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Associação entre cistatina C, fragilidade e desfechos clínicos em idosos com câncer (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: GIL JUNIOR, LUIZ ANTONIO - FM
  • Unidade: FM
  • DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-20072022-105549
  • Subjects: IDOSOS; NEOPLASIAS
  • Keywords: Aged; Cistatina C; Cystatin C; Estado funcional; Fragilidade; Frailty; Functional status; Idosos; Neoplasias; Neoplasms
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A idade é um fator de risco independente para câncer, portanto, os idosos são afetados desproporcionalmente pelas neoplasias. Da mesma forma, a Síndrome de Fragilidade se torna mais frequente ao longo dos anos, refletindo a vulnerabilidade dos idosos a insultos orgânicos. Os idosos frágeis com câncer têm um risco mais alto de resultados desfavoráveis; no entanto, poucos biomarcadores demonstram identificar adequadamente esses pacientes de alto risco. A cistatina C (CisC) é uma proteína de baixo peso molecular que se correlaciona negativamente com o envelhecimento saudável, de forma independente da função renal. Associou-se, em estudos prévios, à fragilidade e a aumento de mortalidade. Objetivos: Investigar a associação entre os níveis de CisC e a fragilidade em idosos com câncer; e investigar a associação entre níveis de CisC ou fragilidade e declínio funcional em até 12 meses em idosos com câncer. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, incluindo idosos com 60 anos ou mais, em São Paulo, Brasil. Os participantes foram recrutados no ambulatório de um hospital universitário oncológico, no período de abril de 2015 a setembro de 2017. Foram avaliados quanto a variáveis sociodemográficas, clínicas, funcionais e laboratoriais. Os desfechos primários foram o diagnóstico de fragilidade de acordo com os critérios adaptados de Fragilidade de Fried e o estado funcional de acordo com as atividades da vida diária. A principal variável independente foi adosagem de CisC na linha de base. Após a avaliação inicial, foram coletados dados de estado funcional, hospitalizações e óbito aos 3, 6 e 12 meses de seguimento. Foi realizada uma análise descritiva da população de acordo com os níveis de CisC. Resultados: Foram incluídos no estudo 605 idosos. A idade média foi de 69 anos (±7), 65% eram do sexo masculino, e as comorbidades mais comuns foram hipertensão (64%) e diabetes mellitus (29%). No seguimento de 12 meses, houve 14,7% de perdas de seguimento e recusa (dropouts), e 7,7% de óbitos. O câncer de próstata (31%) e o câncer de mama (15%) foram as neoplasias mais comumente encontradas. As taxas de filtração glomerular medidas foram superiores a 60 ml/min em 70% dos pacientes e a mediana de CisC foi de 1,14 mg/dL (intervalo interquartil = 1,0; 1,36). Considerando a avaliação inicial, 82,7% dos pacientes eram totalmente independentes para as atividades básicas de vida diária e 72% totalmente funcionais para as atividades instrumentais de vida diária. Respectivamente, 51% e 8% foram considerados pré-frágeis e frágeis. Os pacientes com valores séricos de CisC acima do percentil 50 apresentavam idade mais avançada, piores índices de comorbidade de Charlson, maior prevalência de hipertensão, doença arterial coronariana e níveis de hemoglobina mais baixos. Em uma análise multivariada, níveis mais altos de CisC foram associados à fragilidade (p < 0,001), mas não a desfechos negativos de mortalidade, internações eperda de funcionalidade. Ainda, a perda de atividades básicas de vida diária se correlacionou apenas com o sexo masculino e houve uma tendência aos octagenários terem maior risco de perdas funcionais. Conclusão: Idade avançada, comorbidades, sexo masculino e ser pré/frágil aumentou o risco de piora funcional. CisC sérica elevada se correlacionou de forma inequívoca à fragilidade em idosos com câncer, no entanto, não foi isoladamente preditora de perda funcional e desfechos adversos em 12 meses. Deve-se atentar à inclusão desse biomarcador em painéis que estudam idosos frágeis
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.04.2022
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-20072022-105549 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      GIL JUNIOR, Luiz Antonio. Associação entre cistatina C, fragilidade e desfechos clínicos em idosos com câncer. 2022. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20072022-105549/. Acesso em: 02 maio 2024.
    • APA

      Gil Junior, L. A. (2022). Associação entre cistatina C, fragilidade e desfechos clínicos em idosos com câncer (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20072022-105549/
    • NLM

      Gil Junior LA. Associação entre cistatina C, fragilidade e desfechos clínicos em idosos com câncer [Internet]. 2022 ;[citado 2024 maio 02 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20072022-105549/
    • Vancouver

      Gil Junior LA. Associação entre cistatina C, fragilidade e desfechos clínicos em idosos com câncer [Internet]. 2022 ;[citado 2024 maio 02 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20072022-105549/

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