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O Outro e a angústia: uma contribuição de Jean Laplanche para a psicologia social (2004)

  • Authors:
  • Autor USP: MICHAELIS, ALFRED - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PST
  • Subjects: PSICANÁLISE; PSICOLOGIA SOCIAL; INTERAÇÃO INTERPESSOAL; ANSIEDADE
  • Language: Português
  • Abstract: Esta pesquisa buscou explorar teses da psicanálise de Jean Laplanche que pudessem contribuir para o exame da interação humana, fenômeno nuclear sempre privilegiado nos estudos de psicologia social. Para estabelecermos algum diálogo entre psicologia social e Jean Laplanche, dedicamo-nos às seguintes tarefas: 1) Tivemos que enfrentar um problema decisivo: os psicólogos sociais (tomamos Solomon Asch como um clássico representante deles) e também outros autores de ciências humanas (tomamos o exemplo de Mikhail Bakhtin) acusam a psicanálise freudiana de um certo biologismo que a teria tornado insuficiente para o exame de fenômenos psicossociais. Exploramos aspectos desta ressalva crítica. 2) Buscamos apreender certas exigências teóricas que, segundo Solomon Asch, a psicologia social precisa satisfazer para dedicar-se ao exame adequado da interação humana. 3) Frisamos que a psicanálise de Jean Laplanche buscou expressamente escapar de qualquer biologismo. Desde então, procuramos sustentar que: a) Jean Laplanche satisfaz exigências de uma psicologia social. Fundamenta sua psicanálise sobre um universo de trocas culturais, trocas simbólicas e intersubjetivas: a subjetividade humana é decisivamente formada por comunicação com os outros humanos. b) Jean Laplanche chegou a teses que podem valer como contribuições para a psicologia social, quem sabe favorecendo o exame "positivo" mas também "negativo" das trocas humanas. A interação humana, em Jean Laplanche,aparece como um fenômeno de comunicação (verbal e não verbal) marcado pela circulação de mensagens enigmáticas, mensagens de sentido perdido, fraturado ou incompleto; mensagens lacunares e que, por isso, interiorizam-se nos sujeitos humanos como fontes de angústia. O contato com o outro é, em certa medida, sempre angustiante. ) A angústia é apontada pelo psicanalista como o menos qualificado dos afetos humanos, um impulso derivado da traumática experiência de enigmas intersubjetivos: um impulso cuja descrição exige considerar o que Freud nos quis propor com as complexas noções de processo primário e inconsciente. Este trabalho corresponde, portanto, a uma pesquisa teórica apoiada sobre o exame de textos eletivos da obra de Jean Laplanche, mas também sobre textos de Solomon Asch e Mikhail Bakhtin. Os procedimentos de análise textual foram geralmente concebidos segundo um conceito de interpretação que está ligado a algumas orientações buscadas em Maurice Merleau-Ponty e sobretudo no próprio Jean Laplanche
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.10.2004

  • How to cite
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    • ABNT

      MICHAELIS, Alfred. O Outro e a angústia: uma contribuição de Jean Laplanche para a psicologia social. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Michaelis, A. (2004). O Outro e a angústia: uma contribuição de Jean Laplanche para a psicologia social (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Michaelis A. O Outro e a angústia: uma contribuição de Jean Laplanche para a psicologia social. 2004 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Michaelis A. O Outro e a angústia: uma contribuição de Jean Laplanche para a psicologia social. 2004 ;[citado 2024 abr. 18 ]

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