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Caracterização estrutural de peptídeos melanotrópicos e suas interações com agregados anfifílicos: um estudo por fluorescência e ressonância paramagnética eletrônica (2002)

  • Autores:
  • Autor USP: FERNANDEZ, ROBERTO MORATO - IF
  • Unidade: IF
  • Sigla do Departamento: FGE
  • Assuntos: PEPTÍDEOS; RESSONÂNCIA PARAMAGNÉTICA ELETRÔNICA; BIOFÍSICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Neste trabalho são apresentados vários estudos com o peptídeo melanotrópico catiônico 'alfa'-MSH (hormônio estimulador de melanócito) e análogos biologicamente mais ativos. Foram utilizadas as técnicas de fluorescência estática e resolvida no tempo, e RPE (ressonância paramagnética eletrônica). Com fluorescência, foi monitorado o aminoácido Trp (triptofano), presente em todos os peptídeos, e o aminoácido D-Nal (D-naphtul alanine), presente nos análogos cíclicos aqui estudados, para a obtenção de informações estruturais. Com RPE, utilizou-se marcadores de spin incorporados a dispersões lipídicas aniônicas de DMPG (1,2-dimyristoyl-sn-glycero-3-phospho-rac-glycerol), para o estudo da estrutura dos agregados anfifílicos e da interação peptídeo/lipídio, e o aminoácido paramagnético Toac (2,2,6,6-tetramethylpiperidine-1-oxyl-4-amino-4-carboxylic acid), ligado covalentemente ao 'alfa'MSH e a seu análogo linear MSH-I ('Nle POT.4', DPhe POT.7'-'alfa'-MSH), para o estudo comparativo da conformação destes peptídeos. Com marcadores de spin, foi feito um estudo sobre modificações que o 'alfa'-MSH causa em vesículas de DMPG, correlacionando o aumento da concentração de moléculas de água, em toda a extensão da cadeia hidrocarbônica, com a diminuição da fluidez da bicamada lipídica. O perfil de polaridade da bicamada lipídica, medido em amostras congeladas, foi encontrado ser diferente do observado em lipídeos na fase fluida, particularmente na presença demoléculas polares. É mostrado aqui que fosfolipídeos paramagnéticos, marcados no 16o. carbono da cadeia acila, incorporados em vesículas, monitoram a presença de duas populações, na chamada fase intermediária do DMPG (entre a fase gel e a líquido-cristal). A presença das duas populações fica evidente com a comparação dos espectros de RPE obtidos na presença e ausência de 'alfa'-MSH: o peptídeo parece fazer desaparecer um dos ambientes monitorados pelo marcador de spin. ) As estruturas de análogos cíclicos do 'alfa'-MSH, contendo, além do Trp, o fluoróforo D-Nal, foram estudadas em solução aquosa e em presença de vesículas de DMPG, e comparadas com a do peptídeo natural. Medidas de fluorescência do Trp indicam que, em meio aquoso, a estrutura dos análogos cíclicos (na região do Trp) está próxima da conformação adquirida pelo 'alfa'-MSH em bicamadas lipídicas, sugerindo que os peptídeos cíclicos encontram-se, em solução, em uma forma mais adequada para penetração na membrana. Comparando com resultados obtidos com 'alfa'-MSH, nos peptídeos cíclicos, o Trp parece penetrar mais profudamente na membrana lipídica. O aminoácido D-Nal penetra na bicamada lipídica, tendo seu espectro de fluorescência, e tempo de vida do estado excitado, drasticamente alterados pela presença de vesículas de DMPG. Tanto por RPE do Toac, como através da fluorescência do Trp, observa-se dependência da conformação do 'alfa'-MSH e MSH-I com o pH do meio, o que é atribuído a titulaçãode cadeias laterais dos peptídeos. A análise das curvas de titulação dos peptídeos 'alfa'-MSH e MSH-I, por fluorescência do Trp, sugere pequenas diferenças conformacionais entre estes dois peptídeos em meio aquoso, sendo maior o efeito observado em pH alcalino. Mostra também que as estruturas dos análogos marcados com a sonda paramagnética, em solução aquosa, são ligeiramente diferentes daquelas dos peptídeos originais, apesar de ter sido observado que a inserção do Toac em peptídeos melanotrópicos não altera a atividade biológica dos mesmos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 31.01.2002
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      FERNANDEZ, Roberto Morato. Caracterização estrutural de peptídeos melanotrópicos e suas interações com agregados anfifílicos: um estudo por fluorescência e ressonância paramagnética eletrônica. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-11092012-150020/. Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Fernandez, R. M. (2002). Caracterização estrutural de peptídeos melanotrópicos e suas interações com agregados anfifílicos: um estudo por fluorescência e ressonância paramagnética eletrônica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-11092012-150020/
    • NLM

      Fernandez RM. Caracterização estrutural de peptídeos melanotrópicos e suas interações com agregados anfifílicos: um estudo por fluorescência e ressonância paramagnética eletrônica [Internet]. 2002 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-11092012-150020/
    • Vancouver

      Fernandez RM. Caracterização estrutural de peptídeos melanotrópicos e suas interações com agregados anfifílicos: um estudo por fluorescência e ressonância paramagnética eletrônica [Internet]. 2002 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-11092012-150020/


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