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Aspectos fisiológicos - estruturais das embriogêneses zigótica e somática de Feijoa sellowiana Berg (Myrtaceae) (2004)

  • Autores:
  • Autor USP: PESCADOR, ROSETE - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIB
  • Assuntos: EMBRIOGÊNESE; FISIOLOGIA VEGETAL; FRUTAS; MYRTALES
  • Idioma: Português
  • Resumo: A análise comparativa das características morfológicas e histológicas das embriogêneses zigóticas e somática de S. sellowiana mostrou diferenças marcantes entre ambas. Assim , por exemplo, enquanto na embriogênese zigótica observou-se a presença de embriões nas fases globular, cordiforme, torpedo e cotiledonar no 30º, 45º, 60º e 75º dias após a polinização, os estágios equivalentes na embriogênese somática foram detectados no 21º, 24º, 27º, 40º dias após a inoculação, respectivamente. Além do mais, notou-se também que na embriogênese somática direta, a formação dos embriões iniciava-se a partir de divisões periclinais ou oblíquas, principalmente das células da protoderme cotiledonar, enquanto na via indireta os calos formadores dos embriões originavam-se, predominantemente, do eixo hipocótilo-radicular. De modo geral, a embriogênese somática foi comparativamente mais rápida do que a zigótica. Vários embriões somáticos apresentaram mal formações fenotípicas de diferentes natureza e graus. As análises dos teores endógeneos de quatro citocininas, AIA e ABA apontaram para a ocorrência de diferenças marcantes entre as embriogêneses zigóticas e as somática direta e indireta, bem como também ao longo do desenvolvimento embrionário. Na embriogênese zigótica ocorreu uma elevação abrupta e intensa nos teores de AIA do 21º ao 24º dia, período esse coincidente com o da fertilização dos óvulos. Por outro lado, na embriogênese somática indireta o incremento verificado naconcentração dessa auxina deu-se no 3º dia de incubação dos explantes, não se descartando nesse último caso como fator desencadeador a influência do estresse gerado pelo isolamento, e/ou a presença de certos componentes do meio de cultura. A despeito das diferenças observadas entre as vias embriogênicas zigóticas e somática, ambas apresentaram em comum uma diminuição consistente nos teores de AIA ao longo de suas respectivas fases embrionárias. Nessas, qualquer que fosse o estágio embrionário considerado, o teor de AIA foi mais elevado na via zigótica do que nas embriogêneses somáticas direta e indireta. Com relação ao ABA, seu teor foi maior no estágio cotiledonar da embriogênese zigótica. Os teores de citocininas totais foram sempre superiores na embriogênese zigótica do que nas embriogêneses somáticas direta e indireta. De forma proeminente, a zeatina mostrou ser a citocinina amplamente mais abundante na embriogênese zigótica, tanto no decorrer do período pós-polinização quanto nos próprios embriões. Os teores de aminoácidos totais elevaram-se do 18º ao 24º dia após a polinização, período esse correspondente ao início da formação dos embriões zigóticos. De forma bastante diferente, nas vias embriogênicas somáticas os maiores conteúdos ocorreram justamente no início das culturas, mais precisamente no 3º dia de incubação. Tal incremento pode ter variadas causas, podendo-se mencionar dentre algumas delas os estresses promovidos peloisolamento dos explantes e/ou pelo próprio meio de cultura, elevando a síntese de aminoácidos e/ou a atividade de proteases. Na embriogênese somática indireta, ocorreu um decréscimo até o 24º dia período esse coincidente com a formação de embriões. Na embriogênese zigótica, a glutamina, asparagina e o ácido aspártico foram os aminoácidos mais abundantes, enquanto por outro lado, nas vias somáticas predominaram a glutamina, gaba e o ácido glutâmico. Na embriogênese somática indireta, os teores mais elevados de gaba coincidiram de certa forma com a maior proliferação celular. No processo de desenvolvimento embrionário, nas três vias embriogênicas estudadas, ocorreram de forma consistente e acentuada, decrescimos nos conteúdo de aminoácidos totais e individuais, culminado com os menores valores no estágio cotiledonar. Na embriogênese zigótica as quantidades de açúcares solúveis totais foram comparativamente maiores do que na embriogênese somática indireta, sendo que em ambas os maiores teores relativos foram verificados a partir do 24º após a polinização e inoculação. De maneira semelhante ao verificado com as concentrações dos aminoácidos, nas vias zigóticas e somática, ocorreu também uma redução considerável nos conteúdos de açúcares totais ao longo do desenvolvimento embrionário. Dentre os açúcares solúveis, a sacarose, frutose, glucose, rafinose e mio-inositol foram os mais presentes. A glucose e a frutose apresentaram-se em maiores níveisno início da cultura in vitro e após a polinização, sinalizando para um possível papel ligado aos processos de indução de embriões somáticos e formação dos zigóticos. A sacarose e a rafinose apresentaram seus maiores teores no decorrer das fases embrionárias, tendo a primeira um leve incremento na fase cotiledonar e a segunda com teores mais expressivos nos embriões zigóticos na fase cotiledonar. Os teores de mio-inositol apresentaram-se em níveis basais nas embriogêneses zigótica e somáticas direta e indireta. Durante o desenvolvimento embrionário zigótico e somático direto e indireto, observaram-se acréscimos substanciais nos teores de lipídios totais. As concentrações presentes nas fases embrionárias zigóticas foram, sem exceção, sempre superiores a aquelas encontradas nas embriogêneses somáticas. Todavia, os embriões originados da via somática direta mostraram-se mais ricos em lipídeos do que os da via indireta. Dentre os ácidos graxos estudados, o linoléico, o palmítico e o oléico foram os mais freqüentes, cuja composição foi bastante similar nos embriões zigóticos e somáticos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.10.2004

  • Como citar
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    • ABNT

      PESCADOR, Rosete. Aspectos fisiológicos - estruturais das embriogêneses zigótica e somática de Feijoa sellowiana Berg (Myrtaceae). 2004. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Pescador, R. (2004). Aspectos fisiológicos - estruturais das embriogêneses zigótica e somática de Feijoa sellowiana Berg (Myrtaceae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Pescador R. Aspectos fisiológicos - estruturais das embriogêneses zigótica e somática de Feijoa sellowiana Berg (Myrtaceae). 2004 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Pescador R. Aspectos fisiológicos - estruturais das embriogêneses zigótica e somática de Feijoa sellowiana Berg (Myrtaceae). 2004 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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