacológico no campo da neurológia e psiquiatria tem fomentado um número expressivo de pesquisas científicas. Os resultados científicos têm evidenciado que Ayahuasca consumido em nível mundial, principalmente Europa e América do Norte, apresenta uma ampla variação no teor dos alcaloides bioativos, que afeta diretamente o potencial enteogênico e farmacológico do chá. Porém, a despeito da importância desse chá e das plantas que o compõem, até recentemente, as pesquisas científicas eram focadas somente no chá Ayahuasca, não havia estudo da relação planta-ambiente e das alterações morfológicas, anatômicas e fitoquímicas, que podem ser as causas subjacentes das variações no teor dos alcaloides na Ayahuasca preparado com plantas de diversos ambientes. Da mesma forma, não foi encontrado nenhum estudo desenvolvendo um método de pré-processamento e secagem das plantas da Ayahuasca que permita sua exportação econtribua com a segurança de uso desse chá. Portanto, os objetivos desse trabalho foram: i. Avaliar as alterações nas características organográficas, anatômicas e histoquímicas das folhas de três populações de P. viridis cultivadas em diferentes condições ambientais no estado de São Paulo; ii. Verificar as variações na morfologia, anatomia, histoquímica e teor de alcaloides apresentadas por folhas de P. viridis cultivadas em ecossistemas de Terra-firme (TF) e Campinarana (CAMP) do bioma Amazônia; iii. Verificar as diferenças morfológicas, anatômicas, histoquímicas e a variação no teor dos alcaloides em caules de B. caapi coletados em dois ecossistemas com diferentes características ambientais na Amazônia; iv. Determinar os parâmetros para a padronização da matéria-prima vegetal utilizadas no preparo do chá Ayahuasca tradicional: temperatura ideal de secagem para as plantas, teor e proporção dos alcaloides DMT, HRM, HRL e THH em Ayahuascas preparado com plantas após processo de secagem, além de avaliar o potencial citotóxico de Ayahuasca preparado com plantas in natura e desidratadas sobre células de HaCaT (queratinócitos humanos). Para todas as análises morfológicas, anatômicas e histoquímicas de caules de B. caapi e folhas de P. viridis foram utilizados microscópio de luz e microscopia eletrônica de varredura (MEV); As análises fitoquímicas foram realizadas usando extratos etanólicos de folhas e caules separadamente, e chá Ayahuasca preparado com plantas in natura e apósprocessamento de secagem sob temperaturas de 40, 43, 45, 50, 60°C e ao sol. A concentração dos compostos bioativos foi determinada por Cromatografia Liquida de Alta Eficiência com Detector UV-vis com Arranjo de Diodos (CLAE-DAD), a citotoxicidade in vitro foi avaliada com exposição das amostras de chá Ayahuasca em células HaCaT e, o agente antineoplásico cloridrato de doxorrubicina foi usado como controle positivo. Em folhas de P. viridis tanto de regiões extra-amazônica quanto amazônica as alterações encontradas estão diretamente relacionadas ao esforço adaptativo da espécie à disponibilidade hídrica do ambiente e mostram que, estresse hídrico prolongando causa alterações anatômicas que interferem no teor de alcaloides na espécie. Com relação a B.caapi, foram encontradas alterações no sistema condutor relacionados à alterações nas características do ambiente, além disso, as plantas do ecossistema de Campinarana exibiram teor de alcaloides mais elevado, revelando relação positiva do teor dos alcaloides β-carbolínicos com a disponibilidade hídrica do ambiente. As variações nas concentrações de DMT, HRL, HRM e THH no chá Ayahuasca sofrem influências do ambiente de origem das plantas. O processo de secagem mais adequado, foi alcançado em estufa de circulação forçada com temperaturas de 43°C para folhas e 45°C para caules. A Ayahuasca, nas concentrações testadas, não apresenta citotoxicidade celular relacionada a DMT, HRM, HRML e THH para queratinócitos humanos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.12.2020
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    • ABNT

      MIRANDA, Ordilena Ferreira de. Avaliação da variação morfológica, anatômica e fitoquímica de Banisteriopsis caapi (Spruce ex Griseb.) C.v. Morton e Psychotria viridis Ruiz & Pav em diferentes ambientes, teor de alcaloides e citotoxicidade do chá Ayahuasca. 2020. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-12022021-101623/. Acesso em: 11 maio 2024.
    • APA

      Miranda, O. F. de. (2020). Avaliação da variação morfológica, anatômica e fitoquímica de Banisteriopsis caapi (Spruce ex Griseb.) C.v. Morton e Psychotria viridis Ruiz & Pav em diferentes ambientes, teor de alcaloides e citotoxicidade do chá Ayahuasca (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-12022021-101623/
    • NLM

      Miranda OF de. Avaliação da variação morfológica, anatômica e fitoquímica de Banisteriopsis caapi (Spruce ex Griseb.) C.v. Morton e Psychotria viridis Ruiz & Pav em diferentes ambientes, teor de alcaloides e citotoxicidade do chá Ayahuasca [Internet]. 2020 ;[citado 2024 maio 11 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-12022021-101623/
    • Vancouver

      Miranda OF de. Avaliação da variação morfológica, anatômica e fitoquímica de Banisteriopsis caapi (Spruce ex Griseb.) C.v. Morton e Psychotria viridis Ruiz & Pav em diferentes ambientes, teor de alcaloides e citotoxicidade do chá Ayahuasca [Internet]. 2020 ;[citado 2024 maio 11 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-12022021-101623/


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