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Análise filogeográfica de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Characiformes, Characidae) da bacia do Alto rio Paraná no estado de São Paulo (2006)

  • Autores:
  • Autor USP: DARDIS, GABRIELA ZANON PELIÇÃO - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assuntos: BIODIVERSIDADE; PEIXES DE ÁGUA DOCE; BIOLOGIA AQUÁTICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Peixes de água doce fornecem um elo natural entre a evolução biótica e geológica de uma área, devido à dispersão destes dependerem diretamente das conexões entre bacias. Do ponto de vista zoogeográfico, os mais importantes são os da divisão primária, que estiveram durante toda a sua história evolutiva confinados às águas doces. Estes estão confinados a determinadas bacias e dispersam-se de forma limitada tanto devido às barreiras físicas, quanto as diferentes capacidades natatórias entre as espécies, preservando antigos padrões de distribuição geográfica. Assim, a presença de espécies caracterizadas pela capacidade de deslocamento relativamente limitada em riachos e cabeceiras, deve facilitar a ocorrência de eventos vicariantes, podendo levar a multiplicação por especiação em isolamento geográfico. Para testar essa hipótese, foram analisados 175 indivíduos de Astyanax altiparanae provenientes de 36 populações de riachos e cabeceiras da bacia do Alto rio Paraná, no estado de São Paulo, visando identificar se existe estruturação genética entre essas populações; qual o padrão filogenético intra-populacional atual, e os processos evolutivos que o causou, já que a quantidade e distribuição da variação genética intraespecífica é conseqüência tanto de sua estrutura populacional atual, como de eventos históricos. Foram utilizadas seqüências de parte do gene mitocondrial Citocromo B (805 pb) para testar as relações entre a variação haplotípica e a distribuiçãogeográfica - Filogeografia - de acordo com a análise de agrupamento de clados não enraizado (NCA), através do programa computacional Geodis v. 2.4. A análise da estrutura populacional foi obtida também através da análise da variância molecular (AMOVA) realizada com o auxílio do programa computacional Arlequin v. 3.0, e da análise da "Mismatch distribution", realizada através do programa DnaSP v. 4.10. Os resultados da NCA mostraram que fluxo gênico restrito pela ) distância é responsável pelo padrão atual de distribuição de A. altiparanae nas populações analisadas. Os resultados da AMOVA constataram que a maior proporção da variabilidade genética é encontrada dentro das populações, que estão estruturadas geneticamente sob o modelo do fluxo gênico restrito pela distância, não estando estruturadas em sub-bacias, e que provavelmente não existam barreiras geográficas, tampouco ecológicas, ao fluxo gênico entre as populações, incluindo àquelas localizadas nos rios principais desta bacia. A distância geográfica entre as populações parece ser o único fator limitante ao fluxo gênico, devido principalmente ao pequeno porte de A. altiparanae. Este resultado sugere que o tamanho reduzido das espécies de peixes de riachos provavelmente seja o principal fator limitante à dispersão destas espécies, o que está de acordo com a hipótese de Castro (1999), de que a capacidade de deslocamento relativamente baixa e limitada das espécies de pequeno porte, que restringeas suas distribuições geográficas, poderia facilitar a separação geográfica de populações, e desta forma favorecer o surgimento de novas espécies devido ao isolamento geográfico
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.03.2006

  • Como citar
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    • ABNT

      PELIÇÃO-DARDIS, Gabriela Zanon. Análise filogeográfica de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Characiformes, Characidae) da bacia do Alto rio Paraná no estado de São Paulo. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. . Acesso em: 13 maio 2024.
    • APA

      Pelição-Dardis, G. Z. (2006). Análise filogeográfica de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Characiformes, Characidae) da bacia do Alto rio Paraná no estado de São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Pelição-Dardis GZ. Análise filogeográfica de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Characiformes, Characidae) da bacia do Alto rio Paraná no estado de São Paulo. 2006 ;[citado 2024 maio 13 ]
    • Vancouver

      Pelição-Dardis GZ. Análise filogeográfica de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Characiformes, Characidae) da bacia do Alto rio Paraná no estado de São Paulo. 2006 ;[citado 2024 maio 13 ]


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