Exportar registro bibliográfico

Aterosclerose coronária subclínica em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral isquêmico por aterotrombose cervicocefálica e em indivíduos sem doença cerebrovascular (2020)

  • Authors:
  • Autor USP: ARAúJO, ANA LUIZA VIEIRA DE - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MNE
  • Subjects: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL; ARTERIOSCLEROSE; DOENÇAS CARDIOVASCULARES; INFARTO DO MIOCÁRDIO
  • Keywords: Aterosclerose carotídea; Aterosclerose intracraniana; Cardiovascular diseases; Carotid artery diseases; Coronary disease; Doença das coronárias; Intracranial arteriosclerosis; Myocardial infarction; Stroke
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução e objetivos: O escore de cálcio coronário (CAC) é um marcador de aterosclerose coronária e está associado a uma taxa elevada de eventos cardiovasculares, porém sua relação com o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) de etiologia especificamente aterotrombótica é menos estabelecida. Comparamos os CAC em pacientes com AVCI causado por aterosclerose das grandes artérias (Grupoatero) com um grupo controle (Grupocontrole), em indivíduos multiétnicos sem história de doença arterial coronária (DAC) prévia. Métodos: Neste estudo transversal, avaliamos o CAC em indivíduos com idade entre 45 e 80 anos. Pacientes do Grupoatero tinham pelo menos uma estenose sintomática >= 50% no território carotídeo e/ou no território vertebrobasilar. O Grupoatero incluiu dois subgrupos: estenose extra ou intracraniana (Grupoaterocerv_ou_intra) ou doença aterosclerótica extra e intracraniana simultaneamente (Grupoaterocerv_e_intra). Os indivíduos do Grupocontrole não tinham história de AVCI ou estenose cervicocefálica >= 50%. Indivíduos com histórico de doença cardiovascular prévia, ECG com evidência de infarto do miocárdio prévio e fontes cardio-aórticas de êmbolos foram excluídos. O risco cardiovascular foi avaliado pelas Pooled Cohort Equations (PCE). Frequências de CAC >= 100 e CAC > 0 foram comparadas entre os grupos e subgrupos com regressão logística bivariada. As comparações dos valores absolutos do CAC entre os grupos foram realizadas com o Teste de Mann-Whitney e entre ossubgrupos com o teste de Kruskal-Wallis. Análises multivariadas foram realizadas para identificar fatores associados de forma independente com CAC >= 100, CAC > 0 ou valor absoluto do CAC (em escala logarítmica, Log (CAC +1). Resultados: Foram triados 386 indivíduos, sendo 80 incluídos no Grupoatero e 40, no Grupocontrole. O risco avaliado por PCE foi alto tanto no Grupoatero quanto no Grupocontrole (p = 0,794). As frequências de CAC >= 100 foram 46,3% (n = 37) no Grupoatero e 32,5% (n = 13) no Grupocontrole (OR, 1,79; 0,81-3,96; p = 0,152). CAC > 0 foi encontrado em 85% (n= 68) dos indivíduos do Grupoatero e em 57,5% (n=23) do Grupocontrole (OR, 4,19; 1,74-10,07; p = 0,001). A análise de subgrupos mostrou uma diferença estatisticamente significativa na frequência de CAC >= 100 entre o Grupoaterocerv_e_intra e o Grupocontrole (OR 4,67; 1,21-18,04; p = 0,025). Os valores absolutos de CAC foram significativamente maiores no Grupoatero (mediana, 75,4; intervalo: 0 - 2766,1), Grupoaterocerv_e_intra (mediana, 109,51; intervalo: 0 - 2766,1) e no Grupoaterocerv_ou_intra (mediana, 56,26; intervalo: 0 - 1817) em comparação com o Grupocontrole (mediana, 11,7; intervalo: 0 - 2153,7) (p = 0,028). Nas análises multivariadas, o \"Grupoatero\" foi significativamente associado de forma independente com o CAC > 0 e o Log (CAC +1). Em relação aos subgrupos, o Grupoaterocerv_e_intra foi significativamente associado com o Log (CAC +1). Conclusões: Pacientes com AVCI aterotrombótico, sem sintomatologia de doença coronária,apresentaram maior frequência de calcificação coronária (CAC > 0, valores absolutos de CAC) que indivíduos sem AVCI, com fatores de risco semelhantes para doença vascular. As frequências de CAC > 0, CAC >= 100 e os valores absolutos de CAC foram significativamente mais altas nos pacientes com AVCI e aterosclerose mais extensa (cervical e intracraniana) que em pacientes com lesões restritas a segmentos cervicais ou intracranianos de artérias responsáveis pela vascularização encefálica. O AVCI por aterosclerose deve ser considerado um sinal de alerta para o risco coronário
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 30.11.2020
  • Acesso à fonte
    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      ARAÚJO, Ana Luiza Vieira de. Aterosclerose coronária subclínica em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral isquêmico por aterotrombose cervicocefálica e em indivíduos sem doença cerebrovascular. 2020. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-30062021-101731/. Acesso em: 13 maio 2024.
    • APA

      Araújo, A. L. V. de. (2020). Aterosclerose coronária subclínica em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral isquêmico por aterotrombose cervicocefálica e em indivíduos sem doença cerebrovascular (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-30062021-101731/
    • NLM

      Araújo ALV de. Aterosclerose coronária subclínica em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral isquêmico por aterotrombose cervicocefálica e em indivíduos sem doença cerebrovascular [Internet]. 2020 ;[citado 2024 maio 13 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-30062021-101731/
    • Vancouver

      Araújo ALV de. Aterosclerose coronária subclínica em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral isquêmico por aterotrombose cervicocefálica e em indivíduos sem doença cerebrovascular [Internet]. 2020 ;[citado 2024 maio 13 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-30062021-101731/

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

    Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024