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Evolução geotectônica da porção nordeste de Minas Gerais, com base em interpretações geocronologicas (1986)

  • Authors:
  • Autor USP: SIGA JUNIOR, OSWALDO - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GGG
  • Subjects: GEOLOGIA ESTRUTURAL; GEOCRONOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: O presente trabalho objetivou demonstrar a potencialidade dos métodos Rb-Sr, K-Ar, Pb-Pb e U-Pb quando aplicados aos trabalhos básicos de levantamento geológico, permitindo através dos diferentes valores interpretativos dessas metodologias contribuir para o entendimento dos processos tectônicos desenvolvidos na borda sudeste do Craton do São Francisco (nordeste de Minas Gerais e parte sul da Bahia). O acervo radiométrico processado representa uma ampla amostragem dos vários domínios litológicos caracterizados, contando com cerca de 230 determinações geocronológicas. O padrão de distribuição das idades radiométricas em conjunto com as informações provenientes de outros campos das geociências permitiu compartimentar a área em dois domínios geocronológicos maiores: o domínio brasiliano externo (ocidental) e o domínio brasiliano interno (centro-oriental). No domínio brasiliano externo expõem-se os metassedimentos de baixo grau metamórfico (fácies xisto-verde, zonas de clorita e biotita) da faixa Araçuí, tipifiados principalmente pelos metadiamictitos do Grupo Macaúbas. Tem ainda como representante os metassedimentos do sistema Espinhaço, claramente envolvidos pela tectônica brasiliana, além das rochas gnáissicas-migmatíticas da estrutura anticlinorial de Itacambira-Barrocão, retrometamorfisadas neste período. Os dados isotópicos Rb-Sr e Pb-Pb disponíveis para a unidade gnáissica-migmatítica deste setor indicam geração de rochas no Arqueano('APROXIMADAMENTE' 2700 Ma.) e Proterozóico Inferior ('APROXIMADAMENTE' 2100 Ma.). Os parâmetros '(S'r POT.87'/S'r POT. 86') IND.1' e "mü" IND.1' sugerem, adicionalmente, para as rochas analisadas uma origem por retrabalhamento de materiais com vida crustal anterior. Os dados K-Ar (além de uma única datação por traços de fissão) possibilitaram delinear a história termal do domínio, sugerindo uma tectônica vertical, terminal ao ciclo Brasiliano, que colocou lado a lado, blocos ) formados em diferentes profundidades. O ciclo Brasiliano como formador de crosta continental é característico do domínio interno, onde é representado pelos metassedimentos Salinas e rochas gnássicas-migmatíticas do setor oriental. Observa-se um metamorfismo crescente para leste, gradando da zona da cianita para a zona da sillimanita, atingindo na porção oriental condições P, T, do fácies anfibolito alto. Os dados radiométricos Rb-Sr e U-Pb caracterizam a formação generalizada dessas rochas no período 660-570 Ma. As análises K-Ar registram a permanência de porções aquecidas (temperaturas superiores a 250 'GRAUS' C) até pelo menos 480 Ma. A atividade geodinâmica brasiliana é também representada por uma granitogênese de grande expressão no domínio interno, incluindo uma grande variedade de litotipos, normalmente ricos em álcalis. Os dados obtidos através dos métodos Rb-Sr e U-Pb distribuíram-se num amplo intervalo de tempo (650-450 Ma.) representando episódios de caráter sin a tardi-tectônicos(650-550 Ma.), tardi a pós-tectônicos a anarogênicos (500-450 Ma.). Adicionalmente, as evidências isotópicas de Sr apontam para uma evolução dessas rochas fortemente alicerçada em retrabalhamentos crustais nesses períodos. Os dados K-Ar obtidos em biotitas dos diferentes maciços concentram-se no intervalo 500-450 Ma., indicando o período de resfriamento das unidades em pauta. Numa visão integrada Brasil-África, a geometria do cinturão brasiliano é condicionada claramente pelos Cratons do ao Francisco e do Congo, que serviram de ante-país para a evolução das deformações desta faixa de dupla vergência. Verifica-se uma clara simetria em termos de zoneamento tectônico, em que terrenos de alto grau ocupam no Continente Africano posições mais externas, já próximas as coberturas de plataforma. A evolução geotectônica deste cinturão é dominantemente ensiáltica, sendo aqui interpretada com base em modelo de ) subducção A, ocorrida durante o ciclo Brasiliano. Neste esquema propõe-se que a abertura (afinamento e quebramento rúptil da crosta superior) se estreite a norte, tomando o formato de uma cunha, cuja zona acial, de direção propriamente NNW/SSE pode ter evoluído sobre suturas anteriores, do Proterozóico Médio (herança Espinhaço). Finalmente, a exumação do nível crustal meso-catazonal brasiliano é interpretado como decorrente de um processo em duas etapas, a primeira inerente a inversão da cadeia brasiliana e a segunda ocorrida no Meso-Cenozóico
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.10.1986
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      SIGA JÚNIOR, Oswaldo. Evolução geotectônica da porção nordeste de Minas Gerais, com base em interpretações geocronologicas. 1986. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1986. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-20082013-084731/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Siga Júnior, O. (1986). Evolução geotectônica da porção nordeste de Minas Gerais, com base em interpretações geocronologicas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-20082013-084731/
    • NLM

      Siga Júnior O. Evolução geotectônica da porção nordeste de Minas Gerais, com base em interpretações geocronologicas [Internet]. 1986 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-20082013-084731/
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