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Saber, escrita e emancipação: a trajetória de Jacques Rancière (2021)

  • Authors:
  • Autor USP: ARAUJO, TAÍS - FE
  • Unidade: FE
  • Sigla do Departamento: EDF
  • DOI: 10.11606/T.48.2021.tde-13012022-095803
  • Subjects: EMANCIPAÇÃO (FILOSOFIA); FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO; ESCRITA
  • Keywords: emancipação; emancipation; escrita; Jacques Rancière; Jacques Rancière; knowledge; saber; writing
  • Language: Português
  • Abstract: A presente tese analisa parte da trajetória intelectual de Rancière, entre os anos de 1968 e de 1987, com o objetivo de refletir sobre o seu posicionamento crítico em relação ao estatuto superior atribuído a um tipo de conhecimento que se pretendia científico e esclarecedor das práticas políticas, das ações do cotidiano, das visões de mundo dos sujeitos. Nessa tese sustentamos que esse questionamento do autor o levou a tecer um novo ponto de vista sobre o saber, ao entrelaçar a atividade da escrita com uma perspectiva de emancipação. Essa tópica desenrolou-se num percurso vislumbrado em três momentos da trajetória de Rancière: o pós Maio de 68 e a crítica de Rancière à dicotomia althusseriana entre ciência e ideologia que colocava a posição do intelectual marxista em proeminência perante o resto da sociedade; a pesquisa de Rancière nos arquivos operários e a organização do coletivo Les Révoltes logiques, que desembocou na criação de um estilo peculiar de escrita, no qual a palavra do pesquisador encontrou-se com a palavra do objeto de reflexão num plano de igualdade, como se observa em A noite dos proletários; a radicalização dessa forma de escrita em O mestre ignorante, quando o autor expressou, mais nitidamente, um estilo próprio de pensamento e de reflexão engendrado pela apropriação radical da noção de emancipação intelectual da personagem Joseph Jacotot. Esse percurso coloca o autor numa posição de dissenso em relação à tradição crítica ainda presentenos estudos em Educação, cujo pressuposto seria a necessidade de construção de um saber pretensamente emancipatório e desvelador das relações de dominação escondidas sob a realidade aparente instituída pela ideologia. Rancière, diferentemente dos integrantes dessa tradição, recusou o papel do intelectual concebido como o porta-voz da sociedade, ao elaborar uma escrita que colocou em questão a partilha de saberes desiguais entre os que pertenceriam à categoria de intelectuais e aqueles supostamente destinados ao trabalho manual. Essa posição relaciona-se a um outro modo de Rancière compreender a noção de emancipação, a partir da defesa da igualdade como um ponto de partida e não como uma promessa a se realizar no futuro
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 20.08.2021
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.48.2021.tde-13012022-095803 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      ARAUJO, Taís. Saber, escrita e emancipação: a trajetória de Jacques Rancière. 2021. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-13012022-095803/. Acesso em: 12 maio 2024.
    • APA

      Araujo, T. (2021). Saber, escrita e emancipação: a trajetória de Jacques Rancière (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-13012022-095803/
    • NLM

      Araujo T. Saber, escrita e emancipação: a trajetória de Jacques Rancière [Internet]. 2021 ;[citado 2024 maio 12 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-13012022-095803/
    • Vancouver

      Araujo T. Saber, escrita e emancipação: a trajetória de Jacques Rancière [Internet]. 2021 ;[citado 2024 maio 12 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-13012022-095803/


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