Reconstituição da paisagem quaternária na margem leste da Ilha de Marajó, Pará, Brasil (2011)
- Authors:
- Autor USP: OLIVEIRA, PAULO EDUARDO DE - IGC
- Unidade: IGC
- Subjects: QUATERNÁRIO; PALINOLOGIA; BACILLARIOPHYCEAE; SISTEMAS DEPOSICIONAIS; ISÓTOPOS
- Language: Português
- Abstract: O presente estudo tem como objetivo integrar dados sedimentólogicos, estratigráficos, palinologia, diatomáceas, datação 14C, δ13C, δ15N e C/N, a fim de reconstituir a evolução de paisagens no leste da Ilha do Marajó durante o final do Quaternário. O estudo foi baseado em cinco testemunhos de sondagem, com até 24 m de profundidade, distribuídos em um transecto proximal-distal de paleomorfologia previamente relacionada com um paleoestuário. As datações indicaram idades 14C entre 42.580 (±1430) anos A.P. e 3.184 (±37) anos A.P. A análise faciológica e de isótopos estáveis indicou uma variedade de ambientes deposicionais típicos de estuário. Valores de δ13C, δ15N e C/N sugerem matéria orgânica oriunda de fontes diversas, com contribuição de plantas terrestres (principalmente plantas C3), bem como fitoplâncton marinho e de água doce, como tipicamente esperado em estuários. Resultados das análises palinológicas mostraram que não houve mudança drástica nos padrões vegetacionais da ilha nos últimos 40.000 anos. Contudo mudança significativa, indicada por aumento de tipos herbáceos, foi detectada a partir de 6.790 (±60) anos. Análises de diatomáceas foram consistentes com os valores isotópicos, indicando maior contribuição de fitoplâncton marinho. A integração dos dados é consistente com a existência de paleoestuário com domínio de onda no Pleistoceno Tardio e Holoceno no nordeste da Ilha do Marajó, previamente ao estabelecimento do lago Arari. O efeito tectônico parece ter sido de grande contribuição nos eventos transgressivos e regressivos registrados no Marajó durante este período. Isto porque a transgressão registrada antes de 29.000 anos A.P. ocorreu simultaneamente à forte tendência de queda eustática após o Último Máximo Interglacial. Além disso, a transgressão holocênica é registrada entre 9.000 e 5.000 anos A.P., portanto tendo início antes do pico transgressivo global do Holocenomédio tenha sido promovida por tectônica.
- Imprenta:
- Publisher place: Armação dos Búzios
- Date published: 2011
- Source:
- Título do periódico: Anais do Congresso da ABEQUA
- ISSN: 2318-0986
- Volume/Número/Paginação/Ano: online, 2011
- Conference titles: Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário
-
ABNT
CASTRO, Darciléa Ferreira e OLIVEIRA, Paulo Eduardo de e ROSSETI, Dilce de Fátima. Reconstituição da paisagem quaternária na margem leste da Ilha de Marajó, Pará, Brasil. 2011, Anais.. Armação dos Búzios: Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, 2011. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/0d73b5f6-6b6e-4d31-a6ee-05a6504ee751/3032870.pdf. Acesso em: 21 maio 2024. -
APA
Castro, D. F., Oliveira, P. E. de, & Rosseti, D. de F. (2011). Reconstituição da paisagem quaternária na margem leste da Ilha de Marajó, Pará, Brasil. In Anais do Congresso da ABEQUA. Armação dos Búzios: Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/0d73b5f6-6b6e-4d31-a6ee-05a6504ee751/3032870.pdf -
NLM
Castro DF, Oliveira PE de, Rosseti D de F. Reconstituição da paisagem quaternária na margem leste da Ilha de Marajó, Pará, Brasil [Internet]. Anais do Congresso da ABEQUA. 2011 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/0d73b5f6-6b6e-4d31-a6ee-05a6504ee751/3032870.pdf -
Vancouver
Castro DF, Oliveira PE de, Rosseti D de F. Reconstituição da paisagem quaternária na margem leste da Ilha de Marajó, Pará, Brasil [Internet]. Anais do Congresso da ABEQUA. 2011 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/0d73b5f6-6b6e-4d31-a6ee-05a6504ee751/3032870.pdf - Análise palinológica holocênica da caatinga brasileira
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