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Microbioma pelágico no Estreito de Gerlache (Península Antártica Ocidental) frente às mudanças climáticas globais (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: GUSMÃO, ANA CAROLINA BERCINI - IO
  • Unidade: IO
  • Sigla do Departamento: IOB
  • DOI: 10.11606/D.21.2022.tde-06102022-105403
  • Subjects: BIODIVERSIDADE; MICROBIOLOGIA DA ÁGUA; MICROBIOLOGIA; ANTÁRTICA
  • Language: Português
  • Abstract: As mudanças climáticas é um dos principais fatores ocasionando alterações ambientais na criosfera e nos oceanos devido ao aumento das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O Estreito de Gerlache é uma área caracterizada por alta produtividade biológica, confinada topograficamente e localizada na Península Antártica Ocidental (PAO), uma das áreas mais sensíveis às mudanças climáticas no planeta. Entender a estrutura, composição e principais fatores ambientais de influência das comunidades microbianas na coluna dágua do Estreito de Gerlache é um passo fundamental para antecipar possíveis efeitos das mudanças climáticas na composição e funções ecológicas dos microrganismos dessa região. O principal objetivo desse estudo foi acessar o microbioma marinho de Archaea e Bacteria do Estreito de Gerlache, caracterizando a diversidade, composição taxonômica e estrutura de comunidades, e determinar os principais fatores ambientais de influência no contexto das mudanças climáticas. Foram coletadas amostras de águas do mar das zonas epipelágica e mesopelágica e dados abióticos (salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido) e bióticos (fluorescência) em dez estações oceanográficas durante as primaveras e verões austrais de 2013, 2014 e 2015. Através de técnicas moleculares, o DNA das 38 amostras foi extraído, a região V4 do gene 16S RNAr foi amplificada e sequenciada pela plataforma Illumina. As sequências foram analisadas através de ferramentas de Bioinformática. Nossos resultados mostraram a presença de 1279 ASVs, com dominância de Bacteria e revelaram que as comunidades microbianas são estruturadas pela sazonalidade e zonas pelágicas associadas às diferentes massas dágua. Amostras de águas profundas se mostraram mais diversas e ricas do que de superfície, inclusive para grupos raros. (Continua)(Continuação) Em águas superficiais, o período de primavera teve maior riqueza de microrganismos do que o verão. A primavera apresentou uma mistura de táxons e metabolismos das duas zonas pelágicas encontradas no verão, mostrando importância na dinâmica sazonal das comunidades microbianas. O microbioma central foi composto por 19 ASVs de Bacteria, com composição similar à de outras regiões próximas na PAO. As famílias mais abundantes de bactérias foram Flavobacteriaceae, Cyanobacteria, Rhodobacteraceae, Thioglobaceae e Nitrincolaceae, enquanto que os táxons mais abundantes de arqueias foram Nitrosopumilaceae e Marine Group II da classe Thermoplasmata. As comunidades microbianas do Estreito de Gerlache demonstraram importância para os ciclos do carbono, nitrogênio e enxofre. Os principais parâmetros ambientais que influenciaram significativamente a riqueza das comunidades foram o nitrito e a salinidade, e para a diversidade, foram a temperatura e a salinidade. Outros parâmetros como nitrato, fosfato, silicato, amônia e fluorescência demonstraram importância secundária para a estrutura microbiana. As alterações nos parâmetros ambientais relacionadas às mudanças climáticas, como aumento de temperatura e alterações na salinidade apresentam uma alta possibilidade de afetar a composição, diversidade, riqueza e dinâmica sazonal das comunidades microbianas do Estreito de Gerlache, bem como os ciclos biogeoquímicos dos quais essas comunidades participam.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.08.2022
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.21.2022.tde-06102022-105403 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      GUSMÃO, Ana Carolina Bercini. Microbioma pelágico no Estreito de Gerlache (Península Antártica Ocidental) frente às mudanças climáticas globais. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-06102022-105403. Acesso em: 28 abr. 2024.
    • APA

      Gusmão, A. C. B. (2022). Microbioma pelágico no Estreito de Gerlache (Península Antártica Ocidental) frente às mudanças climáticas globais (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-06102022-105403
    • NLM

      Gusmão ACB. Microbioma pelágico no Estreito de Gerlache (Península Antártica Ocidental) frente às mudanças climáticas globais [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 28 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-06102022-105403
    • Vancouver

      Gusmão ACB. Microbioma pelágico no Estreito de Gerlache (Península Antártica Ocidental) frente às mudanças climáticas globais [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 28 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-06102022-105403

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