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Mecanismos de resposta às lesões no DNA induzidas pela ciplatina e radiação ionizante em células humanas (2006)

  • Autores:
  • Autor USP: MELLO, STEPHANO SPANÓ - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGE
  • Assuntos: DANO AO DNA; MECANISMOS DE CONTROLE CELULAR; MECANISMOS DE CONTROLE CELULAR
  • Idioma: Português
  • Resumo: Os mecanismos de morte celular relacionados ao reparo do DNA e progressão do ciclo celular sob tratamento com o antitumoral cisplatina ainda são pouco compreendidos. Com o objetivo de investigar respostas celulares a essa droga, foram estudadas diferentes linhagens celulares: células normais (FHN), Ataxia Telangiectasia (deficientes para o gene ATM) e Xeroderma Pigmentosum grupo de complementação A (deficientes para o gene XPA). As células foram tratadas com a cisplatina (12.5-300'mü'M) e os perfis de expressão gênica foram analisados pelo método de micro-arranjos de cDNA. Além disso, outros ensaios (sobrevivência celular, indução de apoptose e cinética do ciclo celular) também foram realizados. As células XPA apresentaram um aumento na indução de apoptose e uma alta sensibilidade à cisplatina, enquanto que as células AT não sofreram apoptose e mostraram um nível de sobrevivência maior que as células FHN e XPA. Enquanto as células normais FHN não sofreram um bloqueio no ciclo após o tratamento, as células XPA e AT apresentaram um bloqueio na fase G1/S. Os dados de expressões gênica indicaram uma indução dos genes apoptóticos (CIDEC, CRADD e DAPK2) em células AT, embora estas não tenham sofrido apoptose após o tratamento. As células AT também demonstraram alterações nos níveis transcricionais de genes associados às modificações da histone H2A, tal como o MORF4L 1 (induzido) e RNF2 (reprimido), sugerindo que a mutação em A TM pode afetar os eventos de remodelamento dacromatina após o tratamento com a cisplatina, bem como a ativação de histonas relacionadas ao reparo do DNA, como a H2AX. Os resultados obtidos com as células deficientes para XPA, as quais apresentaram sensibilidade ao tratamento com a droga, confirmaram o envolvimento de XPA no reparo dos eross-links induzidos por cisplatina. Ainda, os resultados apresentados também sugerem que o gene ATM desempenha um importante papel nas respostas celulares à cisplatina, atuando nos eventos iniciais de transdução de sinais. Além disso, a distribuição intranuclear dos foci de gama-H2AX foi avaliada em células sob a influência da cisplatina (100 'mü'M) por até 24h após o tratamento. De forma geral, todas as linhagens de fibroblastos testadas, apresentaram um aumento significativo nos níveis de gama-H2AX, iniciando em 3 h e alcançando um ápice em 12 h após exposição. As células ATM e XPA apresentaram um aumento na indução de um padrão difuso (pan-nuclear) de ativação da gama-H2AX sob o tratamento. Uma vez que a H2AX parece ser essencial na manutenção da estabilidade cromossômica e remodelamento da cromatina, os foci de gama-H2AX em células tratadas podem constituir uma importante estratégia para o estudo de reparo do DNA e das vias de sinalização em resposta à cisplatina. Adicionalmente, os perfis de expressão gênica foram estudados em duas linhagens de fibroblastos normais, a fim de verificar se células proliferativas expostas a 50 cGy de radiaçõesgama exibiriam mudanças significativas na expressão gênica, avaliadas 6 dias após a irradiação. A expressão gênica foi estudada pela técnica de microarranjosde cONA e a análise estatística, pelo teste SAM, indicou um conjunto de 22 genes com alterações significativas nos níveis de expressão (FOR < 0,10). Vários genes são envolvidos na regulação transcricional, organização das fibras de actina, controle do ciclo celular, apoptose e reparo do DNA. A modulação dos genes de resposta ao estresse pode ativar a produção de proteínas de interação, demonstrando a conexão entre os mecanismos de transcrição e defesa celular. A indução dos genes de reparo e dos genes relacionados ao proteassoma, reforçam o envolvimento do ciclo ubiquitina/proteólise em um mecanismo de resposta às radiações ionizantes. Portanto, células humana expostas a 50 cGy de radiações gama mostraram efeitos tardios relacionados às respostas transcricionais, mesmo depois de 6 dias após a irradiação, depois da ocorrência de aproximadamente 5-6 ciclos de divisão
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.12.2006

  • Como citar
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    • ABNT

      MELLO, Stephano Spanó. Mecanismos de resposta às lesões no DNA induzidas pela ciplatina e radiação ionizante em células humanas. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Mello, S. S. (2006). Mecanismos de resposta às lesões no DNA induzidas pela ciplatina e radiação ionizante em células humanas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Mello SS. Mecanismos de resposta às lesões no DNA induzidas pela ciplatina e radiação ionizante em células humanas. 2006 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Mello SS. Mecanismos de resposta às lesões no DNA induzidas pela ciplatina e radiação ionizante em células humanas. 2006 ;[citado 2024 abr. 18 ]


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