Estudos cromossômicos em espécies de lacertílios brasileiros das famílias Teiidae, Gekkonidae e Anguidae (Sauria, Squamata), com aplicação de técnicas de coloração diferencial (2002)
- Autores:
- Autor USP: SANTOS, RODRIGO MARQUES LIMA DOS - IB
- Unidade: IB
- Sigla do Departamento: BIO
- Assuntos: SQUAMATA (EVOLUÇÃO); CITOGENÉTICA
- Idioma: Português
- Resumo: Lagartos do gênero Ophiodes são exclusivamente neotropicais e se distribuem do nordeste da Argentina e norte do Uruguai até o centro-oeste e nordeste do Brasil. É encontrada na literatura uma única descrição cariotípica, apenas em coloração convencional, para a espécie Ophiodes striatus, com 2n=36 (12M + 24m), com os pares 1, 3, 4 e 5 metacêntricos e os pares 2 e 6 submetacêntricos, sem qualquer definição morfológica dos micromossomos. Neste trabalho, estudamos nove exemplares de Ophiodes provenientes de diversas regiões brasileiras. O número diplóide (2n=36, 12 M + 24m) e a morfologia dos macrocromossomos correspondem aos descritos anteriormente. Em material de cultura, cuja qualidade nos possibilita melhor caraterizar os microcromossomos, estes se apresentam claramente metacêntricos, com exceção de um par que aparece puntiforme. Na análise dos diplótenos identificamos seis macrobivalentes e 12 microbivalentes e não encontramos nenhum heteromorfismo cromossômico. As Ag-RONs variavam intraindividualmente, sendo observadas de uma a cinco marcações teloméricas em macrocromossomos, prevalecendo, entretanto, as marcações em pelo menos um dos homólogos do par 5 e nos braços crustos dos pares 2 e 6. Estudos citogenéticso envolvendo melhor caracterização dos microcromossomos e identificação das RONs podem trazer importantes contribuições para a citotaxonomia do grupo. Os lagartos da família Gekkonidae em geral são muito pouco estudados do ponto de vistacitogenético. Segundo OLMO (1986), apenas cerca de 5% das espécies da família foram cariotipadas e da subfamília Sphaerodactylinae, somente espécies pertencentes ao gênero Gonatodes. Apesar da maioria das espécies apresentarem 2n= 32, outras espécies têm variação do número diplóide, com 2n=16 em G. taniae, e que é o menor número diplóide para lagartos, a 2n=40 em G. sp n. (2n=40), sendo portanto um grupo promissor para estudos de evolução cromossômica em lagartos. A ) análise de espécies relacionadas a Gonatodes, usando padrões de bandamento longitudinal, poderiam ajudar na identificação dos rearranjos ocorridos durante a evolução cromossômica neste gênero e na subfamília. Assim, neste trabalho, descrevemos os cariótipos de Coleodactylus amazonicus, Gonatodes hasemani e Gonatodes humeralis, em coloração convencional e diferencial, buscando ampliar as informações citogenéticas disponíveis e contribuir para a compreensão da sistemática e evolução cromossômica deste grupo de lagartos neotropicais. A família Teiidae pode ser dividida em dois grupos citogenéticos: Ameiva e dracaena. As espécies do grupo Ameiva possuem número diplóide variados de 2n=46 a 56, com cromossomos geralmente acrocêntricos e sem distinção entre macro e microcromossomos, enquanto que espécies do grupo Dracaena possuem, em sua maioria, cariótipos compostos por 2n=36, divididos em 12 macrocromossomos e 24 microcromossomos. O grupo Ameiva apresenta uma série de problemas taxonômicos esistemáticos a serem resolvidos e é um grupo relativamente diverso do ponto de vista cromossômico. Apesar de cerca de 67% das espécies terem sido estudadas do ponto de vista citogenético, a maior parte destes estudos apresentam apenas dados em coloração convencional, onde raramente se pode estabelecer homologias entre os cromossomos, existindo poucos caracteres úteis para a compreensão das relações filogenéticas e taxonômicas. Neste artigo, descrevemos e comparamos os cariótipos em coloração convencional e diferencial de cinco espécies de três gêneros de teídeos sul-americanos do grupo Ameiva (Teiinae) obtendo diversos padrões espécie-específicos que devam contribuir a compreensão da evolução cromossômica, filogenia e sistemática destas espécies. A família Teiidae pode ser dividida em dois grupos citogenéticos; Ameiva, que corresponde à subfamília Teiinae, e Dracaena, que corresponde a subfamília Tupinambinae. ) As espécies do grupo Ameiva possuem número diplóide variado de 2n=46 a 56, com cromossomos geralmente acrocêntricos e sem distinção entre macro e microcromossomos, enquanto que espécies do grupo Dracaena possuem, em sua maioria, cariótipos compostos por 2n=36, com 12 macrocromossomos e 24 microcromossomos e é correspondente ao cariótipo tido como ancestral aos Squamata. Dados cariotípicos para o grupo são muito confusos e parecem refletir os problemas taxonômicos observados em alguma espécies. Neste trabalho descrevemos os cariótiposde quatro espécies de teídeos após coloração convencional e diferencial, fornecendo importantes contribuições à taxonomia, filogenia e evolução cromossômica do grupo, com a descrição de padrões espécie-específicos, que corroboram as relações filogenéticas propostas em estudos anteriores, elaboradas com base em dados moleculares
- Imprenta:
- Data da defesa: 13.12.2002
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ABNT
SANTOS, Rodrigo Marques Lima dos. Estudos cromossômicos em espécies de lacertílios brasileiros das famílias Teiidae, Gekkonidae e Anguidae (Sauria, Squamata), com aplicação de técnicas de coloração diferencial. 2002. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. . Acesso em: 16 abr. 2024. -
APA
Santos, R. M. L. dos. (2002). Estudos cromossômicos em espécies de lacertílios brasileiros das famílias Teiidae, Gekkonidae e Anguidae (Sauria, Squamata), com aplicação de técnicas de coloração diferencial (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Santos RML dos. Estudos cromossômicos em espécies de lacertílios brasileiros das famílias Teiidae, Gekkonidae e Anguidae (Sauria, Squamata), com aplicação de técnicas de coloração diferencial. 2002 ;[citado 2024 abr. 16 ] -
Vancouver
Santos RML dos. Estudos cromossômicos em espécies de lacertílios brasileiros das famílias Teiidae, Gekkonidae e Anguidae (Sauria, Squamata), com aplicação de técnicas de coloração diferencial. 2002 ;[citado 2024 abr. 16 ]
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