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Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010 (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: CABRAL, GABRIEL ENRIQUE HIGO MAFRA - FAU
  • Unidade: FAU
  • Sigla do Departamento: AUT
  • DOI: 10.11606/D.16.2022.tde-29072022-164928
  • Subjects: AUTOCONSTRUÇÃO; HABITAÇÃO POPULAR; ASSENTAMENTOS HUMANOS; CANTEIRO DE OBRAS
  • Keywords: Formas de produção da habitação; Forms of housing production; Non-regulated housing production; Produção não-regulada da habitação
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Este trabalho parte da necessidade de atualização do debate da autoconstrução da moradia, tendo como foco o estudo do fenômeno em assentamentos populares na metrópole paulistana nos anos 2010. Compreende-se a autoconstrução como um processo produtivo que resulta na habitação, com características próprias que se busca entender melhor: lógicas de estruturação do canteiro, arranjos de agentes e suas inter-relações, técnicas construtivas, organização do trabalho, inserção social e econômica. Para tanto, recorre-se à pesquisa bibliográfica e principalmente à pesquisa empírica por meio de entrevistas com agentes envolvidos na autoconstrução. Primeiramente, discorre-se sobre o debate realizado no Brasil a partir do fim dos anos 1960 em um contexto de franca expansão industrial e urbana, processos explicativos e também explicados pela autoconstrução. São exploradas também as formulações de outra vertente de debate que compreende a autoconstrução como parte integrante do processo de desenvolvimento das relações capitalistas na cadeia da construção civil e, também, da produção da totalidade do espaço construído, definindo-a como uma forma de produção da habitação. Desde então, o contexto brasileiro se alterou: pode-se falar na diminuição do loteamento de terras para baixa renda e aumento do número de ocupações e favelas, perda de força explicativa do crescimento urbano pelo modelo centro-periferia, bem como na intensificação do processo de desregulação e precarização do trabalho, acompanhado pela reestruturação produtiva. Entende-se que a autoconstrução, enquanto forma de produção do espaço dinâmica e historicamente determinada, deve ser entendida diante do novo contexto. Ainda, compreende-se que, para além das categorias que a definem enquanto forma de produção, a autoconstrução deve ser entendida comoparte do universo da produção não-regulada da moradia e do espaço construído, constituído pelos processos de produção que ocorrem sem a presença da regulação estatal tanto no âmbito urbanístico e fundiário, quanto no das relações de trabalho que estruturam os seus canteiros. Assim, os resultados das entrevistas realizadas são estruturados segundo algumas esferas de análise relacionadas a atividades e momentos do processo de produção. São elas: [1] Originação da Produção e Planejamento Inicial; [2] Fornecimento de Materiais; [3] Execução; e [4] Disponibilização de Recursos Financeiros. Percebe-se que a autoconstrução é uma forma de produção com muitas porosidades, de modo que as próprias esferas de análise utilizadas para sua compreensão são altamente emaranhadas. Pode-se falar também em sobreposições importantes com outras formas de produção como a produção para mercado, nublando as fronteiras delimitadoras entre as formas que podem, não obstante, geralmente ser diferenciadas. A autoconstrução pode se basear tanto no trabalho doméstico não-pago quanto no trabalho informalmente remunerado, e entende-se que a viração estrutura essa forma de produção, sendo a precariedade do trabalho e das condições socioeconômicas uma característica transversal a diversos agentes, como os moradores e os construtores autônomos. Por fim, percebe-se alterações significativas na composição técnica da autoconstrução relacionadas à disseminação de componentes prontos nos varejos que alimentam seus canteiros (como portas, caixilhos e armaduras pré-montadas), bem como à introdução de novos agentes e técnicas, como o concreto usinado bombeado, o que se reflete no aumento de produtividade destes canteiros
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 31.03.2022
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.16.2022.tde-29072022-164928 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      CABRAL, Gabriel Enrique Higo Mafra. Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-29072022-164928/. Acesso em: 05 maio 2024.
    • APA

      Cabral, G. E. H. M. (2022). Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010 (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-29072022-164928/
    • NLM

      Cabral GEHM. Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010 [Internet]. 2022 ;[citado 2024 maio 05 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-29072022-164928/
    • Vancouver

      Cabral GEHM. Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010 [Internet]. 2022 ;[citado 2024 maio 05 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-29072022-164928/

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