Exportar registro bibliográfico

Estudo da relação entre os diferentes graus de hipercontratilidade do corpo do esôfago e o refluxo gastroesofágico (2011)

  • Autores:
  • Autor USP: MELO, KARLA CRISTINA PINHEIRO DE - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MGT
  • Assuntos: TRANSTORNOS DA MOTILIDADE ESOFÁGICA; REFLUXO GASTROESOFÁGICO; TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO
  • Idioma: Português
  • Resumo: O esôfago em quebra nozes (EQN) é uma afecção de diagnóstico manométrico, descrita em 1977, caracterizada por hipercontratilidade do corpo esofágico. Na década de 1990, surgiram publicações relacionando o EQN ao refluxo gastroesofágico (RGE), que desde então vem sendo motivo de controvérsias. A polêmica existente quanto à esta relação e a escassez de trabalhos avaliando o refluxo nas formas menos intensas de hipercontratilidade motivaram a realização do presente estudo. OBJETIVOS: Estudar pacientes com suspeita clínica de refluxo e com hipercontratilidade de corpo esofágico, classificada de acordo com sua intensidade em: discreta e acentuada, em relação aos dados demográficos, às manifestações clínicas, achados endoscópicos, manométricos e pHmétricos. Paralelamente, objetiva-se avaliar os mesmos parâmetros em um grupo referencial, composto por indivíduos sem queixas típicas de refluxo e sem alterações endoscópicas e manométricas do esôfago. MÉTODOS: Selecionou-se, retrospectivamente, para compor o grupo de estudo, pacientes com hipercontratilidade de corpo esofágico ao estudo manométrico, classificada de acordo com sua intensidade em dois sub-grupos: I. com hipercontratilidade discreta (154 180 mmHg ) e II. com hipercontratilidade acentuada EQN (> 180 mmHg). Avaliou-se também, um grupo referencial (III), composto por indivíduos sem queixas típicas de RGE e sem alterações endoscópicas e manométricas do esôfago. Analisou-se dados demográficos, clínicos, endoscópicos, manométricos e pHmétricos. RESULTADOS: Cento e oito indivíduos foram incluídos no estudo: 29 pacientes no Grupo I, 58 no Grupo II e 21 no Grupo III. O sexo feminino predominou nos três grupos, sem diferença estatística significante entre eles. Em relação às queixas clínicas predominantes, não houve diferença significante entre os grupos em relação à ocorrência de (Continua)(Continuação) queixas típicas (GI: 58,6% x GII: 50,0%) e em relação à presença de queixas atípicas (GI: 13,8%, GII: 29,3% e GIII: 14,3%). O Grupo referencial apresentou ocorrência significantemente maior de queixas extra-esofágicas (GI: 27,6%, GII: 20,7% e GIII: 47,6%) e de outras queixas (GI: 0,0%, GII: 0,0% e GIII: 38,0%). Quanto aos achados endoscópicos, observou-se que a ocorrência de esofagite foi significantemente maior nos pacientes do Grupo I (76,2% x 46,3%). A ocorrência de refluxo patológico, à pHmetria, foi GI: 44,8%, GII: 36,2% e GIII: 19,0%. Apesar dessa maior ocorrência de refluxo patológico nos grupos de estudo (GI e GII), tal diferença não atingiu níveis de significância estatística. CONCLUSÕES: Não há diferença significante entre pacientes com hipercontratilidade discreta e acentuada do corpo esofágico, em relação aos dados demográficos, clínicos, manométricos e pHmétricos. Há diferença significante apenas em relação à ocorrência de esofagite endoscópica, que predomina nos pacientes com hipercontratilidade discreta. Não há diferença significante entre os pacientes com hipercontratilidade de corpo esofágico quando comparados com os sem hipercontratilidade, em relação aos dados demográficos, ocorrência de queixas atípicas e presença de refluxo gastroesofágico patológico. Dentre os parâmetros avaliados, há diferença significante apenas em relação à ocorrência de queixas extra-esofágicas e de outras queixas sugestivas de refluxo, que predominam nos pacientes sem hipercontratilidade. Pacientes com hipercontratilidade de corpo esofágico tendem a apresentar refluxo gastroesofágico em níveis superiores aos que não apresentam hipercontratilidade. Porém, com o tamanho da amostra estudada, não foi possível confirmar tal hipótese
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.02.2011
  • Acesso à fonte
    Como citar
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      MELO, Karla Cristina Pinheiro de. Estudo da relação entre os diferentes graus de hipercontratilidade do corpo do esôfago e o refluxo gastroesofágico. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-23032011-182236/. Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Melo, K. C. P. de. (2011). Estudo da relação entre os diferentes graus de hipercontratilidade do corpo do esôfago e o refluxo gastroesofágico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-23032011-182236/
    • NLM

      Melo KCP de. Estudo da relação entre os diferentes graus de hipercontratilidade do corpo do esôfago e o refluxo gastroesofágico [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-23032011-182236/
    • Vancouver

      Melo KCP de. Estudo da relação entre os diferentes graus de hipercontratilidade do corpo do esôfago e o refluxo gastroesofágico [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-23032011-182236/

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

    Biblioteca Digital de Produção Intelectual da Universidade de São Paulo     2012 - 2024