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Redação no vestibular: a língua cindida (2009)

  • Authors:
  • Autor USP: CASTALDO, MÁRCIA MARTINS - FE
  • Unidade: FE
  • Sigla do Departamento: EDF
  • Subjects: REDAÇÃO (ESTUDO E ENSINO); VESTIBULAR; LÍNGUA PORTUGUESA (ESTUDO E ENSINO); APRENDIZAGEM; ENSINO SUPERIOR
  • Language: Português
  • Abstract: Ao término da Educação Básica, espera-se que um indivíduo esteja habilitado a redigir adequadamente em qualquer situação, que saiba interagir com a palavra para a produção escrita nos diversos gêneros textuais em circulação. Embora tais expectativas se realizem em alguns casos, em geral, a realidade vivenciada é diversa: mesmo após completarem os ensinos Fundamental e Médio, muitos sujeitos elaboram textos repletos de desvios, marcas que expõem as muitas dificuldades com a produção escrita, as quais revelam uma língua cindida entre um saber-dizer e um dever-dizer. Questionamentos sobre o que leva a essa cisão motivaram esta pesquisa. Considerando-se a perspectiva sócio-histórica, os conceitos bakhtinianos de gênero, dialogismo e polifonia, bem como preceitos da Lingüísitca Textual, o trabalho consistiu na análise de elementos composicionais da redação dissertativa de vestibular, gênero que desafia estudantes interessados em ingressar no Ensino Superior. Mais especificamente, foram analisados: (a) a norma lingüística, (b) os índices de pessoalidade e (c) a macroarticulação em uma amostra de 374 redações (1% do total) produzidas por candidatos inscritos no Vestibular-2007 promovido pela FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) São Paulo, Brasil. Foram analisadas, também, algumas relações entre o perfil sócio-histórico dos candidatos e os perfis de escrita verificados nos textos. Depreendeu-se, das observações realizadas, que a excessivapreocupação com o outro, com o molde e com a demonstração do saber-fazer interfere no movimento de exteriorização do discurso: em vez de tentar levar ao texto seu universo e sua idéia, o estudante se propõe à tarefa de levar, para o papel, mundo e idéias presumidos do interlocutor e da interlocução, vivencia um confronto - e não uma negociação - entre um saber-dizer que se esvaece diante de um dever-dizer e cinde a língua. As ) observações realizadas revelaram, ainda uma escolarização que, no âmbito de sua atuação, parece não promover satisfatoriamente condições para o desenvolvimento de estratégias para o diálogo entre os saberes, parece não promover satisfatoriamente a possibilidade de escrever com autonomia.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.03.2009
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      CASTALDO, Márcia Martins. Redação no vestibular: a língua cindida. 2009. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15092009-140633/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Castaldo, M. M. (2009). Redação no vestibular: a língua cindida (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15092009-140633/
    • NLM

      Castaldo MM. Redação no vestibular: a língua cindida [Internet]. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15092009-140633/
    • Vancouver

      Castaldo MM. Redação no vestibular: a língua cindida [Internet]. 2009 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15092009-140633/

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