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Contribuição ao estudo do papel das estruturas mesiais límbicas nas epilepsias do lobo temporal (2002)

  • Autores:
  • Autor USP: ARRUDA, FRANCISCO JOSÉ MARTINS - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Assuntos: LOBO TEMPORAL; EPILEPSIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: A epilepsia do lobo temporal (ELT) é a sindrome epiléptica mais comum, e freqüentemente os pacientes apresentam crises que são refratárias aos tratamentos clínicos, havendo, portanto, indicação de tratamento cirúrgico. Esse trabalho analisa crises gravadas por eletrodos intracerebrais em uma série de pacientes com ELT refratária, submetidos a investigação invasiva pré-operatória com eletrodos de profundidade implantados nos lobos temporais. Uma revisão dos aspectos fundamentais da ELT é apresentada, incluindo anatomia do lobo temporal, caracterização clínica da ELT, mecanismos fisiopatológicos e modelos animais experimentais, e eletrencefalografia invasiva. O papel das estruturas mesiais do lobo temporal -amígdala, hipocampo, giro para-hipocampal -suas inter-relações na geração, propagação e inibição das crises são objeto do estudo. Foram estudadas 638 crises de 18 pacientes com esclerose mesial temporal posteriormente comprovada pelo estudo anátomo-patológico do lobo temporal operado. Eletrodos de profundidade foram implantados bilateralmente direcionados à amígdala, hipocampo e giro para-hipocampal. As crises foram registradas com sistema de vídeo- eletrencefalograma computadorizado com programa de detecção automática de eventos ictais e interpretadas visualmente. A ocorrência freqüente de crises sem manifestações clínicas (puramente eletrográficas) detectadas pelo programa despertou interesse por seu estudo. Os principais achados foram (1) grande parte das crisesregistradas não produzem manifestações clínicas, ou seja, são crises puramente eletrográficas; (2) essas ocorrem muito mais freqüentemente no hipocampo, enquanto que as crises da amígdala e giro para-hipocampal geralmente produzem manifestações clínicas; (3) existe enorme variabilidade intra-individual de modalidades de início de crises envolvendo as estruturas mesiais; e (4) as crises tendem a se propagar inicialmente para as estruturas vizinhas ) ipsilaterais. Alguns destes achados sugerem que o hipocampo tem um comportamento fortemente inibitório sobre a propagação das crises, fato corroborado por uma infinidade de estudos experimentais e clínicos, apresentados e discutidos no trabalho. Circuitos hipocampais inibitórios evitam o envolvimento sucessivo de outras regiões, e conseqüentemente evitam a ocorrência de crises com manifestações clínicas. Também é mostrado que as estruturas mesiais do lobo temporal funcionam como uma complexa rede interconectada, e a transição interictal-ictal não depende de um disparador específico. Os achados do trabalho são mais um passo para a compreensão da fisiopatologia da ELT, e podem contribuir para os estudos de antecipação da ocorrência de crises, que podem pennitir o desenvolvimento de novos tratamentos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.11.2002

  • Como citar
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    • ABNT

      ARRUDA, Francisco José Martins. Contribuição ao estudo do papel das estruturas mesiais límbicas nas epilepsias do lobo temporal. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2002. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Arruda, F. J. M. (2002). Contribuição ao estudo do papel das estruturas mesiais límbicas nas epilepsias do lobo temporal (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Arruda FJM. Contribuição ao estudo do papel das estruturas mesiais límbicas nas epilepsias do lobo temporal. 2002 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Arruda FJM. Contribuição ao estudo do papel das estruturas mesiais límbicas nas epilepsias do lobo temporal. 2002 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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